Charingado é um termo algarvio polivalente que significa lixado,chateado,zangado,e que é usado correntemente com expressões e intenções diversas.
terça-feira, 24 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
CASOS PARA LER E MEDITAR
As peripécias de alguns casos julgados nos nossos tribunais deixam-nos por vezes tão perplexos como apreensivos, e sem confiança no futuro. Se a Justiça age assim a democracia está a ser atacada nos seus fundamentos.
Em 2005, dois meses antes das eleições, três ministros assinam um despacho que retira mais de 500 hectares ao património do Estado e vendidos sem concurso à Portucale, do Grupo Espírito Santo.
Resultado, esta empresa abate mais de 2.000 sobreiros para instalar aí um empreendimento turístico. Nessa data já se sabia que a Ponte Vasco da Gama ficaria a 20 Kms.
Uma auditoria da Inspecção-Geral das Finanças afirma haver actos lesivos do interesse público.
A Polícia Judiciária investiga pois há 115 depósitos em dinheiro, num valor superior a 1 milhão de euros, numa conta do CDS o que dá origem ao caso dos submarinos.
12 de Abril de 2012, após 7 anos termina o caso em tribunal, nenhum dos ministros foi acusado, foi tudo arquivado e absolvido, afinal não se passou nada.
Centenas de páginas com doutas explicações processuais explicam o que não podemos compreender.
Dia 4 de Abril de 2012 o Tribunal Constitucional chumba o projecto de lei sobre o enriquecimento ilícito. Na opinião deste tribunal já existem meios suficientes para combater este tipo de crime, como as medidas anti-corrupção, peculato, participação económica em negócio de tráfico de influência etc.
Todos nós vemos o resultado, é só olhar à nossa volta para perceber que anda tudo com medo dessas leis, e ninguém se atreve a enriquecer com aldrabices nem a fazer negociatas com o património público.
Ora existe na sociedade o sentimento de que há gente a viver com tal desafogo que o mesmo não pode ser resultado de trabalho honesto.
O projecto-lei tinha a finalidade de obrigar essas pessoas a justificar a origem lícita desse património.
Não senhor, diz o Tribunal Constitucional, isso iria afectar a nossa liberdade e propriedade, invertia o ónus da prova e não ficava claro, dada a sua generalização, qual era a conduta concretamente proibida?
Cabe ao Ministério Público provar que esse enriquecimento é ilícito, caso não o consiga o acusado é absolvido.
Perceberam?, eu confesso que não.
A propósito de justiça, as recentes alterações ao regime de custas judiciais foram agravadas, tornando mais caro o acesso aos tribunais.
Ao fim e ao cabo se tens dinheiro, como no caso Portucale, tens "justiça".
Em 2005, dois meses antes das eleições, três ministros assinam um despacho que retira mais de 500 hectares ao património do Estado e vendidos sem concurso à Portucale, do Grupo Espírito Santo.
Resultado, esta empresa abate mais de 2.000 sobreiros para instalar aí um empreendimento turístico. Nessa data já se sabia que a Ponte Vasco da Gama ficaria a 20 Kms.
Uma auditoria da Inspecção-Geral das Finanças afirma haver actos lesivos do interesse público.
A Polícia Judiciária investiga pois há 115 depósitos em dinheiro, num valor superior a 1 milhão de euros, numa conta do CDS o que dá origem ao caso dos submarinos.
12 de Abril de 2012, após 7 anos termina o caso em tribunal, nenhum dos ministros foi acusado, foi tudo arquivado e absolvido, afinal não se passou nada.
Centenas de páginas com doutas explicações processuais explicam o que não podemos compreender.
Dia 4 de Abril de 2012 o Tribunal Constitucional chumba o projecto de lei sobre o enriquecimento ilícito. Na opinião deste tribunal já existem meios suficientes para combater este tipo de crime, como as medidas anti-corrupção, peculato, participação económica em negócio de tráfico de influência etc.
Todos nós vemos o resultado, é só olhar à nossa volta para perceber que anda tudo com medo dessas leis, e ninguém se atreve a enriquecer com aldrabices nem a fazer negociatas com o património público.
Ora existe na sociedade o sentimento de que há gente a viver com tal desafogo que o mesmo não pode ser resultado de trabalho honesto.
O projecto-lei tinha a finalidade de obrigar essas pessoas a justificar a origem lícita desse património.
Não senhor, diz o Tribunal Constitucional, isso iria afectar a nossa liberdade e propriedade, invertia o ónus da prova e não ficava claro, dada a sua generalização, qual era a conduta concretamente proibida?
Cabe ao Ministério Público provar que esse enriquecimento é ilícito, caso não o consiga o acusado é absolvido.
Perceberam?, eu confesso que não.
A propósito de justiça, as recentes alterações ao regime de custas judiciais foram agravadas, tornando mais caro o acesso aos tribunais.
Ao fim e ao cabo se tens dinheiro, como no caso Portucale, tens "justiça".
segunda-feira, 16 de abril de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
TRISTES RECORDES!
Vítor Malheiros é um jornalista que tem uma forma muito própria de nos colocar perante a realidade. Este artigo, saído hoje, dia 10 de Abril, é de leitura obrigatória e aponta o dedo ao nosso conformismo (ou cobardia).
CLIQUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR O TEXTO.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
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