Charingado é um termo algarvio polivalente que significa lixado,chateado,zangado,e que é usado correntemente com expressões e intenções diversas.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Desejo a todos as amigas e amigos que têm visitado este blogue que o ano de 2013 vos traga saúde, alegria que bem precisamos, prosperidade apesar da austeridade, e que tenhamos todos uma grande alegria em 2013 com o fim deste governo sem escrúpulos, ética e completamente insensível aos danos que deliberadamente provoca.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
O PRESÉPIO E A ÁRVORE DE NATAL E O PAI NATAL
Dentro da quadra que atravessamos vou colocar no blogue duas pesquisas feitas há anos sobre estes temas, então publicadas no JA e que deixo aqui como curiosidade.
O PRESÉPIO
E A ÁRVORE DE NATAL
Tal como em relação ao Pai Natal a Árvore de Natal tem origens
remotas, anteriores ao cristianismo.
O solstício de inverno com os seus dias curtos e noites longas causava
uma enorme impressão nas sociedades primitivas. Os egípcios colocavam galhos de
palmeira nas suas casas, símbolo da vida triunfando sobre a morte. Os romanos
enfeitavam as casas com pinheiros, símbolo da vida, em homenagem a Saturno, o
deus da agricultura. Outros penduravam maçãs no pinheiro etc.
A adaptação destes costumes a árvore de natal, a tradição moderna do
pinheiro de natal, parece ter surgido no séc. XVI em Estrasburgo. O pinheiro
era decorado com doces, fruta e papéis coloridos. Rapidamente este exemplo se
espalhou pela Europa e América.
O pinheiro e a sua forma triangular acomodou-se bem com a simbologia
cristã da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
A popularidade da árvore de natal é cada vez maior e suplanta hoje o
presépio na maioria dos lares.
O presépio é a forma mais antiga dos cristãos comemorarem o nascimento
de Jesus. Segundo a tradição teria nascido numa gruta em Belém, numa
manjedoura. O nome de presépio significa isso mesmo: curral, estábulo, local
onde se recolhe o gado.
Desde o séc. III que se conhece a celebração do nascimento de Jesus,
trazida pelos peregrinos que visitavam a gruta do nascimento.
O presépio actual parece ter origem em 1233, quando São Francisco de
Assis mudou o local habitual da celebração, a Igreja, para uma gruta na
floresta de Greccio, na qual colocou uma manjedoura com feno, um boi e um
burro. A intenção foi a de exemplificar aos crentes a forma como nascera Jesus.
Foi uma representação teatral da natividade.
Pouco a pouco foi passando das Catedrais, dos Mosteiros e das Igrejas
para os palácios, as casas particulares e os locais públicos.
Consta que o primeiro presépio montado foi no séc. IV por Santa
Helena, mãe do Imperador Constantino. Conhecem-se pinturas, frescos e até
mosaicos com a representação da Natividade a partir do séc. IV.
Parece que o primeiro presépio numa casa particular surgiu em 1567, na
casa da Duquesa de Amafalfi. Rapidamente este costume se espalhou por toda a
Itália, e no séc. XVIII já ganhara toda a Ibéria.
Por essa altura eram muito apreciados os presépios napolitanos,
ricamente trajados, incluíam cenas do quotidiano e as diversas figuras
proporcionavam arranjos originais, ao gosto de cada um ou de acordo com os
costumes e tradições das regiões onde eram montados.
O presépio em Portugal é uma tradição popular, antiga e enraizada nos
nossos costumes. É junto ao presépio que se colocam as prendas e é desmontado a
seguir aos Reis. Para além do Menino, de Sº José e da Virgem Maria, do Anjo, do
boi, do burro e dos Reis Magos, o presépio foi aportuguesado com as mais
diversas figuras: pastores, lavadeiras, os animais domésticos, bonecos com os
trajos folclóricos, bandas de música, soldados, o prior, os Santos Padroeiros
locais etc. O musgo, as searas, as frutas e flores servem de para ornamentar,
desligadas já do seu significado original, o agradecimento pelas colheitas do
ano e a esperança de boas colheitas para o próximo.
Na Madeira e no Nordeste brasileiro o presépio chama-se lapa ou
lapinha. A lapa é uma espécie de gruta ou caverna. Na Madeira o tempo do
Natal é dividido em “oitavas”; no Nordeste em “jornadas” e à sétima
representa-se o Auto da Lapinha.
Na Madeira também existe a “rochinha”, um presépio feito de papel
pintado, em escadinha, e no cimo ou rochinha, é colocado o Menino, de
pé, com um vestidinho branco. Esta tradição parece ter origem em costumes
pagãos herdados dos gregos e romanos, que prestavam culto aos seus deuses
domésticos – Penates e Lares-, montados em altares feitos em escadinhas.
Ainda na Madeira é hábito armar o presépio sobre uma cómoda ou mesa
com uma talha branca, de bordado madeira.
Desde o séc. XVI existem referências a presépios públicos no país. No
séc. XVII, no reinado de D. João V, surgem grandes criadores de presépios que
fizeram escola: Machado de Castro, Barros Laborão, Manuel Teixeira e António
Ferreira.
Um dos presépios da autoria de Machado de Castro, inicialmente
destinado ao Convento das Carmelitas, construído em 1782, com cerca de 500
figuras, ainda hoje pode ser visto na Basílica da Estrela, em Lisboa. Merece
uma visita.
Para quem se interesse pelas origens religiosas e a simbiose que se
foi concretizando entre o sagrado e o profano recomendamos, passe a
publicidade, o livro do Prof. Moisés Espírito Santo (um nome bem apropriado),
“Origens Orientais da Religião Popular Portuguesa”. Terão muitas surpresas.
Consta que o Pai Natal vive na Lapónia, rodeado de neve, usa um trenó
puxado por renas e tem como profissão distribuir brinquedos às crianças na
noite de 24 de Dezembro.
Isto é conhecido, mas como apareceu esta simpática figura?
Desde os tempos mais remotos, à aproximação do solstício de inverno,
celebravam-se festas com rituais muito particulares. Entre elas, no centro da
Europa, era comum usar uma máscara de um velho, que representava a sabedoria.
Na Inglaterra, até ao séc. XVII, permaneceu este costume, uma máscara de velho
chamado Natal, com uma longa barba, conduzia um cortejo.
Em França há notícias deste Natal em textos do séc. XIII até ao séc.
XVII.
Nos países nórdicos conta uma lenda que o Rei Hellequin, símbolo das
festas que se realizavam em Dezembro,
quando a luz desaparecia durante o inverno frio e rude que se instalava por
vários meses, alimentando as superstições, fazia uma grande barulheira para
afugentar os maus espíritos. Essas festas chamavam-se “charivari”.
No país dos Vikings, por essa altura do ano, alguém se disfarçava com
uma grande capa e fazia uma ronda por todas as casas para saber se tudo ia bem
e distribuía guloseimas às crianças, em representação do Rei Odin.
Em 270 DC vivia no deserto um eremita de nome Nicolau, tendo por
regras a obediência e a renúncia à sua própria vontade. O Imperador Constantino
nomeou São Nicolau bispo para combater as crenças e heresias pagãs, expandindo
a ideia que nos salvamos da morte graças à nossa alma. Contam-se inúmeros
milagres e histórias deste santo que veio a ser o patrono dos marinheiros, dos
pescadores e do Império Russo. Morre em Dezembro de 326. O culto deste santo
espalhou-se por todo o Império Bizantino e foi progressivamente substituindo as
festas do solstício. Os cruzados trouxeram o conhecimento desta figura para a
Europa.
Na Idade Média o cristianismo expandia-se rapidamente e a Igreja
passou a condenar as mascaradas pagãs. Muitas populações, designadamente na
Europa Central, continuaram fiéis às suas tradições e a Igreja, para não perder
o pé, integrou estas manifestações no seu próprio calendário dando-lhes nomes
cristãos como o São Martinho em Novembro ou Santa Lúcia e São Nicolau para os
cortejos de Dezembro.
Ainda hoje em vários países europeus o dia de São Nicolau (6 de
Dezembro), é o mais festejado, as festas dedicadas às crianças são feitas no
seu dia. A coabitação entre os dois nem sempre foi pacífica, por exemplo um
Arcebispo de Toulouse lançou um anátema ao Pai Natal; um alcaide de S.
Sebastião expulsou-o do território, e até o Secretário-Geral da ONU, Dag
Hammarskjöld, o criticou. Foi queimado com a acusação de paganizar a quadra
etc.
No
sul da Alemanha uma lenda conta que o velho Weihnachtsmann passa todo o
ano numa gruta da montanha. Todas as noites um simpático anãozinho monta a
guarda à entrada da gruta e ao fim de 360 vigílias o último anão grita “ o
Natal está a chegar!”. Então o velho desperta da sua hibernação e começa
a preparar os presentes para as crianças que se portaram bem.
Os anões representam os espíritos dos antepassados que vivem debaixo
da terra, estão nesta mitologia para além do império da morte. Quem percorre
estas regiões encontra os anões na maioria dos espaços ajardinados em frente
das casas, ou à janela, guardam as casas e dão sorte e felicidade.
Os europeus levaram Weihnachtsmann, o Bonhomme Noël, o Father
Christmas, o Sint-Niklaas etc., para o continente americano. Em 1822, Clément
Clark Moore, professor de teologia, escreve uma poesia na qual elogia as duas
figuras (Pai Natal e São Nicolau), e refere que não vivem numa floresta da
Europa central mas sim junto ao Pólo Norte, na companhia da sua corte de
anõezinhos e viajavam num trenó puxado por renas.
A imagem do actual Pai Natal surge em 1862 pela mão do ilustrador
alemão Thomas Nast, inspirado no poema de Clark Moore, tendo como referência o
Knecht Ruprecht da sua infância bávara. Foi a Coca-Cola que em 1931 popularizou
o Pai Natal na sua publicidade. Após a II Guerra Mundial a personagem mítica
das velhas tradições europeias com a sua túnica vermelha, o barrete e a barba,
conquistou pacificamente o Mundo. Ainda não se falava em globalização.
