Charingado é um termo algarvio polivalente que significa lixado,chateado,zangado,e que é usado correntemente com expressões e intenções diversas.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021
domingo, 12 de dezembro de 2021
Uma Transição casa bem com uma
Reflexão
“Não se
poderá acreditar, hoje, na sua profecia”, P. Hetzel (1863 ), editor de Júlio
Verne.
A. Betâmio
de Almeida
18 de
Novembro de 2021
O
conhecimento do efeito de estufa na atmosfera começa no séc. XIX com várias
contribuições. Entre eles, o nobelizado S. Arrhenius apresentou em 1896, no Philosophical
Magazine and Journal of Science, a primeira quantificação do CO2 nesse
efeito. Ao longo do séc. XX uma plêiade de autores (cientistas e engenheiros)
foi apresentando trabalhos e avisos. Surgem as ciências e as engenharias do
Ambiente. Em 2021, no séc. XXI, dois cientistas recebem o
prémio Nobel nesta área. Dá para reflectir. Neste ano, a COP26 em Glasgow e a transição climática
ocupam a comunicação social. Publicam-se críticas e exigências e as ruas
enchem-se com protestos.
Cientistas
apresentam diagnósticos e antecipam consequências perturbadoras. São exigidas
medidas drásticas em poucos anos para evitar o colapso ambiental. A
descarbonização e os combustíveis, a sobriedade energética e os edifícios, a
justiça climática, a sustentabilidade ambiental e os processos industriais, a
mudança na mobilidade e nas mentalidades, a carne e o metano a evitar e a água
a faltar para poupar, ou em excesso para evitar. Tudo isto é pouco e parece
atrasado. É difícil não estar de acordo. Os adultos parecem estar
ultrapassados, mas é compreensível que os adolescentes abracem causas que
consideram perfeitas e sejam radicais a pedir soluções. Simplificando assim o
problema e olvidando o doloroso.
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Ecrã inteiro
A posição
pública de muitos especialistas, climatólogos e activistas seniores segue um
padrão reivindicativo que coloca totalmente a responsabilidade e a acção nos
governos e, por vezes, nos países. Sim, os governos são, de modo formal,
responsáveis pelo que ocorre em cada território e pela respectiva população e
ainda não existe um governo planetário. Mas, na realidade e neste caso, a
situação é mais complexa e ultrapassa fronteiras e as ideias feitas. Os acordos
entre os governos dos países serão muito positivos para a causa ambiental, mas
o cerne do problema ambiental é um dilema de difícil solução. Numa época de
construção de muros, tem havido um muro virtual entre o presente e o passado,
entre o que se deseja agora e a natureza humana do processo que se tem vindo a
desenvolver há muito tempo ultrapassando os governos.
Na minha
opinião, a crise ambiental é um espelho no qual
aparecem os responsáveis: “Nós Todos”. Disse António Guterres que “estamos a cavar a nossa
sepultura”. Uma
metáfora forte, mas incompleta: uns têm uma escavadora potente, mas a maioria
tem uma pequena pá de praia. O “Nós” é muito desigual: 1% da população (com
mais rendimentos) produz 16% da poluição mundial de acordo com o The
Guardian (5/11/21). Algo semelhante ocorre entre países ricos e pobres. Os
especialistas afirmam que este processo teve início na Revolução Industrial,
mas é raro a análise histórica prosseguir até à época presente, como se o Tempo
fosse só Presente e Futuro. Com a Revolução Industrial veio a aplicação
intensiva dos conhecimentos científicos e das técnicas na produção para
comercialização. Exceptuando alguns períodos de crises severas, a vontade
predominante foi a de uma produção sempre crescente e um consumo sempre
crescente de recursos naturais e energia. Economistas, engenheiros, empresários
e políticos associaram-se cada vez mais numa ideia: crescimento na produção
equivale a desenvolvimento, mais valor acrescentado e progresso social (o PIB e
outros indicadores têm que aumentar sempre). O muito bom que foi acontecendo na
saúde e na qualidade de vida é louvável e não está em causa, mas este processo
foi escavando o planeta e o seu clima.
Ao longo de
gerações, muitos de “Nós” estiveram directamente envolvidos na formação,
concepção, produção, gestão e comercialização de poluentes, nomeadamente na
extracção, preparação e transporte de combustíveis. E a maioria na compra e uso
de produtos que se apresentaram como os mais convenientes ou necessários e com
chancela de qualidade técnica. Serão os governos os mais responsáveis por este
processo? Os países mais poluidores são só o resultado da acção dos seus
governos ou serão condicionados por outros poderes? Os governos são cada vez
mais sensíveis a indicadores da situação económica atendendo ao reflexo desta
na vida e desejos das populações ou, então, a uma competição estratégica. Ao
mantra “são as empresas que criam a riqueza” deveria juntar-se “e são as
empresas a origem da maioria da poluição”. Na verdade, atribuem-se aos governos
a posse das alavancas para a transição, mas há milhões de outras alavancas,
algumas mais poderosas do que as dos governos democráticos.
Há a
conhecida vontade de poder que caracteriza a natureza humana: ambição e desejo
de atingir o sucesso por meio da actividade produtiva e comercial, de alguns. A
exigência da carreira profissional, de muitos, que pode afastar a reflexão
sobre possíveis efeitos ambientais do que se executa. Mas a realidade roda: a
experiência pessoal recorda-me a resistência contra as energias renováveis que
agora são queridas, a oposição à internalização dos custos ambientais e a
defesa por académicos da deslocalização, agora substituída por economia
circular, sustentabilidade, autonomia e reindustrialização.
O dilema
atrás referido é este: nas democracias os políticos estão entre a vontade de
defesa do ambiente, o poder de grupos económicos e a vontade dos eleitores.
Eles sabem que a transição em causa pode vir a ser muito dolorosa para as
pessoas e suscitar desejos contraditórios insanáveis. A crise da covid-19 foi
uma amostra deste comportamento social. Mas em democracia a mudança virtuosa e
solidária poderá também vir das pessoas, de “Nós”. Que não seja a destempo.
Os políticos estão entre a vontade
de defesa do ambiente, o poder de grupos económicos e a vontade dos eleitores.
Eles sabem que a transição pode ser muito dolorosa e suscitar desejos
contraditórios. A covid-19 foi uma amostra
A
COP26 terminou. Assim como os rochedos desviam o curso de água de um rio,
as COP poderão ir mudando o sentido das vontades humanas.
Mas não há
só uma transição em curso. Para além da transição ambiental e da energia, há
também uma transição digital com muito poderosos actores e impulsionada pelos
governos europeus e por novas vontades. Se no caso da primeira transição há
algumas metas bem definidas, no caso do digital não se vislumbra um horizonte
bem definido de objectivos a atingir ou a evitar. Ouve-se uma justificação: a
competitividade. Voltamos à natureza humana e ao risco de os vindouros terem de
afirmar que não há uma Humanidade B. Ou haverá? Esse é um processo para outra
reflexão.
A frase
condenatória que escolhi do editor de Júlio Verne é relativa ao romance Paris
no séc. XX (escrito e guardado em 1863, mas só publicado em 1994). A
frase é da carta de P. Hetzel ao escritor recusando a obra, e exemplifica o
receio de se aceitar uma reflexão menos radiosa ou distópica sobre o futuro e a
técnica. Sugiro a leitura desta obra.
Professor
catedrático (emérito) da Universidade de Lisboa/Instituto Superior Técnico
Uma Transição casa bem com uma
Reflexão
“Não se
poderá acreditar, hoje, na sua profecia”, P. Hetzel (1863 ), editor de Júlio
Verne.
A. Betâmio
de Almeida
18 de
Novembro de 2021
O
conhecimento do efeito de estufa na atmosfera começa no séc. XIX com várias
contribuições. Entre eles, o nobelizado S. Arrhenius apresentou em 1896, no Philosophical
Magazine and Journal of Science, a primeira quantificação do CO2 nesse
efeito. Ao longo do séc. XX uma plêiade de autores (cientistas e engenheiros)
foi apresentando trabalhos e avisos. Surgem as ciências e as engenharias do
Ambiente. Em 2021, no séc. XXI, dois cientistas recebem o
prémio Nobel nesta área. Dá para reflectir. Neste ano, a COP26 em Glasgow e a transição climática
ocupam a comunicação social. Publicam-se críticas e exigências e as ruas
enchem-se com protestos.
