A situação de catástrofe que esta política económica está a causar ao país, devastando o comércio e a produção, é a responsável pelo desemprego que nunca atingiu os números aterradores actuais. O desemprego real ultrapassou já o milhão. As desigualdades sociais e as económicas crescem a par da venda ao desbarato, a preço de saldo, do património público. Um dia destes nada temos: energia, água, transportes, televisão e jornais,aeroportos, etc., tudo na mão do capital estrangeiro, seremos uns estranhos no nosso próprio país.
A emigração voltou em força, não a da mala de cartão e do garrafão de cinco litros, mas de jovens com cursos e preparação universitária paga pelos contribuintes portugueses e que vão usar esses conhecimentos, de borla, noutros países. O que isso pode significar para o futuro da nossa sociedade é preocupante, a de um Portugal que terá mais dificuldade em progredir dado que os que o poderiam fazer estarão fora do país. Muitos já não voltarão, a maioria, pois aqui não se vislumbra para os anos mais próximos qualquer possibilidade de uma economia destruída poder criar emprego bem remunerado que faça regressar esses jovens. Casarão lá fora, constituirão família, os filhos nascerão nesses países e as novas amarras irão progressivamente matando as raízes. Foi o que se passou com a grande vaga da emigração dos anos sessenta.
Mas, contradições da vida, o Banco de Portugal acaba de informar que em Novembro passado as remessas da emigração eram na altura de 2.500 milhões de euros, superando já o ano de 2011 que foram de 2.430 milhões. Os escorraçados da pátria por este governo e que partiram à procura de uma vida mais digna acabam, ironia da situação, por contribuírem com as suas remessas para a manutenção desta política criminosa.
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