Na Rússia existe uma lenda na qual o Pai Natal seria o 4º Rei Mago.
Perdida a esperança de encontrar o menino Jesus, anda pela estepe com o seu
trenó distribuindo os presentes a todas as crianças que encontra no seu
caminho.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
PARA SE COMPREENDER O ORÇAMENTO 2013
http://www.youtube.com/watch?v=J1Fu-T0duHY
Cavaco Silva deixou passar a data legal e não pediu a fiscalização preventiva do OE. Quem se admira? Tinha dúvidas, consultou constitucionalistas e todos lhe disseram que havia matéria mais do que suficiente para justificar o envio do OE ao Tribunal Constitucional. Ficou surdo. Perguntaram agora se vai enviar o OE para averiguação sucessiva de inconstitucionalidades. Nada disse ainda, está mudo. Ora o PR jurou "cumprir e fazer cumprir a Constituição", mas não o fez e, como tal, ele que deveria ser o seu garante está a trair o seu dever para com os portugueses e passa a ser parte do problema e não da solução. O governo há muito que ignora propositadamente os portugueses no seu afã de aproveitar o tempo para destruir o Estado Social e privatizar tudo o que ainda resta. Este é o seu programa e Cavaco seu cúmplice.
Ao clicarem no link acima ouvirão um esclarecimento sobre a promiscuidade entre deputados e o poder económico. Quem colocou lá estes deputados?, os chamados partidos do "arco do poder", PS/PSD/CDS. Desconheciam o seu historial político e ligações claras a interesses financeiros e económicos contrários aos interesses dos que lhes deram o voto desconhecendo tais curriculums!? Claro que não, foi precisamente por isso que foram escolhidos tais pessoas. Estes partidos estão minados por dentro, foram tomados de assalto pelas clientelas para por sua vez tomarem o Estado para o colocar ao seu serviço. É por isso que temos os ministros e o PR que temos.E, como alguém já disse, o problema não é eles estarem lá, o problema é os que assistem a isto e nada fazem.
Cavaco Silva deixou passar a data legal e não pediu a fiscalização preventiva do OE. Quem se admira? Tinha dúvidas, consultou constitucionalistas e todos lhe disseram que havia matéria mais do que suficiente para justificar o envio do OE ao Tribunal Constitucional. Ficou surdo. Perguntaram agora se vai enviar o OE para averiguação sucessiva de inconstitucionalidades. Nada disse ainda, está mudo. Ora o PR jurou "cumprir e fazer cumprir a Constituição", mas não o fez e, como tal, ele que deveria ser o seu garante está a trair o seu dever para com os portugueses e passa a ser parte do problema e não da solução. O governo há muito que ignora propositadamente os portugueses no seu afã de aproveitar o tempo para destruir o Estado Social e privatizar tudo o que ainda resta. Este é o seu programa e Cavaco seu cúmplice.
Ao clicarem no link acima ouvirão um esclarecimento sobre a promiscuidade entre deputados e o poder económico. Quem colocou lá estes deputados?, os chamados partidos do "arco do poder", PS/PSD/CDS. Desconheciam o seu historial político e ligações claras a interesses financeiros e económicos contrários aos interesses dos que lhes deram o voto desconhecendo tais curriculums!? Claro que não, foi precisamente por isso que foram escolhidos tais pessoas. Estes partidos estão minados por dentro, foram tomados de assalto pelas clientelas para por sua vez tomarem o Estado para o colocar ao seu serviço. É por isso que temos os ministros e o PR que temos.E, como alguém já disse, o problema não é eles estarem lá, o problema é os que assistem a isto e nada fazem.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
"Governo põe Portugal à venda" é o título que o jornal El País dá a uma peça acerca do ano que passou em Portugal. O diário espanhol relembra a venda da TAP, da ANA ou dos estaleiros de Viana.
"Em poucos dias, o Governo português vai-se desfazer da companhia aérea nacional, a TAP; dos aeroportos portugueses; decidirá a sorte da sua televisão pública e venderá os estaleiros de Viana do Castelo", começa o El País. "Enquanto os cidadãos, sobrecarregados por cortes de serviços públicos e subidas de impostos equivalentes a um mês de salário, assistem estupefactos e deprimidos a esta cerimónia de despojamento que começou há um ano.
Hoje abrir e ler um jornal é levar um murro no estômago. As notícias na rádio ou TV passam a correr e saltitam rapidamente entre assuntos sérios, o futebol e a publicidade deixando por vezes tudo anestesiado. O ler permite pensar, voltar atrás caso necessário, interromper e regressar, reler e repensar. Esta manhã, infelizmente, mais notícias de como este governo está a destruir Portugal de tal forma que, muitos anos depois de ser corrido ainda andaremos a colar os cacos que deixará. Uma série de artigos de opinião comentavam com angústia a forma como o ensino e a cultura são desprezados, como o Estado Social de forma brutal e insensível está a massacrar os portugueses, ou de como se estão já a sentir os efeitos negativos no sector energético com a liberalização do mesmo.
A ONU, informa o jornal, alerta que a política de austeridade vai agravar a crise, mas o Gaspar é que sabe, pois o que pretendem é isso mesmo, agravar a vida dos portugueses para melhor serem explorados. O comércio queixa-se, o número de compras diminui. A fome alastra e as cantinas vão abrir nas férias de Natal para muitas crianças poderem terem ao menos uma refeição diária ( que consequências na saúde pública isto não terá no futuro?). Noticía-se mais um PIN, desta vez na foz do Rio Mira, o último "não intervencionado da Europa". Que interessa que a área faça parte da rede natura, que seja um local onde não é permitido edificações e zona de protecção especial para as aves? O que conta são os lucros que privados irão tirar da natureza.Ficamos também a saber que a crise faz aumentar a violência sobre os idosos e que ex-gerente do BPN burlou clientes. Que emigrantes que tinham regressado ao país já há anos voltam a sair pois a austeridade rebentou com os investimentos feitos e as suas poupanças. E, para terminar esta lista (há muito mais desgraças no jornal), fica-se a saber que a Newshold, a tal empresa situada no off shore do Panamá e que quer comprar a RTP, é de capitais angolanos mas não se sabe de quem (lá terão as suas razões para esconderem o nome, mas só isso já representa uma condenação pois quem não deve não teme com diz a sabedoria popular). Mais, espanto, os testas de ferro deste negócio suspeito, "gerem" cerca de 12.000 empresas. E é a este bando que o governo quer vender um bem nacional tão importante como a RTP?
Socorro!
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
16 DE DEZEMBRO DE 2012, DOMINGO
Conselho Nacional da Associação Política Renovação Comunista
Prosseguir a luta pela demissão do Governo, defender o Estado Social!
1 – Os últimos 4 meses foram marcados por um amplo movimento popular, com o seu ponto mais alto alcançado na luta contra a TSU, e por movimentos na esfera política em busca da convergência, como foi a realização do Congresso Democrático das Alternativas, mas igualmente pelas dificuldades no diálogo à esquerda que a Convenção do Bloco de Esquerda e o Congresso do PCP em boa medida não superaram. Foi este período igualmente marcado pela tibieza do Partido Socialista que prefere esperar o apodrecimento da situação sem cuidar do sofrimento social que isso representa e sonhar com a subida nas sondagens para alcançar a maioria absoluta. O ano de 2013 será centrado na iniciativa governamental de “refundar” o Estado Social. A nova fase política, pelas ameaças que contém, torna ainda mais premente a convergência para alcançar o derrube do governo e devolver a palavra ao povo, a única esperança para o país iniciar efectivamente a superação das suas dificuldades actuais.
2 - Na ampla frente de rejeição contra a TSU convergiram massivamente os sectores populares e as camadas intermédias num inédito processo que mostrou, bem, como pode o povo gerar força suficiente para operar mudanças críticas na política nacional. E mostrou como pode a base social ultrapassar inclusive a relativa passividade dos partidos aquém da capacidade de condução e convergência correspondentes nesse processo. O recuo na TSU gerou todavia uma situação complexa que desembocou na sua sobrevivência in-extremis do governo, por entre contradições entretanto surgidas na maioria, mas que realmente não chegaram a ameaçar a sua sustentação.
Não foi porém a mera recomposição no seio da maioria que levou à salvação do governo. Foi o facto da convergência social não ter prosseguido até à demissão do governo e à convocação de novas eleições. Até porque o governo contou com o apoio maioritário na Assembleia da República, com a omissão e objectiva cumplicidade do Presidente da República e com apoios externos, designadamente do governo alemão. Na momentânea pausa nesse processo alargado, certamente pesou o facto do PS não ter pela sua parte reclamado eleições. Pesou, igualmente, a incerteza e falta de compreensão de quais seriam as saídas plausíveis em resultado de eleições, bem como a falta de clareza dos partidos à esquerda, todos eles, sobre a definição da linha negocial para lidar com a crise financeira e com os credores representados na troika. Estas indefinições levaram ao provisório estreitamento dos actores sociais nas semanas seguintes, mantendo-se todavia o movimento popular com grande dinâmica, mas onde sectores intermédios da sociedade parecem ter recuado para uma atitude mais expectante.
A aprendizagem política nessas semanas mostra que o governo não colapsa em resultado apenas de contradições internas ao seu perímetro de apoio. A lição política crucial deste período é a que o governo só será derrubado pela acção massiva e convergente de uma grande frente social, possível apenas de reunir por um programa mínimo e na perspectiva de uma saída minimamente consistente para o dia a seguir às eleições, onde os portugueses compreendam minimamente como vai o futuro governo lidar com a crise, credores e instâncias internacionais.
3 – Depois de fazer aprovar o seu orçamento, se bem que com o voto contra do PS que se demarcou de forma mais clara, pela primeira vez, da política financeira da direita, o governo anuncia uma nova ofensiva agora centrada nos cortes nos grandes sistemas sociais ameaçando de grave desfiguração o projecto de sociedade inscrito na Constituição.
