domingo, 28 de outubro de 2012

VER PARA MELHOR PERCEBER

O imagem que se publica evidencia com clareza sobre quem cai o esforço do "ajustamento", palavra que esconde e tenta disfarçar o brutal aumento de impostos.

domingo, 14 de outubro de 2012


Hoje, dia 13 de Outubro, vi e participei numa das quatro manifestações feitas em Lisboa, pois para além da marcha da CGTP-IN houve a dos desempregados, outra na defesa da cultura mais o protesto das farmácias. No total foram muitas dezenas de milhar de pessoas, de todas as idades e condição social a manifestarem o seu repúdio e indignação por esta revoltante carga fiscal que destrói a economia, as famílias, a produção, o turismo e aumenta os suicídios e a a emigração.
A revolta das pessoas é evidente e interrogava-me que saída para esta criminosa austeridade vamos ter?
E, tenho de confessar, receio bem que caso o governo que nos desgoverna venha a cair e novas eleições tenham lugar, mesmo que as sondagens se confirmem nas urnas e PS/PCP/BLOCO tenham a maioria eleitoral, mais uma vez a vontade popular de uma mudança democrática não venha a ser respeitada e voltemos ao mesmo - governo de direita ou política de direita.
Isto tem de acabar, por isso renovo o Apelo:



O governo falhou estrondosamente os seus anunciados objectivos . O deficit, a divida pública, o desemprego, o número de falências e  a queda da receita continuam a crescer,  enquanto a agenda oculta da venda ao desbarato das empresas públicas rentáveis vai prosseguindo.

A falta  de qualquer credibilidade e ética de alguns membros do governo e as enormes manifestações populares traçaram um caminho sem retorno que está a conduzir ao desmoronamento da coligação. Substituir este governo deixou de ser uma questão política para ser uma urgente necessidade higiénica.

Existe uma alternativa à politica cega de austeridade e recessão como se comprovou no amplamente participado Congresso das Alternativas.

Quem pode substituir um governo que atraiçoa os interesses do país sendo apenas uma agente dos credores e garantir uma mudança  da sua política? Como pode haver uma solução diferente sem uma maioria parlamentar?

Que esforços reais têm feito os partidos da oposição para transformar em acordo  o entendimento sobre matérias urgentes e fundamentais  em que há consenso (defesa da Constituição, do serviço nacional de saúde e da educação,  aumento do emprego,  alteração da atitude subserviente perante os credores, alteração da politica económica europeia e do papel do BCE)?

Como podem os partidos da oposição numa situação de EMERGÊNCIA continuarem a persistir em alimentar as suas diferenças  em vez de se unirem em torno do essencial?

A viabilização de um governo centro esquerda é a única forma que de momento pode  travar e derrotar a actual política  de miséria e destruição do país, e abrir um novo caminho de desenvolvimento e de esperança para os portugueses.

Junte-se a nós e às muitas centenas de cidadãos que subscreveram o APELO, assinando e divulgando Apelo Unir a Esquerda disponível em  http://uniraesquerda.info/

Aproveitamos para sugerir a difusão deste Apelo via Facebook: https://www.facebook.com/groups/uniraesquerda/

