segunda-feira, 28 de novembro de 2011

RISO AMARELO


RECORDAR O PASSADO PARA IMPEDIR QUE VOLTE

Para memória dos que conheceram este PORTUGAL não o esquecerem, e para conhecimento dos que, felizmente para eles, nasceram depois mas que estão sob a ameaça de voltar o país a situações de pobreza semelhantes.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

SÓ TEMOS UMA TERRA, E ESTA É INSUBSTITUÍVEL!

Há dias, no IV SIMPÓSIO de DIABETES do ALGARVE, os médicos convidaram arquitectos paisagistas para ajudarem a encontrar as causas do aumento de diabéticos no Algarve.
Foi apontado o exemplo de Faro, cidade que aumentou à custa de grande especulação imobiliária, crescendo ad-hoc, sem planeamento global e sem ser acompanhada pela criação de zonas verdes.
Foi salientado que a prevenção dos diabetes depende muito da qualidade urbanística das cidades, da qualidade do espaço público, da existência de zonas verdes, condições necessárias para actividade física no meio urbano. Calcula-se em muitos milhões de pessoas ano vítimas precisamente da falta de actividade física nas cidades.
Foi dito que Faro tem meio metro quadrado de espaço verde por habitante, sendo o mínimo aceitável de 20 m2. Na Alemanha a média é de 40 m2.
Hoje, as zonas verdes nas cidades do betão consentido e incentivado são o espaço que sobra das construções, onde se coloca um canteiro ou um grande pote com umas plantas que nunca mais são regadas e tratadas, e que acabam em cinzeiros, retrete do cãozinho ou caixote de lixo do incivismo português.
O vídeo que divulgamos merece ser visto e meditado.

http://www.youtube.com/embed/nGeXdv-uPaw

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ESMIFRADOS E MAL PAGOS

As mulheres pintoras de casas da África do Sul (óleo)
Por vezes lemos coisas que nos surpreendem, por mais escaldados que estejamos.
O Secretário de Estado da Administração Local afirmou publicamente que: os cortes nos subsídios servirão para pagar dívidas ou amortizar créditos nas autarquias.
Segundo o Srº Secretário os cortes nos subsídios de Natal e férias servirão para as câmaras pagarem dívidas a fornecedores, para amortizações de empréstimos a médio e longo prazo e, se sobrar algum, também para investimentos.
Então os funcionários da administração pública são esmifrados para as câmaras poderem pagar as irresponsáveis e megalomaníacas obras, as escolas de samba carnavalescas, os "quimbarreiros", as passeatas por esse mundo fora, as rotundas inúteis, os compadrios e favores a empreiteiros e as faraónicas dívidas?
Os sindicatos do sector, STAL e SINTAP, consideram inadmissível  que "sejam os trabalhadores que não têm controlo de gestão nem qualquer culpa nos erros" a pagar as dívidas, feitas muitas vezes "sem qualquer critério, pelos senhores presidentes das câmaras".
Em primeiro lugar não são só os trabalhadores do sector a arcar com as dívidas, são a esmagadora maioria dos portugueses. Em segundo lugar não foram só os senhores presidentes os responsáveis pelas dívidas, foram coniventes os vereadores, as assembleias municipais que as aprovaram e os partidos que os escolheram.
Em terceiro lugar também o povo tem culpas no cartório pois elegeu muitas vezes trafulhas "majoresisaltinos" sabendo bem o que eram.
Em quarto lugar nunca ouvi os tais sindicatos levantarem a voz contra a gestão ruinosa das câmaras, conhecendo eles melhor dos que os de fora o que a casa gasta, e sendo igualmente cidadãos têm igualmente culpas nos erros ( a maioria são crimes e não erros), e não os denunciaram.
Em quinto lugar e por aqui me fico, esta é a fantochada de democracia que infelizmente temos.
Nota final: a dívida à banca do sector imobiliário que tanto tem sido beneficiado pelas câmaras é de,
pasme-se, 140.000 mil milhões de euros.
Por mais austeridade que imponham nunca conseguirão que tão "colossal" massa seja paga. 





ARTIGO DE VÍTOR MALHEIROS

Recusar o futuro é um excelente artigo, como aliás é habitual em JVM, esclarece e faz pensar.


Clicar sobre o artigo para o aumentar. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

AS NOSSAS BOLSAS VAZIAS E AS BOLSAS DELES CHEIAS

Neste mundo em que a especulação financeira impõe a sua ditadura aos "mercados", apoderando-se da economia por todos os meios fraudulentos, deixando sem esperança centenas de milhões de pobres e desempregados, destruindo a democracia, diariamente ouvimos dizer que as bolsas perderam valor, que as acções baixaram de cotação etc.
As pessoas pouco comentam estas transferências colossais de dinheiro, aturdidas pelos números, quando no seu dia a dia contam os poucos euros que lhes restam.
E lá vem nova notícia, as bolsas perderam tantos milhões, Londres desceu x, Madrid y etc. Mas ninguém ganhou? Essa parte nunca é mencionada nos noticiários e nos jornais, pois se alguém perde esse dinheiro não se evaporou, foi é parar a outras mãos e bolsos. Esse mistério de que só se perde nunca é propositadamente explicado, e poucos se interrogam para onde vai esse dinheiro.
Dois ou três exemplos para se perceber: nos últimos 12 meses as fortunas dos mais ricos aumentou e foi superior duas vezes ao aumento da riqueza mundial como um todo. Os milionários que representam 1% da população mundial  controlam 38,5% da riqueza total.
Nos offshores em 2009 estavam depositados 65 mil milhões de euros portugueses, dados do FMI.
Dinheiro de actividades especulativas em fuga aos impostos, e caso fosse investido em actividades criadoras de riqueza e trabalho alteravam este país para melhor.
Mas isso dá trabalho e é um risco, especular é melhor e ganha-se mais. É caso para perguntar - qual a justificação para que essas transferências para os paraísos fiscais não são taxadas?; ou melhor - qual é o factor que impede o encerramento dos offshores?
Creio não ser complicado perceber a razão.