A inquietação volta a pontuar em todos os sectores da vida nacional pela noção aguda de que está em jogo o regresso do país a uma época de miséria e exclusão que julgávamos superada com o 25 de Abril.
Com a nova cartada engana-se o governo ao pensar que as divisões e hesitações que hoje afectam a esquerda possam sinalizar menor capacidade de luta e mobilização. Pelo contrário, ao jogar a sua carta, o governo vai certamente desencadear mais acção e mais concertada mobilização popular de onde poderão surgir afinal as condições para operar uma mudança no país. Tanto mais que a nova linha de ataque não está sufragada eleitoralmente e só perante uma nova consulta poderia ter a legitimidade necessária para tão radical ensejo.
Para a Renovação Comunista é esta a trincheira onde todos os trabalhadores, todos os portugueses com apego à democracia e ao progresso social deverão unir-se, independentemente do campo político onde se situem e convergir para impor a derrota aos agentes da desfiguração da democracia portuguesa. Sem perder de vista aspectos tão importantes como a mudança de governo e a convergência das forças de esquerda, a verdade é que a urgência política e social reclamam, já, acções mobilizadoras para impedir a concretização dos propósitos de destruição do Estado Social.
4 – Para a Renovação Comunista a realização do Congresso Democrático das Alternativas, fórum onde se juntaram personalidades de formação política diversificada e se fizeram representar o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda foi um passo em linha com a necessidade de procurar maior força política e convergência. É contudo negativa a ausência do PCP que, para além de evocar quesitos de natureza processual, foi afirmando igualmente o seu desacordo com o tipo de diálogo político desencadeado nesse fórum. A vida deste fórum não tem sido fácil, pela óbvia dificuldade da tarefa de iniciar debates onde antes quase não existiam e pela prioridade às questões da Troika e do memorando em detrimento da geração de uma ampla convergência em torno da luta contra este governo. As dificuldades de convívio interno no Congresso Democrático das Alternativas, a sua relação tendencialmente competitiva com os partidos políticos tradicionais mostra ainda assim que poderá ser espaço de enquadramento de muita gente não identificada com os alinhamentos convencionais e permitir a reunião de mais força democrática para enfrentar os desafios que se avizinham. A prioridade máxima à luta contra este governo é para a Renovação Comunista a questão crítica, primeira, para que o país encontre meios novos para enfrentar a crise financeira e as instâncias internacionais. Continuamos, pela nossa parte, empenhados no sucesso das iniciativas que estão sendo agendadas e concedemos às suas estruturas e rede de apoios um valor político maior no combate aos propósitos governativos de “refundar” o Estado Social.
5 – As reuniões magnas recentemente ocorridas no Bloco de Esquerda e no PCP, parecem ter-se saldado pela manutenção de posições cristalizadas, fechadas à busca de de soluções convergentes, quer entre estas duas formações, quer destas com o Partido Socialista. Embora se note a inflexão positiva a favor de um “governo de esquerda” quando antes imperava o negativismo quanto a responsabilidades governativas. Contudo, para o BE e PCP, um governo de esquerda parece pressupor o “rasgar” ou o abjurar primeiro do memorando por parte do PS.
No caso do PCP, ouviou-se a defesa de um “governo de esquerda” porém sem o PS e sem se perceber com quem mais. Mesmo as algo atabalhoadas declarações posteriores convocando à convergência não parecem suficientes para desmentir a ideia de que o governo de esquerda desejado pelo PCP é um inverosímil governo só com o PCP e alguns aliados, sem abrir ao diálogo com o PS ou o BE o que é sentido como impossibilidade e imobilismo que alimenta objectivamente a subsistência do governo da direita.
Para a Renovação Comunista, constitui obviamente um desígnio alcançar a autonomia do país face aos credores internacionais. Porém, esse objectivo exige em primeiro lugar a imediata substituição de governo para que, no mínimo, seja possível alcançar um novo tipo de negociadores que não só representem os interesses nacionais como reflitam melhor a correlação de forças na sociedade e oiçam com mais atenção o redobrado movimento popular que seria gerado em face da derrota do governo do PSD e do CDS. Ao insistir-se no “rasgar” prévio do memorando, está-se de facto a levantar dúvidas entre todos os trabalhadores que temem justamente um descalabro ainda maior na economia no caso de uma suspensão do financiamento e dos pagamentos por via de uma ruptura negocial. A insistência na consigna do rasgar o memorando como condição prévia acaba por facilitar a acção dos sectores do PS que combatem quer os entendimentos à esquerda, quer a ideia de uma urgente substituição do governo por via de novas eleições. Pretender rasgar o memorando sem cuidar das condições políticas e económicas posteriores é no fundo rasgar ao invés a necessária grande frente de rejeição a este governo para que uma mudança, de facto, ocorra. Em vez de rasgar a linha de compromissos do PS com a direita, estão na realidade a rasgar as possibilidades de ganhar o PS, e sobretudo os seus apoiantes e eleitores, para uma ampla convergência que conduza à alternativa.
No essencial portanto, subsistem grandes dificuldades no entendimento sobre a situação e frutificam perigosamente visões paroquias e de grupo nas forças de esquerda. Adicionadas ao oportunismo eleitoralista de um PS na sua quimera eleitoralista de aguardar por sondagens que o coloquem no limiar da maioria absoluta está não só a arriscar que o governo ganhe tempo para ir aplicando o seu plano destruidor com se confrontará depois provavelmente com falta de apoio parlamentar suficiente para enfrentar as exigentes tarefas negociais com os credores. O país precisa de uma saída no curto prazo e de uma saída que alcance apoio maioritário por via da convergência de todas as forças de esquerda que todas as sondagens mostram dispor já de larguíssima maioria aritmética. Por outro lado, a convergência política em torno de uma nova maioria permitirá fazer emergir novos actores políticos que renovem a direcção do país e restabeleçam a confiança dos portugueses na acção governativa.
6 – A Renovação Comunista considera por isso como linha para os próximos tempos a luta pela demissão do governo e a devolução da palavra ao povo para que uma nova solução possa conduzir à superação da crise. Considera essencial o trabalho a favor da convergência e o debate no seio das forças de esquerda para que se consiga uma correspondência no plano político à mobilização convergente dos portugueses na rua. Neste sentido, são de valorizar todos os fora ou iniciativas apontadas à convergência como poderá ser o caso do Congresso Democrático das Alternativas. É igualmente prioritário contribuir para uma grande frente de luta e convergência em torno da defesa dos sistemas sociais de protecção e direitos ameaçados que estão pelas perigosas iniciativas refundadoras do governo da direita.
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Conselho Nacional da Associação Política Renovação Comunista
Prosseguir a luta pela demissão do Governo, defender o Estado Social!
1 – Os últimos 4 meses foram marcados por um amplo movimento popular, com o seu ponto mais alto alcançado na luta contra a TSU, e por movimentos na esfera política em busca da convergência, como foi a realização do Congresso Democrático das Alternativas, mas igualmente pelas dificuldades no diálogo à esquerda que a Convenção do Bloco de Esquerda e o Congresso do PCP em boa medida não superaram. Foi este período igualmente marcado pela tibieza do Partido Socialista que prefere esperar o apodrecimento da situação sem cuidar do sofrimento social que isso representa e sonhar com a subida nas sondagens para alcançar a maioria absoluta. O ano de 2013 será centrado na iniciativa governamental de “refundar” o Estado Social. A nova fase política, pelas ameaças que contém, torna ainda mais premente a convergência para alcançar o derrube do governo e devolver a palavra ao povo, a única esperança para o país iniciar efectivamente a superação das suas dificuldades actuais.
2 - Na ampla frente de rejeição contra a TSU convergiram massivamente os sectores populares e as camadas intermédias num inédito processo que mostrou, bem, como pode o povo gerar força suficiente para operar mudanças críticas na política nacional. E mostrou como pode a base social ultrapassar inclusive a relativa passividade dos partidos aquém da capacidade de condução e convergência correspondentes nesse processo. O recuo na TSU gerou todavia uma situação complexa que desembocou na sua sobrevivência in-extremis do governo, por entre contradições entretanto surgidas na maioria, mas que realmente não chegaram a ameaçar a sua sustentação.
Não foi porém a mera recomposição no seio da maioria que levou à salvação do governo. Foi o facto da convergência social não ter prosseguido até à demissão do governo e à convocação de novas eleições. Até porque o governo contou com o apoio maioritário na Assembleia da República, com a omissão e objectiva cumplicidade do Presidente da República e com apoios externos, designadamente do governo alemão. Na momentânea pausa nesse processo alargado, certamente pesou o facto do PS não ter pela sua parte reclamado eleições. Pesou, igualmente, a incerteza e falta de compreensão de quais seriam as saídas plausíveis em resultado de eleições, bem como a falta de clareza dos partidos à esquerda, todos eles, sobre a definição da linha negocial para lidar com a crise financeira e com os credores representados na troika. Estas indefinições levaram ao provisório estreitamento dos actores sociais nas semanas seguintes, mantendo-se todavia o movimento popular com grande dinâmica, mas onde sectores intermédios da sociedade parecem ter recuado para uma atitude mais expectante.
A aprendizagem política nessas semanas mostra que o governo não colapsa em resultado apenas de contradições internas ao seu perímetro de apoio. A lição política crucial deste período é a que o governo só será derrubado pela acção massiva e convergente de uma grande frente social, possível apenas de reunir por um programa mínimo e na perspectiva de uma saída minimamente consistente para o dia a seguir às eleições, onde os portugueses compreendam minimamente como vai o futuro governo lidar com a crise, credores e instâncias internacionais.
3 – Depois de fazer aprovar o seu orçamento, se bem que com o voto contra do PS que se demarcou de forma mais clara, pela primeira vez, da política financeira da direita, o governo anuncia uma nova ofensiva agora centrada nos cortes nos grandes sistemas sociais ameaçando de grave desfiguração o projecto de sociedade inscrito na Constituição.