domingo, 7 de outubro de 2012

O SONHO COMANDA A VIDA


Fui um dos mais de 4.000 subscritores do Congresso Democrático das Alternativas e um dos cerca de 2.000 participante no Congresso.
Como dizia o Poeta António Gedeão na sua Pedra Filosofal, o sonho comanda a vida, e temos de transformar o sonho em realidade. Reencontrei velhos camaradas e amigos de lutas passadas e presentes, todos mais velhos e de cabelos brancos, mas sempre com a mesma determinação de lutar por um Portugal melhor.Foi um congresso amplamente democrático em que todas as tendências políticas de esquerda estavam lá representadas, e mesmo a que recusou participar oficialmente (PCP), foi desobedecida por centenas de militantes que fizeram questão de estar presentes.
Foi um grande congresso, vibrante e patriótico, agora que temos o governo mais antipatriótico de sempre.
Sabíamos antes e sabemos agora que está comprovado e nos dá razão que este modelo económico está a destruir o país, a deixar os portugueses sem esperança e Portugal sem futuro.
O Congresso aprovou uma declaração importante após largo trabalho e debate, provando, caso ainda fosse necessário, que há alternativas, elas existem, é uma mentira criminosa do governo a insistência para negar outros caminhos e que só tem por objectivo convencer os portugueses a submeter-se aos interesses desumanizados dos "mercados".
Mas temos um problema sério e grave na nossa democracia, o qual não pode ser escamoteado, como é que se consegue alterar a situação se as esquerdas não alcançam o poder político? Desde 1976, há portanto 36 anos, e já vamos no 19º governo constitucional, só temos tido governos de direita ou com políticas de direita, com a excepção de alguns meses do governo da Maria de Lurdes Pintassilgo.
Se não houver no mínimo um entendimento ou convergência entre o PS, PCP e Bloco nunca haverá condições para dar voz ao clamor popular que se tem expresso nas grandes manifestações recentes a exigir mudança de governo e de política.
Foi notório neste congresso que sempre que um orador se referia e apelava às forças políticas mencionadas para se entenderem a sala vibrava com aplausos. O sentimento é que estamos em situação de urgência, e o sofrimento dos portugueses não pode ser ignorado para que os partidos continuem a fazer os seus cálculos eleitoralistas à espera que ainda se degrade mais a situação para dela beneficiarem  com o aumento de mais uns deputados em futuras eleições. E depois, para que servem mais deputados se continuarem a não convergirem? Voltaremos à mesma ou pior com os partidos a ficarem mais desacreditados e a democracia a degradar-se.
É preciso dizer BASTA!, e as conclusões do congresso expressam claramente "que a alternativa que precisamos tem de resultar da convergência das forças e movimentos políticos e sociais", e por isso o Congresso "decide manter-se activo enquanto as circunstâncias o justificarem".
Há dias, antes da jornada da CGTP de 29 de Setembro e do Congresso de 5 de Outubro, lançamos um Apelo para esse necessário e urgente entendimento, e a realidade está a comprovar a sua justeza e uma forte recolha de assinaturas é mais um contributo para se poder concretizar tal objectivo.
Ver, assinar e divulgar em    http://uniraesquerda.info

terça-feira, 2 de outubro de 2012

EMIGRAR COMO SEMPRE

 
Fantasia com barcos. Terminado hoje, 2/10/12
 
Ao ler o Expresso desta semana dei uma olhadela pelo suplemento Emprego do dito semanário, coisa que raramento faço, e fiquei impressionado com os anúncios a pedirem engenheiros, enfermeiros e outro pessoal qualificado para emigrarem.
Quem pedia? Espantem-se!, a Noruega quer 5.000 engenheiros lusos, a Dinamarca engenheiros electrotécnicos; Alemanha, Holanda e Noruega enfermeiros. A Agência Adi jovens cientistas para vários laboratórios lá fora, etc.
Países muito mais desenvolvidos do que nós e que estão sempre no Top Ten mundial, com sistemas de educação avançados, precisam de técnicos pois não os conseguem formar em número suficiente para o ritmo do seu desenvolvimento.
Portugal, país muito mais atrasado, que necessita de se desenvolver anda a formar técnicos com o dinheiro dos contribuintes para os enviar para a emigração. Enquanto isso o governo incapaz e irresponsavel que temos afirma orgulhosamente que temos de empobrecer ainda mais para depois, sobre as ruínas sociais, entrarmos no paraíso.
Ao mesmo tempo centenas de autarcas das rotundas e do betão sobre terras aráveis, dunas, áreas de reserva natural etc, decidem em Santarém, que as populações podem ser taxadas no Turismo, na Ambiente e no Social. É mesmo para emigrar enquanto é tempo.
Um pouco de publicidade, crescem a bom ritmo as assinaturas do Apelo. Ver em:
Agradecemos apoio e divulgação