domingo, 12 de dezembro de 2021


 




Uma Transição casa bem com uma Reflexão

“Não se poderá acreditar, hoje, na sua profecia”, P. Hetzel (1863 ), editor de Júlio Verne.

A. Betâmio de Almeida

18 de Novembro de 2021

O conhecimento do efeito de estufa na atmosfera começa no séc. XIX com várias contribuições. Entre eles, o nobelizado S. Arrhenius apresentou em 1896, no Philosophical Magazine and Journal of Science, a primeira quantificação do CO2 nesse efeito. Ao longo do séc. XX uma plêiade de autores (cientistas e engenheiros) foi apresentando trabalhos e avisos. Surgem as ciências e as engenharias do Ambiente. Em 2021, no séc. XXI, dois cientistas recebem o prémio Nobel nesta área. Dá para reflectir. Neste ano, a COP26 em Glasgow e a transição climática ocupam a comunicação social. Publicam-se críticas e exigências e as ruas enchem-se com protestos.

Cientistas apresentam diagnósticos e antecipam consequências perturbadoras. São exigidas medidas drásticas em poucos anos para evitar o colapso ambiental. A descarbonização e os combustíveis, a sobriedade energética e os edifícios, a justiça climática, a sustentabilidade ambiental e os processos industriais, a mudança na mobilidade e nas mentalidades, a carne e o metano a evitar e a água a faltar para poupar, ou em excesso para evitar. Tudo isto é pouco e parece atrasado. É difícil não estar de acordo. Os adultos parecem estar ultrapassados, mas é compreensível que os adolescentes abracem causas que consideram perfeitas e sejam radicais a pedir soluções. Simplificando assim o problema e olvidando o doloroso.

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A posição pública de muitos especialistas, climatólogos e activistas seniores segue um padrão reivindicativo que coloca totalmente a responsabilidade e a acção nos governos e, por vezes, nos países. Sim, os governos são, de modo formal, responsáveis pelo que ocorre em cada território e pela respectiva população e ainda não existe um governo planetário. Mas, na realidade e neste caso, a situação é mais complexa e ultrapassa fronteiras e as ideias feitas. Os acordos entre os governos dos países serão muito positivos para a causa ambiental, mas o cerne do problema ambiental é um dilema de difícil solução. Numa época de construção de muros, tem havido um muro virtual entre o presente e o passado, entre o que se deseja agora e a natureza humana do processo que se tem vindo a desenvolver há muito tempo ultrapassando os governos.

Na minha opinião, a crise ambiental é um espelho no qual aparecem os responsáveis: “Nós Todos”. Disse António Guterres que “estamos a cavar a nossa sepultura”. Uma metáfora forte, mas incompleta: uns têm uma escavadora potente, mas a maioria tem uma pequena pá de praia. O “Nós” é muito desigual: 1% da população (com mais rendimentos) produz 16% da poluição mundial de acordo com o The Guardian (5/11/21). Algo semelhante ocorre entre países ricos e pobres. Os especialistas afirmam que este processo teve início na Revolução Industrial, mas é raro a análise histórica prosseguir até à época presente, como se o Tempo fosse só Presente e Futuro. Com a Revolução Industrial veio a aplicação intensiva dos conhecimentos científicos e das técnicas na produção para comercialização. Exceptuando alguns períodos de crises severas, a vontade predominante foi a de uma produção sempre crescente e um consumo sempre crescente de recursos naturais e energia. Economistas, engenheiros, empresários e políticos associaram-se cada vez mais numa ideia: crescimento na produção equivale a desenvolvimento, mais valor acrescentado e progresso social (o PIB e outros indicadores têm que aumentar sempre). O muito bom que foi acontecendo na saúde e na qualidade de vida é louvável e não está em causa, mas este processo foi escavando o planeta e o seu clima.

Ao longo de gerações, muitos de “Nós” estiveram directamente envolvidos na formação, concepção, produção, gestão e comercialização de poluentes, nomeadamente na extracção, preparação e transporte de combustíveis. E a maioria na compra e uso de produtos que se apresentaram como os mais convenientes ou necessários e com chancela de qualidade técnica. Serão os governos os mais responsáveis por este processo? Os países mais poluidores são só o resultado da acção dos seus governos ou serão condicionados por outros poderes? Os governos são cada vez mais sensíveis a indicadores da situação económica atendendo ao reflexo desta na vida e desejos das populações ou, então, a uma competição estratégica. Ao mantra “são as empresas que criam a riqueza” deveria juntar-se “e são as empresas a origem da maioria da poluição”. Na verdade, atribuem-se aos governos a posse das alavancas para a transição, mas há milhões de outras alavancas, algumas mais poderosas do que as dos governos democráticos.