Cientistas
apresentam diagnósticos e antecipam consequências perturbadoras. São exigidas
medidas drásticas em poucos anos para evitar o colapso ambiental. A
descarbonização e os combustíveis, a sobriedade energética e os edifícios, a
justiça climática, a sustentabilidade ambiental e os processos industriais, a
mudança na mobilidade e nas mentalidades, a carne e o metano a evitar e a água
a faltar para poupar, ou em excesso para evitar. Tudo isto é pouco e parece
atrasado. É difícil não estar de acordo. Os adultos parecem estar
ultrapassados, mas é compreensível que os adolescentes abracem causas que
consideram perfeitas e sejam radicais a pedir soluções. Simplificando assim o
problema e olvidando o doloroso.
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A posição
pública de muitos especialistas, climatólogos e activistas seniores segue um
padrão reivindicativo que coloca totalmente a responsabilidade e a acção nos
governos e, por vezes, nos países. Sim, os governos são, de modo formal,
responsáveis pelo que ocorre em cada território e pela respectiva população e
ainda não existe um governo planetário. Mas, na realidade e neste caso, a
situação é mais complexa e ultrapassa fronteiras e as ideias feitas. Os acordos
entre os governos dos países serão muito positivos para a causa ambiental, mas
o cerne do problema ambiental é um dilema de difícil solução. Numa época de
construção de muros, tem havido um muro virtual entre o presente e o passado,
entre o que se deseja agora e a natureza humana do processo que se tem vindo a
desenvolver há muito tempo ultrapassando os governos.
Na minha
opinião, a crise ambiental é um espelho no qual
aparecem os responsáveis: “Nós Todos”. Disse António Guterres que “estamos a cavar a nossa
sepultura”. Uma
metáfora forte, mas incompleta: uns têm uma escavadora potente, mas a maioria
tem uma pequena pá de praia. O “Nós” é muito desigual: 1% da população (com
mais rendimentos) produz 16% da poluição mundial de acordo com o The
Guardian (5/11/21). Algo semelhante ocorre entre países ricos e pobres. Os
especialistas afirmam que este processo teve início na Revolução Industrial,
mas é raro a análise histórica prosseguir até à época presente, como se o Tempo
fosse só Presente e Futuro. Com a Revolução Industrial veio a aplicação
intensiva dos conhecimentos científicos e das técnicas na produção para
comercialização. Exceptuando alguns períodos de crises severas, a vontade
predominante foi a de uma produção sempre crescente e um consumo sempre
crescente de recursos naturais e energia. Economistas, engenheiros, empresários
e políticos associaram-se cada vez mais numa ideia: crescimento na produção
equivale a desenvolvimento, mais valor acrescentado e progresso social (o PIB e
outros indicadores têm que aumentar sempre). O muito bom que foi acontecendo na
saúde e na qualidade de vida é louvável e não está em causa, mas este processo
foi escavando o planeta e o seu clima.
Ao longo de
gerações, muitos de “Nós” estiveram directamente envolvidos na formação,
concepção, produção, gestão e comercialização de poluentes, nomeadamente na
extracção, preparação e transporte de combustíveis. E a maioria na compra e uso
de produtos que se apresentaram como os mais convenientes ou necessários e com
chancela de qualidade técnica. Serão os governos os mais responsáveis por este
processo? Os países mais poluidores são só o resultado da acção dos seus
governos ou serão condicionados por outros poderes? Os governos são cada vez
mais sensíveis a indicadores da situação económica atendendo ao reflexo desta
na vida e desejos das populações ou, então, a uma competição estratégica. Ao
mantra “são as empresas que criam a riqueza” deveria juntar-se “e são as
empresas a origem da maioria da poluição”. Na verdade, atribuem-se aos governos
a posse das alavancas para a transição, mas há milhões de outras alavancas,
algumas mais poderosas do que as dos governos democráticos.
Há a
conhecida vontade de poder que caracteriza a natureza humana: ambição e desejo
de atingir o sucesso por meio da actividade produtiva e comercial, de alguns. A
exigência da carreira profissional, de muitos, que pode afastar a reflexão
sobre possíveis efeitos ambientais do que se executa. Mas a realidade roda: a
experiência pessoal recorda-me a resistência contra as energias renováveis que
agora são queridas, a oposição à internalização dos custos ambientais e a
defesa por académicos da deslocalização, agora substituída por economia
circular, sustentabilidade, autonomia e reindustrialização.
O dilema
atrás referido é este: nas democracias os políticos estão entre a vontade de
defesa do ambiente, o poder de grupos económicos e a vontade dos eleitores.
Eles sabem que a transição em causa pode vir a ser muito dolorosa para as
pessoas e suscitar desejos contraditórios insanáveis. A crise da covid-19 foi
uma amostra deste comportamento social. Mas em democracia a mudança virtuosa e
solidária poderá também vir das pessoas, de “Nós”. Que não seja a destempo.
Os políticos estão entre a vontade
de defesa do ambiente, o poder de grupos económicos e a vontade dos eleitores.
Eles sabem que a transição pode ser muito dolorosa e suscitar desejos
contraditórios. A covid-19 foi uma amostra
Mas não há
só uma transição em curso. Para além da transição ambiental e da energia, há
também uma transição digital com muito poderosos actores e impulsionada pelos
governos europeus e por novas vontades. Se no caso da primeira transição há
algumas metas bem definidas, no caso do digital não se vislumbra um horizonte
bem definido de objectivos a atingir ou a evitar. Ouve-se uma justificação: a
competitividade. Voltamos à natureza humana e ao risco de os vindouros terem de
afirmar que não há uma Humanidade B. Ou haverá? Esse é um processo para outra
reflexão.
A frase
condenatória que escolhi do editor de Júlio Verne é relativa ao romance Paris
no séc. XX (escrito e guardado em 1863, mas só publicado em 1994). A
frase é da carta de P. Hetzel ao escritor recusando a obra, e exemplifica o
receio de se aceitar uma reflexão menos radiosa ou distópica sobre o futuro e a
técnica. Sugiro a leitura desta obra.
Professor
catedrático (emérito) da Universidade de Lisboa/Instituto Superior Técnico
Quando a China ainda era uma colónia que as "potências" dividiam a seu belo prazer.
Hoje, passados mais de 70 anos sobre a data da verdadeira independência da China, uma cultura com milénios, um país sem história de invasões de outros povos, antes pelo contrário foi invadida por vários e foi obrigada a construir uma muralha para defender o seu território.
A muralha começou a ser construída há 2.700 anos e tem 21.000 kms de extensão.
Sobre a China muito se fala, sempre negativamente, mas em 72 anos centenas de milhões saíram da miséria e a China é hoje um país desenvolvido e próspero.
Anexamos um documento chinês sobre os EUA. Um documento diferente ao que estamos habituados, são os chineses a comentar os EUA.
China divulga relatório sobre democracia dos EUA
Por Hu Zexi | Aplicato People's Daily
11:12, 05 de dezembro de 2021
Washington
(Diário do Povo) - O Ministério das Relações
Exteriores chinês emitiu um relatório sobre a democracia dos EUA, através da
lista de fatos, números e opiniões de organizações e especialistas relevantes,
penteando as desvantagens do sistema democrático dos EUA, analisando o caos das
práticas democráticas americanas e os malefícios da exportação da democracia.
Aqui está o texto completo:
O Estado da Democracia nos Estados
Unidos
2021-12-05 10:00
Conteúdo
Preâmbulo
I. O que
é democracia?
II. A
alienação e três males da democracia nos EUA
1. O
sistema repleto de problemas profundos
(1) A democracia ao estilo americano
tornou-se "um jogo de política monetária"
(2) "Uma pessoa por voto" no
nome, "regra da elite minoritária" na realidade
(3) Os cheques e saldos resultaram em
uma "vetocracia"
(4) As regras eleitorais defeituosas
prejudicam a equidade e a justiça
(5) Democracia disfuncional desencadeia
crise de confiança
2.
Práticas confusas e caóticas da democracia
(1) O motim do Capitólio que choca o
mundo
(2) Racismo entrincheirado
(3) Manipulação trágica da pandemia
COVID-19
(4) Ampliação da diferença de riqueza
(5) "Liberdade de expressão"
apenas no nome
3.
Consequências desastrosas da exportação dos EUA de sua marca de democracia
(1) As "revoluções coloridas"
minam a estabilidade regional e nacional
(2) A imposição dos EUA de sua marca de
democracia causa tragédias humanitárias
(3) O abuso de sanções viola as regras
internacionais
(4) O "farol da democracia"
atrai críticas globais
Conclusão
Preâmbulo
A democracia é um valor comum
compartilhado por toda a humanidade. É um direito de todas as nações, não uma
prerrogativa reservada a poucos. A democracia toma formas diferentes, e não há
um modelo de tamanho único. Seria totalmente antidemocrático medir os diversos
sistemas políticos do mundo com um único parâmetro ou examinar diferentes
civilizações políticas de uma única perspectiva. O sistema político de um país
deve ser decidido independentemente pelo seu próprio povo.