A inquietação volta a pontuar em todos os sectores da vida nacional pela noção aguda de que está em jogo o regresso do país a uma época de miséria e exclusão que julgávamos superada com o 25 de Abril.
Com a nova cartada engana-se o governo ao pensar que as divisões e hesitações que hoje afectam a esquerda possam sinalizar menor capacidade de luta e mobilização. Pelo contrário, ao jogar a sua carta, o governo vai certamente desencadear mais acção e mais concertada mobilização popular de onde poderão surgir afinal as condições para operar uma mudança no país. Tanto mais que a nova linha de ataque não está sufragada eleitoralmente e só perante uma nova consulta poderia ter a legitimidade necessária para tão radical ensejo.
Para a Renovação Comunista é esta a trincheira onde todos os trabalhadores, todos os portugueses com apego à democracia e ao progresso social deverão unir-se, independentemente do campo político onde se situem e convergir para impor a derrota aos agentes da desfiguração da democracia portuguesa. Sem perder de vista aspectos tão importantes como a mudança de governo e a convergência das forças de esquerda, a verdade é que a urgência política e social reclamam, já, acções mobilizadoras para impedir a concretização dos propósitos de destruição do Estado Social.
4 – Para a Renovação Comunista a realização do Congresso Democrático das Alternativas, fórum onde se juntaram personalidades de formação política diversificada e se fizeram representar o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda foi um passo em linha com a necessidade de procurar maior força política e convergência. É contudo negativa a ausência do PCP que, para além de evocar quesitos de natureza processual, foi afirmando igualmente o seu desacordo com o tipo de diálogo político desencadeado nesse fórum. A vida deste fórum não tem sido fácil, pela óbvia dificuldade da tarefa de iniciar debates onde antes quase não existiam e pela prioridade às questões da Troika e do memorando em detrimento da geração de uma ampla convergência em torno da luta contra este governo. As dificuldades de convívio interno no Congresso Democrático das Alternativas, a sua relação tendencialmente competitiva com os partidos políticos tradicionais mostra ainda assim que poderá ser espaço de enquadramento de muita gente não identificada com os alinhamentos convencionais e permitir a reunião de mais força democrática para enfrentar os desafios que se avizinham. A prioridade máxima à luta contra este governo é para a Renovação Comunista a questão crítica, primeira, para que o país encontre meios novos para enfrentar a crise financeira e as instâncias internacionais. Continuamos, pela nossa parte, empenhados no sucesso das iniciativas que estão sendo agendadas e concedemos às suas estruturas e rede de apoios um valor político maior no combate aos propósitos governativos de “refundar” o Estado Social.
5 – As reuniões magnas recentemente ocorridas no Bloco de Esquerda e no PCP, parecem ter-se saldado pela manutenção de posições cristalizadas, fechadas à busca de de soluções convergentes, quer entre estas duas formações, quer destas com o Partido Socialista. Embora se note a inflexão positiva a favor de um “governo de esquerda” quando antes imperava o negativismo quanto a responsabilidades governativas. Contudo, para o BE e PCP, um governo de esquerda parece pressupor o “rasgar” ou o abjurar primeiro do memorando por parte do PS.
No caso do PCP, ouviou-se a defesa de um “governo de esquerda” porém sem o PS e sem se perceber com quem mais. Mesmo as algo atabalhoadas declarações posteriores convocando à convergência não parecem suficientes para desmentir a ideia de que o governo de esquerda desejado pelo PCP é um inverosímil governo só com o PCP e alguns aliados, sem abrir ao diálogo com o PS ou o BE o que é sentido como impossibilidade e imobilismo que alimenta objectivamente a subsistência do governo da direita.
Para a Renovação Comunista, constitui obviamente um desígnio alcançar a autonomia do país face aos credores internacionais. Porém, esse objectivo exige em primeiro lugar a imediata substituição de governo para que, no mínimo, seja possível alcançar um novo tipo de negociadores que não só representem os interesses nacionais como reflitam melhor a correlação de forças na sociedade e oiçam com mais atenção o redobrado movimento popular que seria gerado em face da derrota do governo do PSD e do CDS. Ao insistir-se no “rasgar” prévio do memorando, está-se de facto a levantar dúvidas entre todos os trabalhadores que temem justamente um descalabro ainda maior na economia no caso de uma suspensão do financiamento e dos pagamentos por via de uma ruptura negocial. A insistência na consigna do rasgar o memorando como condição prévia acaba por facilitar a acção dos sectores do PS que combatem quer os entendimentos à esquerda, quer a ideia de uma urgente substituição do governo por via de novas eleições. Pretender rasgar o memorando sem cuidar das condições políticas e económicas posteriores é no fundo rasgar ao invés a necessária grande frente de rejeição a este governo para que uma mudança, de facto, ocorra. Em vez de rasgar a linha de compromissos do PS com a direita, estão na realidade a rasgar as possibilidades de ganhar o PS, e sobretudo os seus apoiantes e eleitores, para uma ampla convergência que conduza à alternativa.
No essencial portanto, subsistem grandes dificuldades no entendimento sobre a situação e frutificam perigosamente visões paroquias e de grupo nas forças de esquerda. Adicionadas ao oportunismo eleitoralista de um PS na sua quimera eleitoralista de aguardar por sondagens que o coloquem no limiar da maioria absoluta está não só a arriscar que o governo ganhe tempo para ir aplicando o seu plano destruidor com se confrontará depois provavelmente com falta de apoio parlamentar suficiente para enfrentar as exigentes tarefas negociais com os credores. O país precisa de uma saída no curto prazo e de uma saída que alcance apoio maioritário por via da convergência de todas as forças de esquerda que todas as sondagens mostram dispor já de larguíssima maioria aritmética. Por outro lado, a convergência política em torno de uma nova maioria permitirá fazer emergir novos actores políticos que renovem a direcção do país e restabeleçam a confiança dos portugueses na acção governativa.
6 – A Renovação Comunista considera por isso como linha para os próximos tempos a luta pela demissão do governo e a devolução da palavra ao povo para que uma nova solução possa conduzir à superação da crise. Considera essencial o trabalho a favor da convergência e o debate no seio das forças de esquerda para que se consiga uma correspondência no plano político à mobilização convergente dos portugueses na rua. Neste sentido, são de valorizar todos os fora ou iniciativas apontadas à convergência como poderá ser o caso do Congresso Democrático das Alternativas. É igualmente prioritário contribuir para uma grande frente de luta e convergência em torno da defesa dos sistemas sociais de protecção e direitos ameaçados que estão pelas perigosas iniciativas refundadoras do governo da direita.
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Um excelente artigo do RT com o qual concordo. Para que se viabilize tal objectivo a pressão democrática e pública sobre os partidos que podem dar origem a um governo democrático é fundamental.
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
LER E DIVULGAR TAXAR OS RICOS
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TAXAR OS RICOS
http://www.youtube.com/results?search_query=taxar+os+ricos&oq=taxar&gs_l=youtube.1.0.35i39j0.1263.1724.0.3300.5.5.0.0.0.0.130.390.3j2.5.0...0.0...1ac.1.KyVy0aWIRWM&safe=active
TAXAR OS RICOS
http://www.youtube.com/results?search_query=taxar+os+ricos&oq=taxar&gs_l=youtube.1.0.35i39j0.1263.1724.0.3300.5.5.0.0.0.0.130.390.3j2.5.0...0.0...1ac.1.KyVy0aWIRWM&safe=active
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
VIVA A CRISE!