Há a conhecida vontade de poder que caracteriza a natureza humana: ambição e desejo de atingir o sucesso por meio da actividade produtiva e comercial, de alguns. A exigência da carreira profissional, de muitos, que pode afastar a reflexão sobre possíveis efeitos ambientais do que se executa. Mas a realidade roda: a experiência pessoal recorda-me a resistência contra as energias renováveis que agora são queridas, a oposição à internalização dos custos ambientais e a defesa por académicos da deslocalização, agora substituída por economia circular, sustentabilidade, autonomia e reindustrialização.

O dilema atrás referido é este: nas democracias os políticos estão entre a vontade de defesa do ambiente, o poder de grupos económicos e a vontade dos eleitores. Eles sabem que a transição em causa pode vir a ser muito dolorosa para as pessoas e suscitar desejos contraditórios insanáveis. A crise da covid-19 foi uma amostra deste comportamento social. Mas em democracia a mudança virtuosa e solidária poderá também vir das pessoas, de “Nós”. Que não seja a destempo.

Os políticos estão entre a vontade de defesa do ambiente, o poder de grupos económicos e a vontade dos eleitores. Eles sabem que a transição pode ser muito dolorosa e suscitar desejos contraditórios. A covid-19 foi uma amostra

 

A COP26 terminou. Assim como os rochedos desviam o curso de água de um rio, as COP poderão ir mudando o sentido das vontades humanas.

Mas não há só uma transição em curso. Para além da transição ambiental e da energia, há também uma transição digital com muito poderosos actores e impulsionada pelos governos europeus e por novas vontades. Se no caso da primeira transição há algumas metas bem definidas, no caso do digital não se vislumbra um horizonte bem definido de objectivos a atingir ou a evitar. Ouve-se uma justificação: a competitividade. Voltamos à natureza humana e ao risco de os vindouros terem de afirmar que não há uma Humanidade B. Ou haverá? Esse é um processo para outra reflexão.

A frase condenatória que escolhi do editor de Júlio Verne é relativa ao romance Paris no séc. XX (escrito e guardado em 1863, mas só publicado em 1994). A frase é da carta de P. Hetzel ao escritor recusando a obra, e exemplifica o receio de se aceitar uma reflexão menos radiosa ou distópica sobre o futuro e a técnica. Sugiro a leitura desta obra.

Professor catedrático (emérito) da Universidade de Lisboa/Instituto Superior Técnico

 





Uma Transição casa bem com uma Reflexão

“Não se poderá acreditar, hoje, na sua profecia”, P. Hetzel (1863 ), editor de Júlio Verne.

A. Betâmio de Almeida

18 de Novembro de 2021

O conhecimento do efeito de estufa na atmosfera começa no séc. XIX com várias contribuições. Entre eles, o nobelizado S. Arrhenius apresentou em 1896, no Philosophical Magazine and Journal of Science, a primeira quantificação do CO2 nesse efeito. Ao longo do séc. XX uma plêiade de autores (cientistas e engenheiros) foi apresentando trabalhos e avisos. Surgem as ciências e as engenharias do Ambiente. Em 2021, no séc. XXI, dois cientistas recebem o prémio Nobel nesta área. Dá para reflectir. Neste ano, a COP26 em Glasgow e a transição climática ocupam a comunicação social. Publicam-se críticas e exigências e as ruas enchem-se com protestos.

Cientistas apresentam diagnósticos e antecipam consequências perturbadoras. São exigidas medidas drásticas em poucos anos para evitar o colapso ambiental. A descarbonização e os combustíveis, a sobriedade energética e os edifícios, a justiça climática, a sustentabilidade ambiental e os processos industriais, a mudança na mobilidade e nas mentalidades, a carne e o metano a evitar e a água a faltar para poupar, ou em excesso para evitar. Tudo isto é pouco e parece atrasado. É difícil não estar de acordo. Os adultos parecem estar ultrapassados, mas é compreensível que os adolescentes abracem causas que consideram perfeitas e sejam radicais a pedir soluções. Simplificando assim o problema e olvidando o doloroso.