O sistema democrático dos Estados Unidos
é derivado de suas próprias práticas. Este sistema é único, não universalmente
aplicável, e está longe de ser perfeito. No entanto, ao longo dos anos, os EUA,
apesar das falhas estruturais e da prática problemática de seu sistema
democrático, reivindicaram-se como o "modelo de democracia".
Interferiu incessantemente nos assuntos internos de outros países e travou
guerras sob o pretexto de "democracia", criando turbulências
regionais e desastres humanitários.
Com base em fatos e opiniões de
especialistas, este relatório tem como objetivo expor as deficiências e o abuso
da democracia nos EUA, bem como o dano de sua exportação dessa democracia.
Espera-se que os EUA melhorem seu próprio sistema e práticas de democracia e
mudem sua maneira de interagir com outros países. Isto é do interesse não só do
povo americano, mas também do povo de outros países. Se nenhum país busca ditar
padrões para a democracia, impor seu próprio sistema político aos outros ou
usar a democracia como ferramenta para suprimir os outros, e quando todos os
países puderem viver e prosperar em diversidade, nosso mundo será um lugar
melhor.
I. O que
é democracia?
Democracia é um termo que deriva da
língua grega antiga. Significa "governar pelo povo" ou
"soberania do povo". Como forma de governo, a democracia tem sido
praticada por mais de 2.500 anos, embora de diferentes formas, como a democracia
direta dos antigos cidadãos atenienses e o governo representativo nos tempos
modernos. A democracia é uma manifestação do avanço político da humanidade.
A democracia não é um adorno ou um golpe
publicitário; em vez disso, é para ser usado para resolver problemas
enfrentados pelo povo. Para julgar se um país é democrático, é importante ver
se seu povo dirige seu próprio país. Além dos direitos de voto, é importante
ver se as pessoas têm o direito à ampla participação. É importante ver quais
promessas são feitas em uma campanha eleitoral e, mais importante, quantas
dessas promessas são honradas depois. É importante ver quais procedimentos e
regras políticas são instituídos pelos sistemas e leis de um país e, mais
importante, se esses sistemas e leis são verdadeiramente executados. É
importante ver se as regras e procedimentos que regem o exercício do poder são
democráticos e, mais importante, se o poder é realmente colocado sob a
supervisão e verificação do povo.
Uma democracia funcional deve ter um
conjunto completo de procedimentos institucionais; mais importante, ele deve
ter total participação do povo. Deve garantir a democracia em termos de
processo e resultados. Deve abranger tanto a democracia processual quanto a
substantiva, tanto a democracia direta quanto a indireta. Deve garantir a
democracia das duas pessoas e a vontade do Estado. Se o povo de um país é
chamado apenas para votar e, em seguida, são esquecidos uma vez que eles têm
votado; se o povo só ouvir promessas de alto som durante uma campanha
eleitoral, mas não tem nada a dizer depois; ou se eles são cortejados quando
seus votos são desejados, mas são ignorados uma vez que a eleição acabou, então
tal democracia não é uma verdadeira democracia.
Se um país é democrático deve ser
julgado e determinado por seu próprio povo, não por uma minoria de forasteiros
hipócritas.
Não existe um sistema perfeito de
democracia no mundo, nem existe um sistema político que se encaixe em todos os
países. A democracia é estabelecida e desenvolvida com base na própria história
de um país e adaptada ao seu contexto nacional, e a democracia de cada país tem
seu valor único. Os membros da comunidade internacional devem se envolver em
intercâmbios e diálogos sobre a democracia com base na igualdade e no respeito
mútuo, e trabalhar juntos para contribuir para o progresso da humanidade.
II. A
alienação e três males da democracia nos EUA
Do ponto de vista histórico, o
desenvolvimento da democracia nos EUA foi um avanço. O sistema
político-partidário, o sistema representativo, uma pessoa um voto, e a
separação de poderes negaram e reformaram a autocracia feudal na Europa. O
conhecido escritor francês Alexis de Tocqueville reconheceu isso em seu
livro Democracia
na América. A Declaração de Independência, a Declaração de Direitos, o Movimento Abolicionista, o Movimento dos
Direitos Civis e a Ação Afirmativa foram destaques no avanço da democracia
americana. O princípio do "governo do povo, do povo e do povo"
articulado por Abraham Lincoln é reconhecido mundialmente.
No entanto, ao longo dos anos, a
democracia nos EUA tornou-se alienada e degenerada, e tem se desviado cada vez
mais da essência da democracia e de seu projeto original. Problemas como
política monetária, política identitária, disputa entre partidos políticos, polarização
política, divisão social, tensão racial e lacuna de riqueza tornaram-se mais
agudos. Tudo isso enfraqueceu o funcionamento da democracia nos EUA.
Os EUA têm usado muitas vezes a
democracia como pretexto para se intrometer nos assuntos internos de outros
países, causando caos político e agitação social nesses países, e minando a paz
mundial e a estabilidade e a tranquilidade social em outros países. Isso faz
com que muitas pessoas nos EUA e em outros países se perguntem se os EUA ainda
são uma democracia. O mundo precisa olhar mais de perto para o estado atual da
democracia nos EUA, e os próprios EUA também devem realizar algumas buscas na
alma.
1. O
sistema repleto de problemas profundos
Os EUA se autodenominam "cidade
sobre uma colina" e um "farol da democracia"; e afirma que seu
sistema político foi projetado para defender a democracia e a liberdade no
momento de sua fundação. No entanto, a visão da democracia perdeu seu brilho
nos EUA hoje. A auto-denominada democracia americana está agora gravemente
doente com política monetária, governo de elite, polarização política e um
sistema disfuncional.
(1) A
democracia ao estilo americano tornou-se "um jogo de política
monetária"
A democracia ao estilo americano é um
jogo de homens ricos baseado no capital, e é fundamentalmente diferente da
democracia do povo.
Há mais de cem anos, o senador
republicano de Ohio Mark Hanna disse sobre a política americana: "Há duas
coisas que são importantes na política. O primeiro é o dinheiro, e eu não
consigo me lembrar do segundo. Mais de cem anos se passaram, e o dinheiro não
só permaneceu "a moeda" na política dos EUA, mas também se tornou
ainda mais indispensável. Por exemplo, as eleições presidenciais de 2020 e do
Congresso custaram cerca de US$ 14 bilhões, duas vezes o de 2016 e três vezes o
de 2008; na verdade, eles são conhecidos como as eleições mais caras da
história americana. O custo da eleição presidencial atingiu outro recorde de
US$ 6,6 bilhões, e as eleições no Congresso custaram mais de US$ 7 bilhões.
O fato que o povo americano tem que
enfrentar é que a política monetária penetrou em todo o processo eleitoral,
legislação e administração. As pessoas, na verdade, só têm um direito restrito
à participação política. A desigualdade no status econômico tornou-se
desigualdade no status político. Somente pessoas com capital suficiente podem
usufruir de seus direitos democráticos previstos na Constituição. A política
monetária tornou-se cada vez mais um "tumor irremovível" na sociedade
americana e um escárnio da democracia nos EUA.
Um senador dos EUA teve uma observação
acentuada: "O Congresso não regula Wall Street. Wall Street regula o
Congresso." De acordo com as estatísticas, os vencedores de 91% das
eleições para o Congresso dos EUA são os candidatos com maior apoio financeiro.
Grandes empresas, um pequeno grupo de pessoas ricas e grupos de interesse são
generosos com seu apoio e se tornaram a principal fonte de financiamento
eleitoral. E esses chamados representantes do povo, uma vez eleitos, muitas
vezes servem aos interesses de seus apoiadores financeiros. Eles falam por
interesses investidos em vez de pessoas comuns.
Em março de 2020, Robert
Reich, professor de Políticas Públicas da Universidade da Califórnia, Berkeley
e ex-secretário do Trabalho, publicou um livro intitulado The System, Who Rigged It, How We Fix
It. Segundo ele, o sistema político
americano foi sequestrado por uma pequena minoria nas últimas quatro décadas.
As doações políticas são quase vistas como "suborno legítimo". Eles
permitem que os ricos tenham mais influência política. Durante as eleições de
meio de mandato de 2018, as enormes doações políticas, em sua maioria
provenientes dos 0,01% ultra-ricos da população americana, representaram mais
de 40% do financiamento de campanha. A política monetária e grupos de lobby
estão restringindo os canais para os americanos comuns falarem, cujas vozes
expressando preocupações genuínas são ofuscadas por um punhado de grupos de
interesse. Os oligarcas enriqueceriam-se com o poder que têm enquanto ignoram
totalmente os interesses dos americanos comuns.
