terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CONFERÊNCIA CLIMÁTICA DAS NAÇÕES UNIDAS EM CANCÚN

A Cimeira de Copenhaga em Dezembro do ano passado foi uma grande decepção, não se conseguiu avançar para uma solução que desse esperança de que o Protocolo de Quioto, que termina em 2012, teria seguimento.
Os grandes poluidores mundiais: EUA, China, Índia, acompanhados pelo Canadá, Japão e Rússia, impediram um acordo com objectivos e metas vinculativas em relação ao aquecimento global.
Chegou-se a um entendimento de que era necessário continuar a reduzir o CO2, estabelecendo cada país  metas voluntárias. A ONU tomou nota disto e ficou um grande amargo de boca por mais uma oportunidade perdida.
A Conferência de Cancún, embora continuando a arrastar os pés em questões cruciais, deu um passinho em frente e voltou a dar alguma esperança aos amantes da natureza e deste planeta.
Avançou-se na questão da transferência de tecnologias, em particular as tecnologias limpas, para os países pobres e em desenvolvimento. Também se concordou num Fundo Verde e em compensações financeiras para financiar os países pobres e o combate à desflorestação.
No referente ao aquecimento global marcou-se passo, os mesmos de sempre resistem apesar da Índia admitir agora estar aberta a considerar metas vinculativas para o CO2.
Confiemos que as duas próximas cimeiras, a da África do Sul (2011), e a do Brasil (2012), consigam parir o sucessor de Quioto, a Terra não pode esperar indefinidamente que o bom senso entre finalmente na cabeça dos responsáveis políticos e económicos. Ontem já era tarde.
Algum optimismo nos chega da reunião de Nagóia, no Japão, sobre a Biodiversidade, realizada pela ONU.
Foi aprovado um plano de acção com 20 itens para preservar a biodiversidade e aumentar os actuais 12% de área protegida terrestre para 17% até 2020, e a área protegida marítima de 1% para 10% no mesmo período.
A biodiversidade dos países em desenvolvimento será apoiada e financiada.
A Agência Europeia do Ambiente veio agora propor taxas ecológicas para preservar o ambiente e a economia, e a prosseguir o rumo actual, insustentável no seu entender, a coesão económica e social da Europa ficará ameaçada.
A Comissão Europeia admite que o objectivo de reduzir o CO2 em 20% até 2020 poderá ser cumprido e mesmo subir a meta europeia para 30%. Deus a oiça e lhe faça a vontade.
A nossa ministra Dulce Pássaro afirmou que será elaborado um Programa Nacional para as Alterações Climáticas. Apoiamos isso e faça breve Srª Ministra, e convença os autarcas a respeitá-lo.

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