Gabinete do Primeiro-Ministro Passos Coelho
Função - Nome -
Idade - Nomeação - Vencimento €
Chf, Gabinete - Francisco Ribeiro de Menezes - 46 anos - 06-08-2011
− 4.592,43
Assessor - Carlos Henrique Pinheiro Chaves - 60 anos - 21-06-2011
− 3.653,81
Assessor - Pedro Afonso A, Amaral e Almeida - 38 anos - 18-07-2011
− 3.653,81
Assessor - Paulo João L, Rêgo Vizeu Pinheiro - 48 anos - 11-07-
2011 − 3.653,81
Assessor - Rudolfo Manuel Trigoso Rebelo - 48 anos - 21-06-
2011 − 3.653,81
Assessor - Rui Carlos Baptista Ferreira - 47 anos - 21
-06-2011 − 3.653,81
Assessora - Eva Maria Dias de Brito Cabral - 54 anos - 12-10-
2011 − 3.653,81
Assessor - Miguel Ferreira Morgado - 37 anos - 21-
06-2011 − 3.653,81
Assessor - Carlos A Sá Carneiro Malheiro - 38 anos - 01-12
-2011 − 3.653,81
Assessora − Marta Maria N, Pereira de Sousa − 34 anos − 21-06-2011
− 3.653,81
Assessor − Bruno V de Castro Ramos Maçaes − 37 anos − 01-07-2011 −
3.653,81
Adjunta − Mafalda Gama Lopes Roque Martins − 35 anos − 01-07-2011 −
3.287,08
Adjunto − Carlos Alberto Raheb Lopes Pires − 38 anos − 21-06-
2011 − 3.287,08
Adjunto − João Carlos A Rego Montenegro − 34 anos − 21-06-
2011 − 3.287,08
Adjunta − Cristina Maria Cerqueira Pucarinho − 46 anos − 23-08-
2011 − 3.287,08
Adjunta − Paula Cristina Cordeiro Pereira − 41 anos − 22-
08-2011 − 3.287,08
Adjunto − Vasco Lourenço C P Goulart Ávila − 47 anos − 21-11-
2011 − 3.287,08
Adjunta − Carla Sofia Botelho Lucas − 28 anos −
25-01-2012 − 3.287,08
Técnica Especialista − Bernardo Maria S Matos Amaral − 38 anos − 07-09-2011 −
3.287,08
Técnica Especialista − Teresa Paula Vicente de Fig. Duarte − 44 anos − 21-07-2011 −
3.653,81
Técnica Especialista − Elsa Maria da Palma Francisco − 40 anos − 16-01-2012 −
3.653,81
Técnica Especialista − Maria Teresa Goulão de Matos Ferreira − 49 anos − 18-07-2012 −
3.653,81
Secretária pessoal − Maria Helena Conceição Santos Alves − 54 anos − 18-07-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Inês Rute Carvalho Araújo − 46 anos − 18-07
-2011 − 1.882,76
Secretária pessoal − Ana Clara S Oliveira − 38 anos −
13-07-2011 − 1.882,76
Secretária pessoal − Maria de Fátima M L Hipólito Samouqueiro − 47 anos − 21-06-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Maria Dulce Leal Gonçalves − 52 anos − 01-07-
2011 − 1.882,76
Secretária pessoal − Maria M, Brak-Lamy Paiva Raposo − 59 anos − 13-07-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Margarida Maria A A Silva Neves Ferro − 53 anos − 21-06-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Maria Conceição C N Leite Pinto − 51 anos − 21-06-2011
− 1.882,76
Secretária pessoal − Maria Fernanda T C Peleias de Carvalho − 45 anos − 01-08-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Maria Rosa E Ramalhete Silva Bailão − 58 anos − 01-09-2011 −
1.882,76
Coordenadora − Luísa Maria Ferreira Guerreiro − 48 anos − 01-
01-2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Alberto do Nascimento Cabral − 59 anos − 01-01-
2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Ana Paula Costa Oliveira da Silva − 42 anos − 01-01-
2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Elisa Maria Almeida Guedes − 47 anos − 01-01
-2012 − 1.500,00
téc, administrativo − Isaura Conceição A Lopes de Sousa − 59 anos − 01-01-2012
− 1.506,20
téc, administrativo − José Manuel Perú Éfe − 60 anos −
01-01-2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Liliana de Brito − 50
anos − 01-01-2012 − 1.500,00
téc, administrativo − Maria de Lourdes Gonçalves Ferreira Alves − 61 anos − 01-01-2012 −
1.506,20
téc, administrativo − Maria Fernanda Esteves Ferreira − 57 anos − 01-01
-2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Maria Fernanda da Piedade Vieira − 61 anos − 01-01-
2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Maria Umbelina Gregório Fernandes Barroso − 47 anos − 01-01-2012 −
1.500,00
téc, administrativo − Zulmira Jesus G Simão Santos Velosa − 47 anos − 01-01-2012
− 1.506,20
téc, administrativo − Artur Vieira Gomes − 53
anos − 01-01-2012 − 1.600,15
téc, administrativo − Benilde Rodrigues Loureiro da Silva − 58 anos − 01
-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Fernando Manuel da Silva − 68
anos − 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Francisco José Madaleno Coradinho − 45 anos − 01-01
-2012 − 1.472,82
Apoio Auxiliar − Joaquim Carlos da Silva Batista − 57 anos
− 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − José Augusto Morais − 51
anos − 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria Lurdes da Silva Barbosa Pinto − 58 anos −
01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria de Lurdes Camilo Silva − 65 anos
− 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria Júlia R Gonçalves Ribeiro − 58 anos −
01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria Natália Figueiredo − 64
anos − 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria Rosa de Jesus Gonçalves − 58 anos −
01-01-2012 − 975,52
Motorista − António Francisco Guerra − 52 anos
− 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − António Augusto Nunes Meireles − 61 anos − 01
-01-2012 − 2.028,28
Motorista − António José Pereira − 48
anos − 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Arnaldo de Oliveira Ferreira − 49 anos
− 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Jaime Manuel Valadas Matias − 52 anos −
01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Jorge Henrique S Teixeira Cunha − 52 anos −
01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Jorge Martins Morais − 46
anos − 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − José Hermínio Frutuoso − 53
anos − 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Nuno Miguel R Martins Cardoso − 37 anos − 01
-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Paulo Jorge Pinheiro da Cruz Barra − 40 anos −
01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Rui Miguel Pedro da Silva Machado − 42 anos − 01-
01-2012 − 1.848,53
Motorista − Vitor Manuel G Marques Ferreira − 42 anos − 01
-01-2012 − 1.848,53
Resumo:
01 Chefe de Gabinete
10 Assessores
07 Adjuntos
04 Técnicos Especialistas
10 Secretárias Pessoais
01 Coordenadora
13 Técnicos Administrativos
09 Apoio Auxiliar
12 Motoristas
Total − 67
Total/Mês − 149.486,76 €
Função - Nome -
Idade - Nomeação - Vencimento €
Chf, Gabinete - Francisco Ribeiro de Menezes - 46 anos - 06-08-2011
− 4.592,43
Assessor - Carlos Henrique Pinheiro Chaves - 60 anos - 21-06-2011
− 3.653,81
Assessor - Pedro Afonso A, Amaral e Almeida - 38 anos - 18-07-2011
− 3.653,81
Assessor - Paulo João L, Rêgo Vizeu Pinheiro - 48 anos - 11-07-
2011 − 3.653,81
Assessor - Rudolfo Manuel Trigoso Rebelo - 48 anos - 21-06-
2011 − 3.653,81
Assessor - Rui Carlos Baptista Ferreira - 47 anos - 21
-06-2011 − 3.653,81
Assessora - Eva Maria Dias de Brito Cabral - 54 anos - 12-10-
2011 − 3.653,81
Assessor - Miguel Ferreira Morgado - 37 anos - 21-
06-2011 − 3.653,81
Assessor - Carlos A Sá Carneiro Malheiro - 38 anos - 01-12
-2011 − 3.653,81
Assessora − Marta Maria N, Pereira de Sousa − 34 anos − 21-06-2011
− 3.653,81
Assessor − Bruno V de Castro Ramos Maçaes − 37 anos − 01-07-2011 −
3.653,81
Adjunta − Mafalda Gama Lopes Roque Martins − 35 anos − 01-07-2011 −
3.287,08
Adjunto − Carlos Alberto Raheb Lopes Pires − 38 anos − 21-06-
2011 − 3.287,08
Adjunto − João Carlos A Rego Montenegro − 34 anos − 21-06-
2011 − 3.287,08
Adjunta − Cristina Maria Cerqueira Pucarinho − 46 anos − 23-08-
2011 − 3.287,08
Adjunta − Paula Cristina Cordeiro Pereira − 41 anos − 22-
08-2011 − 3.287,08
Adjunto − Vasco Lourenço C P Goulart Ávila − 47 anos − 21-11-
2011 − 3.287,08
Adjunta − Carla Sofia Botelho Lucas − 28 anos −
25-01-2012 − 3.287,08
Técnica Especialista − Bernardo Maria S Matos Amaral − 38 anos − 07-09-2011 −
3.287,08
Técnica Especialista − Teresa Paula Vicente de Fig. Duarte − 44 anos − 21-07-2011 −
3.653,81
Técnica Especialista − Elsa Maria da Palma Francisco − 40 anos − 16-01-2012 −
3.653,81
Técnica Especialista − Maria Teresa Goulão de Matos Ferreira − 49 anos − 18-07-2012 −
3.653,81
Secretária pessoal − Maria Helena Conceição Santos Alves − 54 anos − 18-07-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Inês Rute Carvalho Araújo − 46 anos − 18-07
-2011 − 1.882,76
Secretária pessoal − Ana Clara S Oliveira − 38 anos −
13-07-2011 − 1.882,76
Secretária pessoal − Maria de Fátima M L Hipólito Samouqueiro − 47 anos − 21-06-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Maria Dulce Leal Gonçalves − 52 anos − 01-07-
2011 − 1.882,76
Secretária pessoal − Maria M, Brak-Lamy Paiva Raposo − 59 anos − 13-07-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Margarida Maria A A Silva Neves Ferro − 53 anos − 21-06-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Maria Conceição C N Leite Pinto − 51 anos − 21-06-2011
− 1.882,76
Secretária pessoal − Maria Fernanda T C Peleias de Carvalho − 45 anos − 01-08-2011 −
1.882,76
Secretária pessoal − Maria Rosa E Ramalhete Silva Bailão − 58 anos − 01-09-2011 −
1.882,76
Coordenadora − Luísa Maria Ferreira Guerreiro − 48 anos − 01-
01-2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Alberto do Nascimento Cabral − 59 anos − 01-01-
2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Ana Paula Costa Oliveira da Silva − 42 anos − 01-01-
2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Elisa Maria Almeida Guedes − 47 anos − 01-01
-2012 − 1.500,00
téc, administrativo − Isaura Conceição A Lopes de Sousa − 59 anos − 01-01-2012
− 1.506,20
téc, administrativo − José Manuel Perú Éfe − 60 anos −
01-01-2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Liliana de Brito − 50
anos − 01-01-2012 − 1.500,00
téc, administrativo − Maria de Lourdes Gonçalves Ferreira Alves − 61 anos − 01-01-2012 −
1.506,20
téc, administrativo − Maria Fernanda Esteves Ferreira − 57 anos − 01-01
-2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Maria Fernanda da Piedade Vieira − 61 anos − 01-01-
2012 − 1.506,20
téc, administrativo − Maria Umbelina Gregório Fernandes Barroso − 47 anos − 01-01-2012 −
1.500,00
téc, administrativo − Zulmira Jesus G Simão Santos Velosa − 47 anos − 01-01-2012
− 1.506,20
téc, administrativo − Artur Vieira Gomes − 53
anos − 01-01-2012 − 1.600,15
téc, administrativo − Benilde Rodrigues Loureiro da Silva − 58 anos − 01
-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Fernando Manuel da Silva − 68
anos − 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Francisco José Madaleno Coradinho − 45 anos − 01-01
-2012 − 1.472,82
Apoio Auxiliar − Joaquim Carlos da Silva Batista − 57 anos
− 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − José Augusto Morais − 51
anos − 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria Lurdes da Silva Barbosa Pinto − 58 anos −
01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria de Lurdes Camilo Silva − 65 anos
− 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria Júlia R Gonçalves Ribeiro − 58 anos −
01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria Natália Figueiredo − 64
anos − 01-01-2012 − 975,52
Apoio Auxiliar − Maria Rosa de Jesus Gonçalves − 58 anos −
01-01-2012 − 975,52
Motorista − António Francisco Guerra − 52 anos
− 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − António Augusto Nunes Meireles − 61 anos − 01
-01-2012 − 2.028,28
Motorista − António José Pereira − 48
anos − 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Arnaldo de Oliveira Ferreira − 49 anos
− 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Jaime Manuel Valadas Matias − 52 anos −
01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Jorge Henrique S Teixeira Cunha − 52 anos −
01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Jorge Martins Morais − 46
anos − 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − José Hermínio Frutuoso − 53
anos − 01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Nuno Miguel R Martins Cardoso − 37 anos − 01
-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Paulo Jorge Pinheiro da Cruz Barra − 40 anos −
01-01-2012 − 1.848,53
Motorista − Rui Miguel Pedro da Silva Machado − 42 anos − 01-
01-2012 − 1.848,53
Motorista − Vitor Manuel G Marques Ferreira − 42 anos − 01
-01-2012 − 1.848,53
Resumo:
01 Chefe de Gabinete
10 Assessores
07 Adjuntos
04 Técnicos Especialistas
10 Secretárias Pessoais
01 Coordenadora
13 Técnicos Administrativos
09 Apoio Auxiliar
12 Motoristas
Total − 67
Total/Mês − 149.486,76 €
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
RE(A)FUNDAR PORTUGAL 2
RE(A)FUNDAR PORTUGAL (2)
A FARSA
Assistimos na votação do Orçamento para 2013, na AR, a uma farsa
chocante, a dos deputados da maioria governamental PSD/CDS a fingirem desgosto
e incomodidade por terem de aprovar o orçamento, resignados, coitados, não queriam
mas tem de ser, para bem do país. As declarações de voto, colectivas, quer do
PSD e do CDS são uma vómito e uma afronta aos portugueses. Mas, ao mesmo tempo,
é o reconhecimento de que este orçamento é um massacre financeiro e económico
do qual nada de bom resultará para Portugal, mas necessário para ir destruindo
o estado social e vender ao desbarato à especulação internacional tudo o que
ainda resta de propriedade pública.