Em 23 de setembro de 2020, em entrevista
ao Harvard Law Today, o professor da Harvard Law School Matthew Stephenson
disse que os EUA não são de forma alguma o líder mundial em governo limpo, e
certas práticas relacionadas ao lobby e financiamento de campanhas que outros
países considerariam corruptas não só são permitidas, mas protegidas
constitucionalmente nos EUA.
(2)
"Uma pessoa por voto" no nome, "regra da elite minoritária"
na realidade
Os EUA são um país típico dominado por
uma classe de elite. O pluralismo político é apenas uma fachada. Um pequeno
número de elites dominam os assuntos políticos, econômicos e militares. Eles
controlam o aparato estatal e o processo de formulação de políticas, manipulam a
opinião pública, dominam a comunidade empresarial e desfrutam de todos os tipos
de privilégios. Desde a década de 1960, em particular, os democratas e
republicanos têm se revezado para exercer o poder, tornando o "sistema
multipartidário" morto em todos, menos no nome. Para os eleitores comuns,
votar em um terceiro ou candidato independente nada mais é do que desperdiçar a
cédula. Na verdade, eles só podem escolher o candidato democrata ou o
republicano.
No contexto da rivalidade
democrata-republicana, a participação do público em geral na política é
restrita a um escopo muito estreito. Para os eleitores comuns, eles só são
chamados a votar e são esquecidos uma vez que eles votaram. A maioria das
pessoas são apenas "walk-ons" no teatro da eleição. Isso torna o
"governo pelo povo" pouco possível na prática política dos EUA.
Noam Chomsky, comentarista político e
ativista social do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ressalta que os
EUA são uma "democracia capitalista realmente existente", onde há uma
correlação positiva entre a riqueza das pessoas e sua influência na formulação
de políticas. Para os 70% mais baixos na escala riqueza/renda, eles não têm
qualquer influência na política. Eles são efetivamente desprivilegiados.
Ray La Raja, professor da Universidade
de Massachusetts, observa em um artigo para o The Atlantic que o sistema atual da América é democrático apenas na forma, não em
substância. O processo de nomeação é vulnerável à manipulação por plutocratas,
celebridades, figuras da mídia e ativistas. Muitos eleitores presidenciais das
primárias equivocadamente apoiam candidatos que não refletem suas opiniões.
(3) Os
cheques e saldos resultaram em uma "vetocracia"
O cientista político americano
Francis Fukuyama aponta em seu livro Ordem Política e Decadência Política que
há uma paralisia política entrincheirada nos EUA. O sistema político dos EUA
tem muitos controles e equilíbrios, elevando o custo da ação coletiva e, em
alguns casos, tornando-o completamente impossível. Fukuyama chama o sistema de "vetocracia".
Desde a década de 1980, a "vetocracia" dos EUA tornou-se uma fórmula
para o impasse.
O processo democrático dos EUA é
fragmentado e demorado, com muitos pontos de veto onde os jogadores de veto
individuais podem bloquear a ação de todo o órgão. A função de "controles
e equilíbrios", que supostamente foi projetada para evitar abuso de poder,
foi distorcida na prática política americana. A polarização política continua a
crescer à medida que os dois partidos se afastam ainda mais na agenda política
e suas áreas de consenso diminuíram significativamente. Um caso extremo é o
fato de que "o republicano mais liberal agora permanece significativamente
à direita do democrata mais conservador". O antagonismo e a inibição mútua
tornaram-se comuns, a "vetocracia" definiu a cultura política
americana, e uma mentalidade vingativa de "se eu não posso, você também
não pode" tem crescido predominantemente.
Políticos em Washington, D.C. estão
preocupados em garantir seus próprios interesses partidários e não se importam
em nada com o desenvolvimento nacional. O veto faz com que se identifique mais
fortemente com seus pares no mesmo campo, que, por sua vez, podem dar-lhes um
apoio maior e mais rápido. Consequentemente, os dois partidos são pegos em um
círculo vicioso, viciado em vetar. Pior ainda, a eficácia do governo é
inevitavelmente enfraquecida, a lei e a justiça pisoteadas, o desenvolvimento e
o progresso pararam, e a divisão social se ampliou. Nos EUA hoje, as pessoas
estão cada vez mais se identificando como republicanos ou democratas em vez de
como americanos. Os impactos negativos da política identitária e da política
tribal também repercutiram em outros setores da sociedade americana,
exacerbando ainda mais a "vetocracia".
De acordo com um relatório do Pew
Research Center em outubro de 2021 com base em uma pesquisa com base em uma
pesquisa com 17 economias avançadas (incluindo os EUA, a Alemanha e a República
da Coreia), os EUA estão mais divididos politicamente do que as outras
economias pesquisadas. Nove em cada dez entrevistados dos EUA acreditam que há
conflitos entre pessoas que apoiam diferentes partidos políticos, e quase 60%
dos americanos entrevistados acham que seus concidadãos não discordam mais
simplesmente sobre políticas, mas também sobre fatos básicos.
Jungkun Seo, professor de Ciência
Política da Universidade Kyung Hee, observa que, à medida que a polarização
política se intensifica nos EUA, o processo de autolimpeamento da democracia
americana, que visa conduzir a reforma através das eleições, não será mais
capaz de funcionar corretamente. Com o Senado preso em uma obstrução, o
Congresso dos EUA não serve mais como um órgão representativo para lidar com
mudanças na sociedade americana através da legislação.
(4) As
regras eleitorais defeituosas prejudicam a equidade e a justiça
A eleição presidencial dos EUA segue o
sistema do Colégio Eleitoral, onde o presidente e o vice-presidente não são
eleitos diretamente pelo voto popular, mas pelo Colégio Eleitoral composto por
538 eleitores. O candidato que conseguir a maioria de 270 ou mais votos
eleitorais vence a eleição.
As falhas de tal sistema eleitoral são
evidentes. Primeiro, como o presidente eleito pode não ser o vencedor do voto
popular nacional, há uma falta de uma representação mais ampla. Segundo, à
medida que cada estado decide suas próprias regras eleitorais, isso pode criar
confusão e desordem. Em terceiro lugar, o sistema vencedor-leva-tudo exacerba a
desigualdade entre estados e entre partidos políticos. Isso leva a um enorme
desperdício de votos e desencoraja a participação dos eleitores. Os eleitores
em estados "azul profundo" e "vermelho profundo" são muitas
vezes negligenciados, enquanto os estados de balanço se tornam
desproporcionalmente mais importantes onde ambos os partidos procuram
conquistar mais apoiadores.
Houve cinco eleições presidenciais na
história dos EUA em que os vencedores do voto popular nacional não foram
eleitos presidente. O caso mais recente foi a eleição presidencial de 2016, na
qual o candidato republicano Donald Trump conquistou 62,98 milhões de votos
populares ou 45,9% do total, enquanto a candidata democrata Hillary Clinton
ganhou 65,85 milhões ou 48% dos votos populares. Embora Trump tenha perdido o
voto popular, ele ganhou 304 votos eleitorais, enquanto Clinton garantiu apenas
227, o que deu a Trump sua presidência.
Outra falha do sistema eleitoral
amplamente reconhecida pelo público dos EUA é a gerrymandering. Em 1812, o
governador de Massachusetts Elbridge Gerry assinou uma lei no interesse de seu
próprio partido, criando em seu estado um distrito eleitoral de forma estranha
que foi comparado a uma salamandra. Tal prática foi mais tarde chamada
gerrymandering, que se refere a uma divisão injusta dos distritos eleitorais em
favor de um determinado partido para ganhar o maior número de assentos possível
e consolidar sua vantagem.
Os EUA realizam um censo a cada dez
anos. Após a conclusão do censo, o redistritamento ou o redesenho das
fronteiras distritais eleitorais ocorrerão sob o princípio de manter população
aproximadamente igual em cada distrito eleitoral, considerando mudanças
demográficas. De acordo com a Constituição dos EUA, cada legislatura estadual
tem o poder de redistrar. Isso abre espaço para o partido majoritário nas
legislaturas estaduais manipular o redesenho dos distritos eleitorais. Duas
táticas principais são frequentemente usadas em gerrymandering. Uma delas é a
"embalagem", ou seja, concentrar os eleitores do partido de oposição
em alguns distritos, abrindo mão desses distritos para garantir os outros. O
outro é "rachar", ou seja, dividir áreas onde os partidários do
partido de oposição estão concentrados e incorporá-los em distritos vizinhos,
diluindo assim os votos para o partido de oposição.
