segunda-feira, 23 de julho de 2012

A DÍVIDA AUMENTA E O POVO AGUENTA !


Dívida pública portuguesa, nos 190 mil milhões, é 3.ª maior da União Europeia

Publicado às 11.04


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A dívida pública portuguesa atingiu 111,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, um avanço comparativamente aos 107,8% registados no quarto trimestre de 2011, revelou, esta segunda-feira, o Eurostat.

foto LEONARDO NEGRÃO / GLOBAL IMAGENS
Dívida pública portuguesa, nos 190 mil milhões, é 3.ª maior da União Europeia

Tal percentagem, aponta o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE), representa perto de 190 mil milhões de euros, cerca de 5 mil milhões acima que os 184,3 mil milhões registados no final de 2011.
A dívida pública portuguesa é a terceira mais elevada da UE, apenas superada por Grécia (132,4% do PIB) e Itália (123,3%).
Numa análise comunitária, a dívida pública subiu 0,5% na zona euro, para 88,2% do PIB, ao passo que nos 27 Estados-membros da UE o avanço foi de 0,9%, para 83,4% do PIB.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

FALECEU UM CRONISTA

A morte é sempre um drama, leva os amigos e um passado comum que só nós conhecemos.
Houve períodos da nossa vida em que tivemos uma relação intensa, quer em VRSA quer já em Lisboa, já crescidotes, partilhando sonhos e esperanças. Estou a falar do José João, o JJ.
Fizemos alguns acampamentos selvagens por esse Algarve, e em Lisboa muitos sábados e domingos de cinema, mergulhos na piscina do Muxito, cervejolas e até um dia me convenceu a ir ao antigo estádio da Luz ver um Benfica-Belenenses, no qual o Alfredo "três pernas" ia assassinando em público o pobre Matateu com a complacência do árbitro.
Depois a vida une e separa, fui parar com os costados à Índia e ele a Angola, partiu com as divisas que eu tinha usado ao ombro. Mantivemos sempre contactos e ele regressado a VRSA era, sempre que cá vinha, o cronista que relatava com pormenor e alguma ironia os casos da terra, de tal maneira que por vezes ficava com a impressão que de aqui não me tinha ausentado.
Desfilavam os casos, as figuras típicas, as politiquices, mas também observações sérias e certeiras sobre a evolução ou falta dela cá no burgo. É pena que nunca lhe tenha dado para escrever, teríamos hoje crónicas deliciosas sobre VRSA, a sua mentalidade, hábitos e costumes. Com a sua partida VRSA ficou mais pobre, perdeu-se alguém que tinha na sua memória um acervo histórico sobre o seu concelho e que não foi transmitido como facto cultural às outras gerações.