No mesmo dia em que se consumava o crime surdo aos gritos da rua que
não entravam pelas janelas bem fechadas da AR, a OCDE criticava fortemente tal
orçamento negando-lhe qualquer viabilidade. O Instituto de Economia e Gestão
passava-lhe um atestado de incompetência e vários economistas reputados, como
Paul de Grauwe por exemplo, afirmam que demasiada austeridade vai impedir
qualquer possibilidade de crescimento. E, pasme-se, Bagão Félix, insuspeito de
qualquer simpatia pela esquerda, acusava os deputados do PSD/CDS de
insensibilidade social e de terem aprovado no orçamento normas feridas de
inconstitucionalidade. Mais, palavras de Bagão Félix, " ... quando se fala
de despesa pública há uma concentração da discussão sempre em torno da sustentabilidade do Estado
social (como tudo o resto fosse auto-sustentável ). Porque, afinal, os seus
beneficiários são os velhos, os desempregados, os doentes, os pobres, os
inválidos, os deficientes... os que não têm voz nem fazem grandiosas
manifestações. E porque aqui não há embaraços ou condicionantes como há com parcerias público-privadas, escritórios
de advogados, banqueiros, grupos de pressão, estivadores. É fácil ser corajoso
com quem não se pode defender".
Quem me diria que as voltas da vida até me fariam um dia estar de
acordo no essencial com o Bagão!
A confirmar que os tais "que
não têm voz" são as vítimas atropelam-se as notícias, regressa a tosse
convulsa que faz três mortos, a taxa de mortalidade infantil aumentou, que os
gastos com a alimentação diminuem, as scuts quebram mais de 40% e já são quase
15 mil casais em que ambos perderam o emprego, e o governo coloca mais 29
edifícios em venda.
Tudo se resume afinal a obter mais dinheiro seja por impostos
assassinos ou pela venda ao desbarato de património público.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
RE(A)FUNDAR Portugal?!
O Comité Económico e Social, o Banco de Portugal, a UTAO ( unidade técnica
da AR que estuda o orçamento) arrasaram a proposta do Governo de Orçamento para
2013. Inviável, irrealista, inexequível etc. Os sindicatos e curiosamente
também as organizações patronais chumbaram tal aborto. Todas as previsões
feitas para o orçamento de 2012 falharam e já comprometeram de forma
definitiva o orçamento de 2013, que vai ser impossível de cumprir.
Será aprovado na AR pelo PSD/CDS apesar de este último fingir cinicamente
que está descontente com o orçamento e as suas medidas anti sociais. Então qual
a razão que o obriga a votar tal calamidade?
Todos sabem, governo, troika e Cavaco incluídos, que ninguém acredita,
a começar por eles próprios, que este orçamento tem qualquer possibilidade de
êxito, e que os objectivos propostos são impossíveis de alcançar.
Já não é só a esquerda que denuncia que esta política e este caminho
está a destruir o país, a deixar Portugal um país de pobres e emigrantes, sem
esperança e sem futuro. Inúmeros
economistas nacionais e estrangeiros afirmam-no, como Nouriel Roubini ou o
Nobel Paul Krugman, ou Bagão Félix, Ferreira do Amaral e tantos outros.
No final de 2012, ao contrário da propaganda, estaremos mais
endividados e a dívida ultrapassará os 120% do PIB, os impostos que já
ultrapassaram o limite do possível e serão novamente agravados em 2013
atrofiarão ainda mais as débeis possibilidades de crescimento económico, e
conduzirão a mais endividamentos. O factor trabalho e o seu rendimento é cada
vez menor na actividade económica. São as prestações sociais, consideradas com
desprezo pelos novos senhores serventuários da especulação financeira e da
banca, que impedem que os níveis de pobreza dos "irresponsáveis
esbanjadores" galopem para níveis de 40% ou mais. Oficialmente 900 mil
portugueses estão desempregados e o governo informa que em 2013 esse número
será superior mas que "estará em linha com as previsões do governo".
Só 370 mil recebem subsídio que está em redução continuada. Segundo informações
do próprio governo mais de 650 mil portugueses emigraram nos últimos cinco
anos, e a percentagem desses emigrantes com cursos universitários é elevada. A
maioria já não acredita em Portugal e pensa não regressar, e os portugueses
estão na Europa no topo dos estrangeiros que pedem a nacionalização noutros países.
Destes desempregados a maioria já não voltará a encontrar trabalho e anualmente
novas fornadas de jovens formados estão a chegar ao mercado e a concorrer com
eles. Para eles acabou o futuro, pois a vida sem trabalho trás inevitavelmente
a pobreza e a perda de dignidade. Este ano que ainda não acabou já gerou 17 mil
insolvências, calvário que se agravará em 2013. O número de divórcios e de bebes
abandonados cresce, mais pessoas despejadas das suas casas e a viver na rua, os
suicídios aumentam, em média são três por dia, e são estes números referentes a
pessoas concretas, a vidas reais, e não a abstracções económicas, que nos dão a
imagem do sofrimento que se espalha pelo país da austeridade custe o que
custar, pois ainda "aguenta, aguenta!" mais apesar da
"pieguice" dos pobretanas.
E é neste Portugal, país das maiores desigualdades sociais na UE, com pensões
e salários dos mais baixos, e com idades de reforma mais tarde e horários de
trabalho superiores à maioria dos países europeus, que a coligação PSD/CDS/TROIKA
pretende como medidas para 2013 "refundar o Estado", cortando 4 mil
milhões de euros na saúde, nas pensões e na educação?, nos salários da função
pública, mais privatizações incluindo as florestas e transportes etc.
Voltando ao princípio coloca-se a questão, se isto não vai resultar
então qual a razão para tal insistência! Utilizo frases de outros para que se
não diga que sou eu que digo sempre o mesmo.
José Pacheco Pereira, em 24/XI/!2: "Só que uma coisa é esta
percepção e outra é validar políticas cujo objectivo não é corrigir excessos,
mas empobrecer estruturalmente o país, para que ele possa fornecer mão-de-obra
barata, e atirar para a caridade ou para o estrangeiro os muitos milhões de portugueses
que estão a mais neste glorioso plano de refundar Portugal..."
São José Almeida, 24/XI/12: " ... as metas são impossíveis de
cumprir. Apenas existem para servir de argumentário ao desmantelamento do
estado social e à transferência de bens públicos para os privados".
MC
sábado, 24 de novembro de 2012
CONGRESSO DAS ALTERNATIVAS
HOJE EM FARO CONTINUAMOS OS TRABALHOS DO CONGRESSO INICIADO EM 5 DE OUTUBRO. É PRECISO CONTINUAR SEMPRE, NÃO DESISTIR NEM DA DEMOCRACIA NEM DA CIDADANIA.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
AMANHÃ HÁ GREVE GERAL. A MERKEL ESTEVE ONTEM CÁ E BATEU PALMAS À EXCELÊNCIA DO CUMPRIMENTO DO PROGRAMA DE "AJUSTAMENTO", ESTAS PALAVRAS QUE INVENTAM PARA ESCONDER OS PROPÓSITOS QUE, NESTE CASO, VISAM ENPOBRECER MAIS AINDA O PAÍS E OS PORTUGUESES PARA AUMENTAREM OS LUCROS DA BANCA.
A NOSSA DONA FEZ-SE ACOMPANHAR DE EMPRESÁRIOS ALEMÃES QUE SUBLINHARAM A VANTAGEM PORTUGUESA - TRABALHADORES QUALIFICADOS E MAIS BARATOS QUE NA MAIOR PARTE DOS PAÍSES DA EUROPA.