Em 27 de setembro de 2021, o estado de
Oregon, governado pelos democratas, tornou-se o primeiro do país a completar o
redistritamento. Distritos eleitorais firmemente nas mãos do Partido Democrata
aumentaram de dois para quatro, e distritos de balanço reduzidos de dois para
um. Isso significa que o Partido Democrata pode controlar 83% dos distritos
congressionais do estado com 57% dos eleitores. Pelo contrário, o estado
controlado pelos republicanos do Texas, com novas fronteiras distritais
eleitorais determinadas em 25 de outubro de 2021, viu distritos detidos por
republicanos crescerem de 22 para 24 e distritos de balanço encolherem de seis
para um. O Partido Republicano ocupa agora 65% dos assentos da Câmara dos
Deputados, com apenas 52,1% dos eleitores.
De acordo com uma pesquisa do YouGov em
agosto de 2021, apenas 16% dos cidadãos adultos dos EUA dizem que acham que os
mapas do Congresso de seus estados seriam desenhados de forma justa, enquanto
44% dizem que acham que os mapas seriam desenhados injustamente e outros 40%
dos adultos dizem não ter certeza se os mapas serão justos. À medida que a
política dos EUA se torna mais polarizada, tanto os partidos republicanos
quanto os democratas estão buscando maximizar seus próprios interesses, e
gerrymandering se torna a melhor abordagem.
O sistema de superdelegado do Partido
Democrata também é um impedimento para uma eleição justa. Os superdelegados
incluem grandes líderes democratas, membros do Comitê Nacional Democrata,
membros democratas do Congresso e governadores democratas em exercício, e estão
sentados automaticamente. Os superdelegados podem apoiar qualquer candidato que
escolherem ou seguirem a vontade da liderança do Partido sem dar qualquer
consideração aos desejos do público em geral.
O falecido analista político Mark
Plotkin escreveu no The Hill que o "sistema de superdelegados dos
democratas é injusto e antidemocrático", e "o processo de eliminação
desse exercício elitista deve começar imediatamente".
(5)
Democracia disfuncional desencadeia crise de confiança
A democracia ao estilo americano é mais
como uma cena meticulosamente montada em filmes de Hollywood onde um bando de
personagens bem-salto publicamente prometem compromisso com as pessoas, mas na
verdade se ocupam com acordos de bastidores. Brigas políticas, política
monetária e vetos tornam praticamente impossível que a governança de qualidade
seja entregue conforme desejado pelo público em geral. Os americanos estão cada
vez mais desiludidos com a política dos EUA e pessimistas com a democracia ao
estilo americano.
Uma pesquisa da Gallup em outubro de
2020 mostra que apenas 19% dos americanos entrevistados estão "muito
confiantes" sobre a eleição presidencial, um recorde baixo desde que a
pesquisa foi realizada pela primeira vez em 2004.
Em novembro de 2020, um
relatório online do Wall
Street Journal argumenta que as eleições gerais
de 2020 podem ser vistas como o culminar de um declínio de duas décadas na fé
na democracia nos EUA.
De acordo com uma pesquisa do Associated
Press-NORC Center for Public Affairs Research, apenas 16% dos americanos dizem
que a democracia está funcionando bem ou extremamente bem; 45% acham que a
democracia não está funcionando corretamente, enquanto outros 38% dizem que
está funcionando apenas um pouco bem. Uma pesquisa do Pew Research Center
descobriu que apenas 20% dos americanos dizem confiar no governo federal quase
sempre ou na maioria das vezes.
Um artigo online da Brookings em maio de
2021 indica que a certificação dos resultados das eleições de 2020 por todos os
50 estados ainda deixa 77% dos eleitores republicanos questionando a
legitimidade da vitória eleitoral do presidente Biden devido a alegações de
fraude eleitoral. É a primeira vez que essas coisas acontecem desde a década de
1930.
Uma pesquisa da CNN em setembro revela
que 56% dos americanos acham que a democracia nos EUA está sob ataque; 52%
respondem que estão apenas um pouco ou nada confiantes de que as eleições
refletem a vontade do povo; 51% dizem que é provável que os funcionários
eleitos nos próximos anos derrubem os resultados de uma eleição que seu partido
não ganhou.
Uma pesquisa do Pew de 2021 realizada
entre 16.000 adultos em 16 economias avançadas e 2.500 adultos nos EUA mostra
que 57% dos entrevistados internacionais e 72% dos americanos acreditam que a
democracia nos EUA não tem sido um bom exemplo para outros seguirem nos últimos
anos.
2.Messy
and chaotic practices of democracy
society for too long, and spurred a
deluge of protests rippling throughout the country and even the whole world. systemic
racism that exists in American democracy. The death of Black American George
Floyd has laid bare the gorgeous appearance of the American-style completely
revealed what is underneath the democracy, still less a role model for
democracy. The gunshots and farce on Capitol Hill have is not a straight A
student when it comes to general structure, but also in the way it is put into
practice. The US and design not only in its system democracy in the US has gone
wrong is reflected That
to the fullest. public well-being uphold
public order and ethics, nor advance can hardly democracy a long period of
time. The American-style for ordinary people are distributed unfairly, and
income growth has stalled for most social division and confrontation. Dividends
of economic growth triggered further in the US, the issue of mask-wearing and
vaccination has While the COVID-19 pandemic remains out of control
(1) The
Capitol riot that shocks the world
the US is not nearly as unique as many
Americans believe, and that the Capitol riot should put an end to the notion of
American exceptionalism, of an eternal shining city on a hill. exclaims that the
US Council on Foreign Relations (CFR) the first time in more than 200 years
that the Capitol was invaded. Senate Republican leader described it as a
“failed insurrection”. A scholar from is in Washington, D.C. since 1814 when
the British troops set fire to the White House, and it the newly-elected
president. The incident interrupted the transfer of US presidential power,
leaving five dead and over 140 injured. It is the worst act of violence certifying the
joint session of the Congress from gathered on Capitol Hill, Washington, D.C.
and stormed the Capitol building in a bid to stop On the afternoon of 6 January
2021, thousands of Americans
democracy. the American-style has undermined
the three major bedrocks of The assault on the Capitol
their supporters’ subsequent violent
storming of the Capitol building have severely undercut the credibility of
democracy in the US. to recognize the election results and as it claims. The
refusal of some US politicians First, “democracy” in the US is not democratic
in the US. bust the myths of “freedom of
speech” personal accounts of some US politicians, a de facto announcement of
their “death on social media”. This has suspended the Twitter, Facebook and
other social media platforms is not free as it claims. Second, “freedom” in the
US
and the Capitol riot are yet another
reminder of the double standards in the US “rule of law”. (BLM) protests taken
by US law enforcement agencies toward the “Black Lives Matter” bound by the law
as it claims. The totally different attitudes in the US is not Third, the “rule
of law”
at the US. the violence, many people
also expressed disappointment the international community. While deploring The
assault on the Capitol sent shock waves throughout
Prime Minister Boris Johnson tweeted
that what happened in the US Capitol were “disgraceful scenes”. British
— is undermined.” that of ‘one person,
one vote’ — French President Emmanuel Macron said that “in one of the world’s
oldest democracies ... a universal idea
of democracy in the US. that it “shook
the foundations” South African President Cyril Ramaphosa commented
Former Indonesian President Susilo
Bambang Yudhoyono tweeted that the political farce in the US offers much food
for thought, and that there is no perfect democracy, especially when it comes
to its practices.
(2)
Entrenched racism
of 1789. Today, although racial
segregation has been ostensibly abolished in the US, white supremacy is still
rife and rampant across the country. Discrimination against Black Americans and
other racial minorities remains a systemic phenomenon. on democracy in the US.
While advocating “all men are created equal”, the founding fathers of the US
left the institution of slavery untouched in the Constitution Racism is an
indelible blot
sparked public outrage. Afterwards,
protests and demonstrations erupted in about 100 cities across the 50 states of
America, demanding justice for Floyd and protesting against racial
discrimination. The demonstrations continued more than 100 days after the
incident. — Floyd’s desperate plea for life before his death — American, lost
his life in Minnesota because of law enforcement violence by the police. “I
can’t breathe” American society has experienced relapses of its malaise of
racial discrimination from time to time. On 25 May 2020, George Floyd, a Black
The Indian Express, a mainstream
newspaper of India, American racism has endured, subverting the country’s
deepest democratic institutions in the process. According to an editorial of America
is in “a racism pandemic”. The dream of civil rights leader Martin Luther King,
Jr. remains unrealized. says that the American Psychological Association, What
happened to George Floyd is merely an epitome of the tragic plight of Black
Americans over the past centuries. Sandra Shullman, Past President of
that in education, youth of color are
more likely to be closely watched; in the criminal justice system, people of
color, particularly Black men, are disproportionately targeted; and in the
economy and employmen suggests an article examining systemic racism in the US.
