É uma lista fraca, ainda bem, e por agora não faço comentários sobre o perfil de tais figuras. O momento oportuno virá.
Coloco aqui a informação do Postal e um texto meu escrito há semanas e publicado no facebook do Tempo de Avançar. Acertei em cheio, mas não sou bruxo, conheço é a mentalidade de certa direita e o desprezo que o Algarve lhes merece.
Ao correr da pena!
Daqui a pouco iremos assistir às propostas eleitorais para o Algarve dos
partidos ditos do "arco da governação".
Regressarão velhas e requentadas
promessas nunca cumpridas e que também não terão intenção desta vez de as
implementar.
Irão pedir o voto neles, partidos
responsáveis, e alertar os eleitores para o perigo de votar nos irresponsáveis
do Livre/Tempo de Avançar ou nas esquerdas, sempre perigosas, sabe-se lá o que
pode acontecer se eles ganharem, até dar de caras com o Belzebu a passear em
Vilamoura.
Não
nos esqueçamos que várias vezes o "arco da governação" colocou, como
cabeças de lista pelo Algarve, uns sobas que vieram recolher os votos dos
vassalos e depois perderam a bússola e nunca mais encontraram o caminho do Sul.
Outros,
nados por cá, uma vez eleitos e instalados em Lisboa, acharam que não valia a
pena regressarem para ouvir as lamúrias dos moiros.
O
Algarve tem sofrido de falta de "punch" político, não pesa dentro das
cúpulas partidárias do tal "arco" e dos governos, daí andar
constantemente KO e ficar deitado no tapete. Suspeito que 2015 vai ser mais do
mesmo.
Falso rico, segundo estatísticas e
critérios duvidosos da UE, recebemos menos guita dos fundos estruturais, e as
empresas que actuam na região enviam os lucros para Lisboa ou o Oeiras, mais
pobrezinhas, coitadinhas, merecem a nossa solidariedade. Abusamos da nossa
generosidade e não ficamos com uns míseros 5% ou 10% para nós. E os nossos
deputados negam-se a propor qualquer medida ou lei que obrigue aos lucros
gerados na zona cá fique ao menos uma parte. Somos assim, mãos rotas.
As nossas câmaras estão endividadas e
algumas mesmo falidas, mas tudo bem, aumentam-se taxas municipais, e até dão ao
rabo para receberem mais responsabilidades na saúde e educação, aumenta o poder
do cacique.
Há mais casa do que pessoas, sobre
falésias, áreas ambientais e agrícolas, mas o IMI é necessário para fazer
rotundas e lançar foguetes. A promessa, sim, a promessa de os orçamentos
camarários começarem a ser participados, o amor à democracia é grande.
A 125 iria ser requalificada, uma
maravilha, com 70 rotundas ou mais, coisa para almarear qualquer um. A linha
férrea seria toda electrificada entre Vila Real de Stº António e Lagos, com
ramal para o Aeroporto, um autêntico metro a céu aberto.
O Hospital Central, ah!, iria começar
agora, agora não mas mais logo, o dinheiro já existia, umas centenas de
milhões, afinal já não existe, a crise comeu a massa. Será uma casa nova com
métodos velhos e o SNS a degradar-se, tanto jeito davam esses milhões. Mas há
futuro, o nicho da saúde para reformados estrageiros promete bons negócios aos
privados.
E a agricultura, iria ser jovem, cheia
de oportunidades, acabaria a vergonha de ser o Algarve a região com maior
índice de terras desocupadas. E os portos, seriam melhorados, permitindo a
cabotagem, os cruzeiros, não aqueles de pedras à beira das estradas, coisas de
mau agoiro, mas com grandes barcos repletos de camones com bolsa cheia. Depois,
não foi por mal, lá levaram para Sines a Administração dos Portos do Algarve.
E o desemprego aumenta e a emigração
jovem é uma enxurrada.
E a cultura seria com C grande, teríamos
um evento, como agora se diz, de nível internacional, uma âncora para acabar
com o turismo terceiro mundista de sol e praia.
Os museus em rede, o património
histórico reabilitado e valorizado. O problema é termos as famílias algarvias a serem as que gastam menos em cultura no
país.
E o desporto iria no mesmo sentido,
desenvolvimento da náutica, automobilismo etc.E a serra a desertificar-se,
concelhos a perderem população, mas o governo está atento, serão tomadas
medidas atempadas.
E os campos de golfe iriam passar a ser
regados com águas recicladas pelas "etares". E o mar, sim o mar, bom,
para já serve para tomar banho.
E a regionalização, que chatice, foram
colocar isso na Constituição, mas vamos ver se arranjamos umas parlapatices
para fingir que é regionalização mas não é.
Tanta coisa que não recordo e outras que
propositadamente esqueço. Mas a Via do Infante e as portagens, e o silêncio dos
presidentes camarários que vêm a malfeitoria mas calam. Nem sequer uma medida
que poderia ser reduzirem em 50% as portagens e teriam mais tráfego e receitas,
mas o eu quero, posso e mando não está para aí virado. Decidi, agora amocha!
Ah!, apetece partir de corcel, espada ao
alto (é mais cinéfilo e o cavalo não paga portagem), gritando : Algarve ou
Morte!, Já!
Martins Coelho
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