PORTUGAL TRANSFORMOU-SE ASSIM PELAS MÃOS DESTE GOVERNO NUM RESERVATÓRIO DE ESCRAVOS QUALIFICADOS, OS QUAIS POR POUCO DINHEIRO GERAM MAIS AVULTADOS LUCROS AOS CAPITALISTAS. É TAMBÉM CONTRA ISTO QUE A GREVE GERAL SE JUSTIFICA.
O ARTIGO DO VÍTOR MALHEIROS QUE AQUI SE COLOCA MOSTRA COMO POR VEZES OS ESCRAVOS SE DISTRAEM DO ESSENCIAL.
A NOSSA DONA FEZ-SE ACOMPANHAR DE EMPRESÁRIOS ALEMÃES QUE SUBLINHARAM A VANTAGEM PORTUGUESA - TRABALHADORES QUALIFICADOS E MAIS BARATOS QUE NA MAIOR PARTE DOS PAÍSES DA EUROPA.
PORTUGAL TRANSFORMOU-SE ASSIM PELAS MÃOS DESTE GOVERNO NUM RESERVATÓRIO DE ESCRAVOS QUALIFICADOS, OS QUAIS POR POUCO DINHEIRO GERAM MAIS AVULTADOS LUCROS AOS CAPITALISTAS. É TAMBÉM CONTRA ISTO QUE A GREVE GERAL SE JUSTIFICA.
O ARTIGO DO VÍTOR MALHEIROS QUE AQUI SE COLOCA MOSTRA COMO POR VEZES OS ESCRAVOS SE DISTRAEM DO ESSENCIAL.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
PAGA O JUSTO PELO PECADOR!
08-11-2012
Fonte: Agência Lusa
Câmara de VRS António vai aplicar taxas máximas de IMI e IRS em 2013 devido ao PAEL
Fonte: Agência Lusa
Câmara de VRS António vai aplicar taxas máximas de IMI e IRS em 2013 devido ao PAEL
Vila Real de Santo António, 08 nov (Lusa) -- A Câmara de Vila Real de Santo António vai cobrar, em 2013, os valores máximos de IMI e de IRS, como exigido
pelo Governo às autarquias que se candidataram ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).
"Como a candidatura que apresentámos ao PAEL exige a cobrança dos limites máximos, nós vamos fazer isso. Mas, o dinheiro proveniente do PAEL servirá para
pagar dívidas da autarquia, pelo que os munícipes, apesar de serem taxados nos valores máximos, vão depois ter o retorno do pagamento dessas dívidas",
afirmou o presidente da câmara algarvia, Luís Gomes.
O autarca frisou que a autarquia já cobrava os valores máximos do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) e Imposto Municipal sobre Imóveis
(IMI), pelo que a situação "não se vai alterar" nessa matéria.
"O que aconteceu foi que o Governo aumentou os limites máximos que podiam ser cobrados e nós vamos aplicá-los", acrescentou, frisando que a autarquia também
terá de cobrar derrama em 1,5 por cento às empresas do concelho com volume de negócios superior a 150 mil euros ano.
A Câmara de Vila Real de Santo António vai cobrar, em 2013, 0,8 por cento de IMI para prédios rústicos, o mesmo valor que será aplicado para prédios não
avaliados no âmbito do Código do IMI, enquanto os avaliados vão ser taxados a 0,5 por cento, precisou fonte da autarquia à Lusa. Os valores mínimos
situavam-se em 0,3 por cento, no primeiro caso, e 0,5 por cento, no segundo.
"A autarquia fixou a taxa de participação variável no IRS no valor de 5 por cento", informou ainda a Câmara de Vila Real de Santo António.
A Câmara de Vila Real de Santo António anunciou a 25 de outubro que apresentou uma candidatura ao Programa de Apoio à Economia Local para obter um empréstimo
de cerca de 25,7 milhões de euros, cobrir dívidas de curto prazo e injetar liquidez na tesouraria.
A autarquia algarvia apresentou, na ocasião, o Plano de Ajustamento Financeiro que entregou à Direção-Geral da Administração Local no âmbito da candidatura
ao PAEL, criado num memorando celebrado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses para dar resposta às dificuldades financeiras das
câmaras municipais.
O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, explicou que o objetivo do Plano de Ajustamento Financeiro é, "em primeiro lugar, fazer uma
candidatura ao PAEL e, em segundo lugar, dar uma sustentabilidade financeira à câmara municipal nos termos do que é admissível, que é ter uma estratégia de
financiamento de longo prazo com base no nível da receita que tem".
O autarca sublinhou que a Câmara de Vila Real de Santo António perdeu 50 por cento das receitas que tinha em 2007, sobretudo provenientes do Imposto
Municipal sobre Imóveis e do licenciamento de obras particulares, e manteve encargos dos quais "não podia alhear-se", como os salários ou medidas sociais de
apoio à população carenciada.
Lusa/Fim
terça-feira, 6 de novembro de 2012
SENTINELA ALERTA! ALERTA ESTÁ!
COMUNICADO
(2012SET14)
ASSUNTO: INICIATIVAS CIVICAS
Aproximando-se a realização de iniciativas de carácter cívico, reflexo das medidas anunciadas e expressão de um irrecusável mal-estar transversal a toda a sociedade, como comprovadamente atestam declarações de eminentes personalidades dos diferentes quadrantes políticos e sociais, vimos, por este meio, manifestar a nossa calorosa solidariedade a todos os portugueses que sofrem o peso dos enormes sacrifícios que lhes foram impostos, relembrando que já o fizemos no passado ano de 2011.
Porque, antes de mais, somos cidadãos sujeitos às mesmas injustas e iníquas medidas, tomadas por aqueles que constitucionalmente estão obrigados a zelar pelo bem comum, a pretexto da reparação de situações em que os penalizados não tiveram qualquer responsabilidade e de que outros foram certamente beneficiários.
E, porque ser cidadão não se resume apenas à circunstância de estar em sociedade, uma vez que é necessário também participar de algum modo na sua transformação, solidarizamo-nos com todas as iniciativas que, no exercício de um direito de cidadania, afirmem a recusa face a práticas injustas sempre apresentadas sob a capa de nobres objetivos, reiteradamente utilizadas para:
Enganando e brandindo o medo, apresentar promessas que não se cumprem, como de resto e cada vez mais, insuspeitos concidadãos vão reconhecendo;
Justificar soluções sistematicamente penalizadoras, ancoradas na repetida afirmação de que as opções são de irrecusável responsabilidade, quando os factos invariavelmente demonstram o contrário;
Repetir, uma vez mais, o enganoso anúncio de que, aplicados que sejam sacrifícios impostos, a solução está logo ali à frente e, logo de seguida, darem o dito por não dito e, em doses redobradas, penalizarem sempre os mesmos, enquanto outros, cá ou noutras paragens, vão acumulando riqueza sem limite, assim retirada a quem não tem outro bem que não seja essencialmente a remuneração resultante do seu trabalho.
Num momento como este, por todos reconhecido como de extrema gravidade e em que as tensões sociais poderão culminar em justos protestos e outras manifestações de cidadania e indignação constitucionalmente consentidas, importa ainda afirmar que a Associação de Oficiais das Forças Armadas reitera aqui o firme propósito de que, no que de si depender, os militares não serão, nunca, como a Constituição obriga, instrumento de repressão sobre os seus concidadãos que um dia juraram defender, na senda, aliás, de afirmações que no mesmo sentido foram proferidas por Sua Excelência o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
O Presidente
Manuel Martins Pereira Cracel
Coronel TPAA
(2012SET14)
ASSUNTO: INICIATIVAS CIVICAS
Aproximando-se a realização de iniciativas de carácter cívico, reflexo das medidas anunciadas e expressão de um irrecusável mal-estar transversal a toda a sociedade, como comprovadamente atestam declarações de eminentes personalidades dos diferentes quadrantes políticos e sociais, vimos, por este meio, manifestar a nossa calorosa solidariedade a todos os portugueses que sofrem o peso dos enormes sacrifícios que lhes foram impostos, relembrando que já o fizemos no passado ano de 2011.
Porque, antes de mais, somos cidadãos sujeitos às mesmas injustas e iníquas medidas, tomadas por aqueles que constitucionalmente estão obrigados a zelar pelo bem comum, a pretexto da reparação de situações em que os penalizados não tiveram qualquer responsabilidade e de que outros foram certamente beneficiários.
E, porque ser cidadão não se resume apenas à circunstância de estar em sociedade, uma vez que é necessário também participar de algum modo na sua transformação, solidarizamo-nos com todas as iniciativas que, no exercício de um direito de cidadania, afirmem a recusa face a práticas injustas sempre apresentadas sob a capa de nobres objetivos, reiteradamente utilizadas para:
Enganando e brandindo o medo, apresentar promessas que não se cumprem, como de resto e cada vez mais, insuspeitos concidadãos vão reconhecendo;
Justificar soluções sistematicamente penalizadoras, ancoradas na repetida afirmação de que as opções são de irrecusável responsabilidade, quando os factos invariavelmente demonstram o contrário;
Repetir, uma vez mais, o enganoso anúncio de que, aplicados que sejam sacrifícios impostos, a solução está logo ali à frente e, logo de seguida, darem o dito por não dito e, em doses redobradas, penalizarem sempre os mesmos, enquanto outros, cá ou noutras paragens, vão acumulando riqueza sem limite, assim retirada a quem não tem outro bem que não seja essencialmente a remuneração resultante do seu trabalho.