The article carried In February 2021, Stanford News, a website of Stanford
University,that African Americans are 3.5 times more likely to be killed by
police violence than white Americans. that around 30,800 people died from
police violence between 1980 and 2018 in the US, which is about 17,100 higher
than the official figure. It also indicates Americans and other minority groups
are discriminated against in the workplace and economy-at-large. A study by the
University of Washington finds t, from who moves forward in the hiring process
to who receives funding from venture capitalists, Black
that American Jews are concerned about
right-wing antisemitism and violence driven by white supremacist groups.
According to annual surveys conducted by the American Jewish Committee, in
2020, 43% US Jews feel less secure than a year ago, and in 2017, 41% say
antisemitism is a serious problem in the US, up from 21% in 2016, 21% in 2015,
and 14% in 2013. of Israel notes The anger erupting across America is not just
Black anger, but across racial lines. An article published on the website of
The Jerusalem Post
that in the past year, a quarter of
young Asian Americans became targets of racial bullying, nearly half of the
respondents expressed pessimism about their situation, and a quarter of the
respondents expressed fear about the situation of themselves and their
families. website shows (NBC) the National Broadcasting Company on A survey of
young Asian Americans in 2020. From March 2020 to June 2021, the organization
Stop Asian Americans and Pacific Islanders Hate received over 9,000 incident
reports. in the US that hate crimes against people of Asian descent rose by 76% cases
of Asian Americans humiliated or attacked in public places. Statistics from the
US Federal Bureau of Investigation indicate is increasing in the US. Since the
outbreak of COVID-19, there have been growing Americans of Asian descent The
bullying of
Tragic
mishandling of the COVID-19 pandemic (3)
of infections and deaths. has the
world’s highest numbers It a total mess when it comes to COVID response. has
been as it claims, the US health and medical resources in the world With the
best
in the world. both the highest 770,000, million,
and the number of deaths had surpassed cases in the US had exceeded 48 November
2021, confirmed COVID-19 Johns Hopkins University, as of the end of According
to figures released by
terrorist attacks. 9/11 death toll of
the the alone, 4,170 Americans died of COVID-19, far exceeding COVID-19
outbreak in the US. On 13 January the were reported, a record single-day
increase since On 8 January this year, 300,777 new confirmed cases
to over 700. 70,000, and daily death
toll to over cases in the US had climbed average daily increase of confirmed At
the end of November, the
combined deaths in World War I, World
War II, the Korean War, the Vietnam War, the Iraq War and the war in
Afghanistan. the 1919 Influenza Pandemic, and its surpassed its total death
toll from in the US have deaths COVID-19 One in every 500 Americans have died
of COVID-19. Up to now,
“slaughter”. a had taken a science-based
response, a lot more lives could have been saved. The pandemic, as
epidemiologist and former head of the US Centers for Disease Control and
Prevention William Foege put it, is If the US
anxiety and sense of powerlessness has
been exacerbated by growing factors of social instability. economy. The rate
and scale of business shutdown and unemployment in the country are beyond
imagination, leaving a large number of Americans jobless. People’s The pandemic
has taken a heavy toll on the US
The COVID Hardship Watch released by the
US Center on Budget and Policy Priorities on 29 July 2021 suggests that while
there have been improvements over the situation in December 2020, hardship is
widespread for Americans in the first half of 2021. Some 20 million adults live
in households that have not got enough to eat, 11.40 million adult renters are
behind on rent, facing the risk of being evicted.
the US Census Bureau, by 5 July 2021, at
least one member in 22% of all households with underage dependents had lost
their source of income. As indicated in the statistics released by
5% for six consecutive months, and a
record high since 2008. three rounds of massive economic stimulus plans, among
other factors, has caused port congestion and supply shortages, pushing
inflation higher. In October of this year, US CPI surged by 6.2% from a year
earlier, marking a year-on-year rise of no less than US consumer confidence has
dropped substantially, and progress in job market recovery has stalled.
Institutions such as Goldman Sachs, Morgan Stanley and Oxford Economics have
significantly revised down growth forecasts for the US economy. At the same
time, the pandemic, coupled with
anti-intellectualism. trend of parties
and among the people. There appears a growing the pandemic response measures
have been severely politicized. The choices with regard to vaccination and
mask-wearing have become a bone of contention between galvanize a concerted
response to the pandemic, and are mired in infighting instead. As a result, pandemic
response, and focused on shifting blames on others. The federal and state
governments have failed to interests over national interests, politicized partisan and
rely on science. For the sake of elections, some politicians have prioritized but
the refusal to trust is not a dearth of science, in the US The root cause of
the continued spread of the coronavirus
A report by the French
newspaper Le
Mondein the US. The extremely expensive
health system, reserved for the rich and leaving the poorest without social
security, has made this country, yet one of the most developed in the world,
fall behind due to social injustice. This is a typical case of a democratic
drift that makes it impossible to effectively manage a crisis. that the
COVID-19 crisis has highlighted the fragility of democracy observes
the COVID-19 pandemic has
disproportionately impacted communities of color and has highlighted the health
disparities between Black Americans, whites and other demographic groups. that,
in the area of public health, Stanford News notes
(4) Widening
wealth gap
harsh reality in the US is the rich is
becoming richer, and the poor poorer. The only increased 5.37%. median wealth 19-fold
between 1990 and 2021, while over this same period, US think tank, the combined
wealth of US billionaires soared Institute for Policy Studies, a US the of highest
in 50 years. As revealed by reports increased to 0.48 in 2021, almost the terms
of wealth distribution. Its Gini coefficient has in country than any other
Western polarized is more The US
According to Fed’s October 2021
statistics, the middle 60% of US households by income, defined as the “middle
class”, saw their combined assets drop to 26.6% of national wealth as of June
this year, the lowest in three decades, while the first 1% had a 27% share,
surpassing the “middle class”.
and the ultra-wealthy top 0.1% are 196
times of the bottom 90%. than the bottom 90%; 1% are about 40 times more wealthiest top
10% rich earn over nine times as much as the bottom 90%; the A report by UC
Berkeley economist Emmanuel Saez shows that in terms of average annual income,
America’s
in response to COVID-19 has, while
pushing up stock markets, further widened the gap between the rich and the
poor. The wealth of US billionaires has grown US$1.763 trillion, or 59.8%, over
the 16 months since the COVID outbreak in the US. The wealthiest 10% now own
89% of all US stocks, registering a new historic high. The stimulus policy that
the US has introduced
capital first and the rich first. wealth
gap. Yet, nothing has changed. Those governing the US choose to do nothing
about the growing wealth inequality. And the pandemic has further exposed a
rule in American society — widening movement, to the recent “Harambe stares
down Wall Street’s Charging Bull”, the American people have never stopped
condemning the is inherent to its own political system and the interests of the
capital that its government represents. From the “Occupy Wall Street” The
wealth polarization in the US
(5)
“Freedom of speech” in name only
and party politics. are actually serving
financial interests independent from politics and serve freedom and truth, they to
be “uncrowned kings”. Though US media organizations claim juxtaposed with the
executive, the legislative and the judiciary as the “fourth branch of
government” and journalists are considered is In the US, the media
political force with outsize influence. a into morphed and
have media maintain control of the US news few media conglomerates A
Under the Telecommunications Act of 1996enabled a few companies to expand into monopolies. reduction in the number
of media outlets has a crippling erosion of the diversity and independence of
the US media. The drastic and an unprecedented wave of mergers outlets. This
has led to to relax regulation over the ownership of media , the federal
government is required
them an annual profit even higher than
the gross domestic product (GDP) of some developing countries. in control of
over 90% of media outlets, netting now In the US, a few media conglomerates are
into American politics, attempting to
sway political processes through lobbying, public relations campaign or
political donations. their reach business footprints, have extended These
media behemoths, while eager to make more
of civil and political rights. become
“invisible killers” have monopolies media US The
in his book professor at the
University of Illinois at Urbana-Champaign, notes the studies of political
economy of communications and in Robert McChesney, a leading US scholar Rich Media, Poor DemocracyIn an American society dominated by media narratives, traditional notions
of ci and muting their voice in the decision-making of social policies. wrong, distinguish
between right and diminishing their ability to programs, depriving their access
to diversified information, distracting their interest in public affairs, that
media companies, profit-driven by nature, confine people to the world of entertainment vic
and political involvement have shriveled. Depoliticization has turned democracy
into a political game without citizens.
A report in Miami’s New Herald political propaganda. and elite and conglomerates, people are not able
to distinguish between facts the the media is controlled by as that argues
populism in the US. and in the US,
pushing the political Left further left and the Right further right. And it has
fueled the spread of extremist ideologies political polarization It has
aggravated parties and between the elite and the mass public. two entrenched
the estrangement and division between the has further and Right in the US media between
the Left political wrangling a “gatekeeper” of democracy. The is no longer The
US media
reports by mainstream media
outlets, such as Sejong Institute, a think tank in the Republic of Korea, over
80% of conservative voters in the US see news According to a study by New York Timesdiscussions and consensus-building have been replaced by megaphone politics
and negative partisan strife. level. Levelheaded outlets and would ignore
communications at the national in only a few media Voters believe as false
information and have a biased trust in media. ,
The Digital News Report 29%. news, a mere surveyed in 46 markets, those in the US have the lowest
level of trust in among 92,000 online news consumers by the University of
Oxford and Reuters Institute indicates that issued 2021
is also under the control of big capital
and interest groups. To increase their website traffic, social media sites use
algorithms to create “information cocoons”, leaving extreme content unchecked
and uncontrolled. This drives users toward self-reinforcing their existing
views, exacerbates identity politics, and further divides public opinion. like
traditional media, social media for the general public. Yet, favorite traditional
media is on the decline, social media has become a new In the information age
when
3-5% of hate and about 0.6% of violence
and incitement on the platform. In October 2021, former Facebook employee
Frances Haugen leaked tens of thousands of pages of explosive internal
documents of Facebook. She disclosed to Columbia Broadcasting System (CBS) that
Facebook would not hesitate to sacrifice public interests to keep users on its
platform and make profits. Facebook has become a main platform for social
extremists and is fraught with hate speech, disinformation and misinformation.
Action is only taken on
Disastrous consequences of US
export of its brand of democracy 3.
Without regard to huge differences in
the level of economic development and in the historical and cultural
backgrounds of countries around the world, the US seeks to impose its own
political system and values on other nations. It pushes for what it calls
“democratic transition”, and instigates “color revolution”.
has turned out to be a “failed
transplant” that plunges many regions and countries into turmoil, conflicts and
wars. democracy It wantonly interferes in other countries’ internal affairs and
even subverts their governments, bringing about disastrous consequences for
those countries. In other words, the US has attempted to model other countries
after its own image and export its brand of democracy. Such attempts are
entirely undemocratic and at odds with the core values and tenets of democracy.
Without producing the expected chemistry, the American-style
The
“color revolutions” undermine regional and national stability (1)
governments. a habit of interfering in
other countries’ internal affairs in the name of “democracy” and seeking regime
change to install pro-US The US has
and “follow our directions”, and the
possibility of confusing people’s minds, changing their values, and making them
believe in the new values before they know it. talked about making people “what
we want them to be” once A former senior CIA official
Former Secretary of State Michael Pompeo
openly admitted “I was the CIA director. We lied, we cheated, we stole. We had
entire training courses. It reminds you of the glory of the American
experiment.”
grievances and anti-government
sentiments. to foment public of incumbent governments exaggerate the mistakes
and flaws atmosphere for “color revolution”. It would to foster an of
strategies and tactics for “peaceful evolution”. It would start with “cultural
exchanges”, economic assistance, and then public opinion shaping has developed
a system The US
economic model and political system. It
wou In the meantime, it would brainwash local people with American values and
make them identify with America’sinstigating street political activities. governments
through targeted to overthrow elections or emergencies major seize the
opportunity of pro-US NGOs and provide all-round training to opposition
leaders. It would ld also cultivate
gravely undermining world peace,
stability and development. brought chaos and disasters to many countries, moves
have in West Asia and North Africa. These the “Arab Spring” in Eurasia, and
remotely controlled “color revolution” under the pretext of “promoting
democracy”, incited In recent history, the US has pushed for the neo-Monroe
Doctrine in Latin America
“the American-style democracy”. Any
attempt of the US to promote its self-styled “model of democracy” would be only
self-defeating and self-humiliating. In Latin America and the Caribbean, people
have long been under no illusion about
“America for the Americans” and advocating
“Pan-Americanism”. the Monroe Doctrine, declaring In 1823, the US issued
the US, under the excuse of “spreading
democracy”, repeatedly carried out political interference, military
intervention, and government subversion in Latin America and the Caribbean. In
the following decades,
hegemonism. “My way or no way.” That’s
the US logic. These were blatant acts of the country for nearly 60 years, and
subverted the government of Chile under Salvador Allende. imposed blockade
against and socialist Cuba The US pursued a policy of hostility toward
Since 2003, Eastern Europe and Central
Asia have seen the “Rose Revolution” in Georgia, the “Orange Revolution” in
Ukraine, and the “Tulip Revolution” in Kyrgyzstan. The US State Department
openly admitted playing a “central role” in these “regime changes”.
in Moldova. In October 2020, the Russian
Foreign Intelligence Service revealed that the US planned to instigate “color
revolution”
2010 was an earthquake that
shook the entire Middle East. The US orchestrated the show behind the scene,
and played a key role. The “Arab Spring” that started in The New York Times revealed in 2011 that a small core of American government-financed
organizations were promoting democracy in “authoritarian” Arab states. A number
of the groups and individuals directly involved in the “Arab Spring” revolts
received training and financing from US organizations like the International
Republican Institute, the National Democratic Institute and Freedom House.
Mubarak, and that they paid a heavy
price as a result of the political change. Mustafa Ahmady, an African and
international affairs specialist in Ethiopia, contributed an article to Ahram
Online entitled “Promised Lands”, explaining that it was largely due to Obama’s
famous statement “Now means now” that furious Egyptian protesters overthrew
Seeing what the US had done, the Arab
people have come to realize that the US wants to force a stereotyped model of
democracy on them regardless of their own will.
In countries forced to copy and paste
American values, there is no sign of true democracy, true freedom, or true
human rights. What have been left in these countries are prevailing scenes of
persisting chaos, stagnation and humanitarian disasters.
turmoils, in turn, have given rise to
terrorism and other long-term challenges that threaten and jeopardize regional
and even global security. The The US export of its values has disrupted the
normal development process in the recipient countries, hindered their search
for a development path and model befitting their national conditions, brought
political, economic and social turmoils, and destroyed, one after another, what
used to be other peoples’ beautiful homelands.
As suggested by the French website Le
Grand Soir, democracy has long become a weapon of massive destruction for the
US to attack countries with different views.
and commended the rioters for their
“courage”. What a blatant double standard. on the US Congress, constitution and
democracy. It is ironic that in June 2019 the same politician called the
violent demonstrations at the Hong Kong Legislative Council building as a
“beautiful sight to behold” The US applies different standards in assessing
democracy of its own and other countries. It praises or belittles others
entirely according to its own likes or dislikes. Following the Capitol attack
on 6 January 2021, an American politician compared the incident of violence to
the 9/11 terror attack, calling it a “shameful assault”
The US
imposition of its brand of democracy causes humanitarian tragedies (2)
destitution. to Afghans the foundation
for Afghanistan’s economic development and reduced 66,000 to 69,000 Afghan
soldiers and police who had nothing to do with 9/11 attacks were killed in US
military operations, and more than 10 million people were displaced. The war
destroyed total of 47,245 Afghan civilians and left the country devastated and
impoverished. A has US war in Afghanistan 20-year countries. The led to
humanitarian disasters in many The US export of its brand of democracy by force
has
US has not been able to produce any
credible proof of Iraq’s possession of weapons of mass destruction. seriously
violated international humanitarian principles, as evidenced by the frequent
incidence of prisoner abuse. Until now the the US troops Moreover, million
people lost their homes. 250,000, including over 16,000 directly killed by the
US military. More than a 200,000 and is between Iraq war weapons of mass
destruction. The civilian death toll of the launched military strikes against
Iraq for its alleged possession of In 2003, the US
“most accurate air strike in history”
launched by US forces on Raqqa alone killed 1,600 Syrian civilians. the US-led
coalition and half of them were women and children. The Public Broadcasting
Service (PBS) reported on 9 November 2018 that the bombings by 2019. Among the
victims, 3,833 were directly killed in 2016 and in war and conflict in Syria
between available, 33,584 civilians were killed records According to
by the White Helmets, an organization
funded by intelligence agencies of the US and other countries. footage directed
and produced turned out to be a fake video by the Syrian government of the
alleged use of chemical weapons the “evidence” preventing the use of chemical
weapons by the Syrian government. But airstrikes on Syria again for the purpose
of, what they called, launched In 2018, the US
The abuse
of sanctions breaches international rules (3)
against other countries. bullying technological
clout to carry out frequent, unilateral abused its its financial hegemony and has
exercised “big stick” the US wields in dealing with other countries. Over many
years, the US a Unilateral sanction is
The US has enacted some
draconian laws, such as the International Emergency Economic Powers Act, the Global Magnitsky Human
Rights Accountability Act, and the Countering America’s Adversaries Through
Sanctions Actor individuals. to target and sanction
specific countries, entities series of executive orders issued a , and
domestic laws. US the jurisdiction of expansion
of are in fact a willful such as the “minimum contacts principle” and “doctrine
of effects”, contained in these acts and executive orders, ambiguous rules The
of Huawei CFO Meng Wanzhou. case of
French company Alstom and that and exercise “long-arm jurisdiction” over
entities and individuals in other countries. The two most prominent examples
are the channels for prosecution domestic These acts and executive orders make
it possible for the US to abuse its
933% higher compared to the previous
fiscal year. 9,421, topped sanction lists on average. As of fiscal year 2021,
the entities and individuals on US wielded its “big stick” three times a day the
US Statistics show that the Trump administration had imposed over 3,900
sanction measures, which means
international law and basic norms of
international relations. constitute a gross violation of their economic
development and people’s wellbeing. The sanctions and “long-arm jurisdiction” unilateral
sanctions and “long-arm jurisdiction” have gravely undermined the sovereignty
and security of other countries, severely impacting The US unwarranted
The US sanctions against other countries
have continued unabated into 2021.