Num momento como este, por todos reconhecido como de extrema gravidade e em que as tensões sociais poderão culminar em justos protestos e outras manifestações de cidadania e indignação constitucionalmente consentidas, importa ainda afirmar que a Associação de Oficiais das Forças Armadas reitera aqui o firme propósito de que, no que de si depender, os militares não serão, nunca, como a Constituição obriga, instrumento de repressão sobre os seus concidadãos que um dia juraram defender, na senda, aliás, de afirmações que no mesmo sentido foram proferidas por Sua Excelência o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
O Presidente
Manuel Martins Pereira Cracel
Coronel TPAA
domingo, 28 de outubro de 2012
VER PARA MELHOR PERCEBER
O imagem que se publica evidencia com clareza sobre quem cai o esforço do "ajustamento", palavra que esconde e tenta disfarçar o brutal aumento de impostos.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Hoje, dia 13 de Outubro, vi e participei numa das quatro manifestações feitas em Lisboa, pois para além da marcha da CGTP-IN houve a dos desempregados, outra na defesa da cultura mais o protesto das farmácias. No total foram muitas dezenas de milhar de pessoas, de todas as idades e condição social a manifestarem o seu repúdio e indignação por esta revoltante carga fiscal que destrói a economia, as famílias, a produção, o turismo e aumenta os suicídios e a a emigração.
A revolta das pessoas é evidente e interrogava-me que saída para esta criminosa austeridade vamos ter?
E, tenho de confessar, receio bem que caso o governo que nos desgoverna venha a cair e novas eleições tenham lugar, mesmo que as sondagens se confirmem nas urnas e PS/PCP/BLOCO tenham a maioria eleitoral, mais uma vez a vontade popular de uma mudança democrática não venha a ser respeitada e voltemos ao mesmo - governo de direita ou política de direita.
Isto tem de acabar, por isso renovo o Apelo:
O governo falhou estrondosamente os seus anunciados objectivos . O deficit, a divida pública, o desemprego, o número de falências e a queda da receita continuam a crescer, enquanto a agenda oculta da venda ao desbarato das empresas públicas rentáveis vai prosseguindo.
A falta de qualquer credibilidade e ética de alguns membros do governo e as enormes manifestações populares traçaram um caminho sem retorno que está a conduzir ao desmoronamento da coligação. Substituir este governo deixou de ser uma questão política para ser uma urgente necessidade higiénica.
Existe uma alternativa à politica cega de austeridade e recessão como se comprovou no amplamente participado Congresso das Alternativas.
Quem pode substituir um governo que atraiçoa os interesses do país sendo apenas uma agente dos credores e garantir uma mudança da sua política? Como pode haver uma solução diferente sem uma maioria parlamentar?
Que esforços reais têm feito os partidos da oposição para transformar em acordo o entendimento sobre matérias urgentes e fundamentais em que há consenso (defesa da Constituição, do serviço nacional de saúde e da educação, aumento do emprego, alteração da atitude subserviente perante os credores, alteração da politica económica europeia e do papel do BCE)?
Como podem os partidos da oposição numa situação de EMERGÊNCIA continuarem a persistir em alimentar as suas diferenças em vez de se unirem em torno do essencial?
A viabilização de um governo centro esquerda é a única forma que de momento pode travar e derrotar a actual política de miséria e destruição do país, e abrir um novo caminho de desenvolvimento e de esperança para os portugueses.
Junte-se a nós e às muitas centenas de cidadãos que subscreveram o APELO, assinando e divulgando Apelo Unir a Esquerda disponível em http://uniraesquerda.info/
Aproveitamos para sugerir a difusão deste Apelo via Facebook: https://www.facebook.com/groups/uniraesquerda/
domingo, 7 de outubro de 2012
O SONHO COMANDA A VIDA
Fui um dos mais de 4.000 subscritores do Congresso Democrático das Alternativas e um dos cerca de 2.000 participante no Congresso.
Como dizia o Poeta António Gedeão na sua Pedra Filosofal, o sonho comanda a vida, e temos de transformar o sonho em realidade. Reencontrei velhos camaradas e amigos de lutas passadas e presentes, todos mais velhos e de cabelos brancos, mas sempre com a mesma determinação de lutar por um Portugal melhor.Foi um congresso amplamente democrático em que todas as tendências políticas de esquerda estavam lá representadas, e mesmo a que recusou participar oficialmente (PCP), foi desobedecida por centenas de militantes que fizeram questão de estar presentes.
Foi um grande congresso, vibrante e patriótico, agora que temos o governo mais antipatriótico de sempre.
Sabíamos antes e sabemos agora que está comprovado e nos dá razão que este modelo económico está a destruir o país, a deixar os portugueses sem esperança e Portugal sem futuro.
O Congresso aprovou uma declaração importante após largo trabalho e debate, provando, caso ainda fosse necessário, que há alternativas, elas existem, é uma mentira criminosa do governo a insistência para negar outros caminhos e que só tem por objectivo convencer os portugueses a submeter-se aos interesses desumanizados dos "mercados".
Mas temos um problema sério e grave na nossa democracia, o qual não pode ser escamoteado, como é que se consegue alterar a situação se as esquerdas não alcançam o poder político? Desde 1976, há portanto 36 anos, e já vamos no 19º governo constitucional, só temos tido governos de direita ou com políticas de direita, com a excepção de alguns meses do governo da Maria de Lurdes Pintassilgo.
Se não houver no mínimo um entendimento ou convergência entre o PS, PCP e Bloco nunca haverá condições para dar voz ao clamor popular que se tem expresso nas grandes manifestações recentes a exigir mudança de governo e de política.
Foi notório neste congresso que sempre que um orador se referia e apelava às forças políticas mencionadas para se entenderem a sala vibrava com aplausos. O sentimento é que estamos em situação de urgência, e o sofrimento dos portugueses não pode ser ignorado para que os partidos continuem a fazer os seus cálculos eleitoralistas à espera que ainda se degrade mais a situação para dela beneficiarem com o aumento de mais uns deputados em futuras eleições. E depois, para que servem mais deputados se continuarem a não convergirem? Voltaremos à mesma ou pior com os partidos a ficarem mais desacreditados e a democracia a degradar-se.
É preciso dizer BASTA!, e as conclusões do congresso expressam claramente "que a alternativa que precisamos tem de resultar da convergência das forças e movimentos políticos e sociais", e por isso o Congresso "decide manter-se activo enquanto as circunstâncias o justificarem".
Há dias, antes da jornada da CGTP de 29 de Setembro e do Congresso de 5 de Outubro, lançamos um Apelo para esse necessário e urgente entendimento, e a realidade está a comprovar a sua justeza e uma forte recolha de assinaturas é mais um contributo para se poder concretizar tal objectivo.
Ver, assinar e divulgar em http://uniraesquerda.info
terça-feira, 2 de outubro de 2012
EMIGRAR COMO SEMPRE
Fantasia com barcos. Terminado hoje, 2/10/12
Ao ler o Expresso desta semana dei uma olhadela pelo suplemento Emprego do dito semanário, coisa que raramento faço, e fiquei impressionado com os anúncios a pedirem engenheiros, enfermeiros e outro pessoal qualificado para emigrarem.
Quem pedia? Espantem-se!, a Noruega quer 5.000 engenheiros lusos, a Dinamarca engenheiros electrotécnicos; Alemanha, Holanda e Noruega enfermeiros. A Agência Adi jovens cientistas para vários laboratórios lá fora, etc.
Países muito mais desenvolvidos do que nós e que estão sempre no Top Ten mundial, com sistemas de educação avançados, precisam de técnicos pois não os conseguem formar em número suficiente para o ritmo do seu desenvolvimento.
Portugal, país muito mais atrasado, que necessita de se desenvolver anda a formar técnicos com o dinheiro dos contribuintes para os enviar para a emigração. Enquanto isso o governo incapaz e irresponsavel que temos afirma orgulhosamente que temos de empobrecer ainda mais para depois, sobre as ruínas sociais, entrarmos no paraíso.
Ao mesmo tempo centenas de autarcas das rotundas e do betão sobre terras aráveis, dunas, áreas de reserva natural etc, decidem em Santarém, que as populações podem ser taxadas no Turismo, na Ambiente e no Social. É mesmo para emigrar enquanto é tempo.
Um pouco de publicidade, crescem a bom ritmo as assinaturas do Apelo. Ver em:
Agradecemos apoio e divulgação
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Aos camaradas e amigos,
encontra-se em http://uniraesquerda.info , o apelo aos partidos de esquerda para que se entendam para que uma alternativa democrática seja possível neste país. Podemos ter na mão as melhores soluções para os problemas do país, mas se não houver um governo que as aplique com respaldo popular estamos condenados a continuar a sofrer as políticas de direita mais hard ou mais soft. Não podemos ficar resignados, não podemos aceitar a situação como de uma fatalidade se tratasse. Podemos agir e dizer basta!, entendam-se.
O texto não será perfeito, nunca nenhum o é, foi feito por vários camaradas com o objectivo de ser o mais abrangente possível.
Espero que o assinem e divulguem, precisamos de ser muitos para ter êxito.
MC
encontra-se em http://uniraesquerda.info , o apelo aos partidos de esquerda para que se entendam para que uma alternativa democrática seja possível neste país. Podemos ter na mão as melhores soluções para os problemas do país, mas se não houver um governo que as aplique com respaldo popular estamos condenados a continuar a sofrer as políticas de direita mais hard ou mais soft. Não podemos ficar resignados, não podemos aceitar a situação como de uma fatalidade se tratasse. Podemos agir e dizer basta!, entendam-se.
O texto não será perfeito, nunca nenhum o é, foi feito por vários camaradas com o objectivo de ser o mais abrangente possível.
Espero que o assinem e divulguem, precisamos de ser muitos para ter êxito.
MC
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
sábado, 8 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
AFINAL PARECE QUE A CORRUPÇÃO POLÍTICA NÃO EXISTE!?
Por ter estado ausente de VRSA durante algumas semanas e, confesso, também pela preguiça própria do verão, o blogue ficou em repouso.
Para reiniciar bem aqui damos a conhecer este trabalho do jornalista Vítor Malheiros.
Para reiniciar bem aqui damos a conhecer este trabalho do jornalista Vítor Malheiros.
domingo, 19 de agosto de 2012
DUAS ENTREVISTAS ESCLARECEDORAS
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Não se perde o tempo quando o que se ouve nos esclarece e ajuda.
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