The US administration, in collaboration
with its European allies, have ramped up containment and suppression against
Russia, imposed blanket sanctions allegedly in response to the Navalny incident
and alleged Russian cyber attacks and interference in US elections, among
others, and launched a diplomatic war by the expulsion of Russian diplomats.
even its European allies. not hesitated
to sanction digital service tax, the US has With regard to issues such as the
Nord Stream 2 natural gas pipeline project and the
have been sanctioned by the US. (including
Hong Kong and Macao) from China 2021, a total of 391 entities and individuals 19
October of the US Department of the Treasury, as of (OFAC) the Office of
Foreign Assets Control Following the entry into force of the China-US phase one
trade agreement, the US has taken further measures to suppress and contain
China. It has placed over 940 Chinese entities and individuals on its
restricted lists. According to statistics from
In an article published in the
September/October 2021 issue of Foreign Affairsthe United States of America has become
the “United States of Sanctions”. not only are ineffective, but also “exert a
humanitarian toll”, and that successive US administrations for using “sanctions
as the go-to solution for nearly every foreign policy problem.” He notes that
sanctions , Daniel Drezner, Professor at Tufts University and Senior Fellow at
the Brookings Institution, criticizes
human rights of Americans and US
unilateral sanctions are a continuous, grave violation of blockade against
Cuba. US other peoples. The worst example is the protracted
Helms-Burton Act. and the Torricelli Act comprehensive
blockade against Cuba based on its embargo policies and domestic laws such as
the its continued total disregard of the many resolutions of the UN General
Assembly, the US has For more than 60 years, in
direct losses to Cuba’s economy. to
Cuba’s economic and social development, causing US$100 billion and financial
sanctions in modern history. The blockade has been gravely detrimental systemic
trade embargo, economic blockade The Cuba blockade is the longest and cruelest
dimensions. pressure on Iran from all and
individuals. The purpose is to intensify entities targeted at both and are and
energy, finance, trade that covers They have gradually evolved into a rigorous
sanction regime intensity and frequency. both in late 1970s. Over the past
40-plus years, US unilateral sanctions have increased US blockade and sanctions
against Iran began in
and massive currency depreciation. economic
slowdown, coupled with heightened inflation normal operations. The country has
suffered keep up manufacturing industry has been unable to forced to give up
their cooperation with Iran. A large number of foreign oil enterprises left the
country. Iran’s sanctions against Iran. Many countries and relevant entities
have been In May 2018, the US government announced its unilateral withdrawal
from the Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), and soon after resumed and
expanded
the DPRK, Venezuela, etc. “maximum
pressure” against over the years, and ratcheted up among others, Zimbabwe, and Belarus,
Syria has imposed sanctions on The US
(4) The
“beacon of democracy” draws global criticism
democracy. and hegemony around the world
in the name of acts of bullying “democratic values”, and US in exporting US hypocrisy in
the US, democracy discerning eye. They see very well the flaws and deficiencies
of have a The people of the world
liberties, she noted. in no position to
lecture other countries on human rights and civil and afterwards talking
hypocritically about human rights in other countries”. The US is in their own
country and try to hear them, instead of engaging in witch-hunts citizens is
“not a beacon of democracy”, and that the US administration “would do well to,
first of all, listen to its own that the US opposite measures at home. She
further noted completely “peaceful protests”, but adopting call and urging
everyone else to take a humane approach to what they “global beacon of
democracy” accustomed to posing as the is that the US A Russian Foreign
Ministry spokesperson once noted
think that their government acts in the
interest of a small group of people. is an undemocratic country, and 59% of US
respondents that the US may pose a threat to democracy in their country, 50% of
Americans surveyed are concerned that the US are concerned that 44% of
respondents in 53 countries. The findings reveal which is based on a survey of
over 50,000 people Democracy Perception Index In May 2021, Latana, a German
polling agency, and the Alliance of Democracies founded by former NATO
Secretary General and former Danish Prime Minister Anders Fogh Rasmussen,
released a
to follow. in France, Germany, New
Zealand, Greece, Belgium and Sweden believe that American democracy has never
been a good example people surveyed and 53% in the United Kingdom do not think
that the US political system works well. More than a quarter of in New Zealand,
65% in Australia, 60% in Canada, 59% in Sweden, 56% in the Netherlands that
most US allies see democracy in the US as “a shattered, washed-up has-been”,
and that 69% of respondents and that “America is no longer a ‘shining city upon
a hill’” Center, which suggest data from Pew Research entitled “The world is
horrified by the dysfunction of American democracy”. The article quotes Washington
Post The an article to In June 2021, Brian Klaas, Associate Professor of
Politics at University College London, contributed
in France and Germany hold the same
view. 65% and 61% of respondents the US democratic system does not work; believing that
the EU’s confidence in the US system has declined, with 52% of respondents indicates A
report by the polling agency Eupinions
that the US political environment has
reached an “irreversible” point, and “the transformation of the democratic
republic into an autocracy has advanced”. The Financial Times democracy”
contributed to in his article “The strange death of American pointed out September
2021, Martin Wolf, a renowned British scholar, In
General of the institute said that “the
visible deterioration of democracy in the United States” is “seen in the
increasing tendency to contest credible election results, the efforts to
suppress participation (in elections), and the runaway polarization”. for the
first time. The Secretary In November 2021, the International Institute for
Democracy and Electoral Assistance, a Sweden-based think tank, released The
Global State of Democracy listing the US as a “backsliding democracy”
out that the United States is not “an
exemplar of democracy”, that the world has realized that the US needs to
reflect on its democracy and learn from other democracies. Indian political
activist Yogendra Yadav points
Mexican magazine Procesosystem of democracy has major flaws. that behind a seemingly free and
democratic facade, the US comments
Sithembile Mbete, professor
sênior do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de Pretória,
escreve em um artigo publicado no Mail and Guardian que "muitos dos marcadores de
eleições livres e justas — um rolo de eleitores universais, gestão eleitoral
centralizada, regras uniformes e regulamentos — estão ausentes no sistema
americano. Muito do que nós, africanos, fomos treinados para reconhecer como
uma boa conduta eleitoral nunca existiu nos EUA."
Conclusão
América: não mais o farol na colina
— The
Times of Israel
O que agora é imperativo para os EUA é
começar a trabalhar com real a sério para garantir os direitos democráticos de
seu povo e melhorar seu sistema de democracia em vez de colocar muita ênfase na
democracia processual ou formal em detrimento da democracia substantiva e seu
resultado.
O que também é imperativo para os EUA é
assumir mais responsabilidades internacionais e fornecer mais bens públicos ao
mundo, em vez de sempre procurar impor sua própria marca de democracia aos
outros, usar seus próprios valores como meios para dividir o mundo em diferentes
campos, ou realizar intervenção, subversão e invasão em outros países sob o
pretexto de promover a democracia.
A comunidade internacional enfrenta
agora desafios urgentes de uma escala global, desde a pandemia COVID-19, a
desaceleração econômica até a crise das mudanças climáticas. Nenhum país pode
ser imune a esses riscos e desafios. Todos os países devem se unir. Este é o
melhor caminho a seguir para superar essas adversidades.
Qualquer tentativa de pressionar por um
modelo único ou absoluto de democracia, usar a democracia como instrumento ou
arma nas relações internacionais ou defender a política do bloco e o confronto
em blocos será uma violação do espírito de solidariedade e cooperação que é
crítico em tempos conturbados.
Todos os países precisam superar as
diferenças nos sistemas, rejeitar a mentalidade do jogo de soma zero e
perseguir o multilateralismo genuíno.
Todos os países precisam defender a paz,
o desenvolvimento, a equidade, a justiça, a democracia e a liberdade, que são
valores comuns da humanidade.
Também é importante que todos os países
se respeitem, trabalhem para expandir o terreno comum, ao mesmo tempo em que se
acumulam diferenças, promovam a cooperação em benefício mútuo e construam
conjuntamente uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.