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A posição pública de muitos especialistas, climatólogos e activistas seniores segue um padrão reivindicativo que coloca totalmente a responsabilidade e a acção nos governos e, por vezes, nos países. Sim, os governos são, de modo formal, responsáveis pelo que ocorre em cada território e pela respectiva população e ainda não existe um governo planetário. Mas, na realidade e neste caso, a situação é mais complexa e ultrapassa fronteiras e as ideias feitas. Os acordos entre os governos dos países serão muito positivos para a causa ambiental, mas o cerne do problema ambiental é um dilema de difícil solução. Numa época de construção de muros, tem havido um muro virtual entre o presente e o passado, entre o que se deseja agora e a natureza humana do processo que se tem vindo a desenvolver há muito tempo ultrapassando os governos.

Na minha opinião, a crise ambiental é um espelho no qual aparecem os responsáveis: “Nós Todos”. Disse António Guterres que “estamos a cavar a nossa sepultura”. Uma metáfora forte, mas incompleta: uns têm uma escavadora potente, mas a maioria tem uma pequena pá de praia. O “Nós” é muito desigual: 1% da população (com mais rendimentos) produz 16% da poluição mundial de acordo com o The Guardian (5/11/21). Algo semelhante ocorre entre países ricos e pobres. Os especialistas afirmam que este processo teve início na Revolução Industrial, mas é raro a análise histórica prosseguir até à época presente, como se o Tempo fosse só Presente e Futuro. Com a Revolução Industrial veio a aplicação intensiva dos conhecimentos científicos e das técnicas na produção para comercialização. Exceptuando alguns períodos de crises severas, a vontade predominante foi a de uma produção sempre crescente e um consumo sempre crescente de recursos naturais e energia. Economistas, engenheiros, empresários e políticos associaram-se cada vez mais numa ideia: crescimento na produção equivale a desenvolvimento, mais valor acrescentado e progresso social (o PIB e outros indicadores têm que aumentar sempre). O muito bom que foi acontecendo na saúde e na qualidade de vida é louvável e não está em causa, mas este processo foi escavando o planeta e o seu clima.

Ao longo de gerações, muitos de “Nós” estiveram directamente envolvidos na formação, concepção, produção, gestão e comercialização de poluentes, nomeadamente na extracção, preparação e transporte de combustíveis. E a maioria na compra e uso de produtos que se apresentaram como os mais convenientes ou necessários e com chancela de qualidade técnica. Serão os governos os mais responsáveis por este processo? Os países mais poluidores são só o resultado da acção dos seus governos ou serão condicionados por outros poderes? Os governos são cada vez mais sensíveis a indicadores da situação económica atendendo ao reflexo desta na vida e desejos das populações ou, então, a uma competição estratégica. Ao mantra “são as empresas que criam a riqueza” deveria juntar-se “e são as empresas a origem da maioria da poluição”. Na verdade, atribuem-se aos governos a posse das alavancas para a transição, mas há milhões de outras alavancas, algumas mais poderosas do que as dos governos democráticos.

Há a conhecida vontade de poder que caracteriza a natureza humana: ambição e desejo de atingir o sucesso por meio da actividade produtiva e comercial, de alguns. A exigência da carreira profissional, de muitos, que pode afastar a reflexão sobre possíveis efeitos ambientais do que se executa. Mas a realidade roda: a experiência pessoal recorda-me a resistência contra as energias renováveis que agora são queridas, a oposição à internalização dos custos ambientais e a defesa por académicos da deslocalização, agora substituída por economia circular, sustentabilidade, autonomia e reindustrialização.

O dilema atrás referido é este: nas democracias os políticos estão entre a vontade de defesa do ambiente, o poder de grupos económicos e a vontade dos eleitores. Eles sabem que a transição em causa pode vir a ser muito dolorosa para as pessoas e suscitar desejos contraditórios insanáveis. A crise da covid-19 foi uma amostra deste comportamento social. Mas em democracia a mudança virtuosa e solidária poderá também vir das pessoas, de “Nós”. Que não seja a destempo.

Os políticos estão entre a vontade de defesa do ambiente, o poder de grupos económicos e a vontade dos eleitores. Eles sabem que a transição pode ser muito dolorosa e suscitar desejos contraditórios. A covid-19 foi uma amostra

 A COP26 terminou. Assim como os rochedos desviam o curso de água de um rio, as COP poderão ir mudando o sentido das vontades humanas.

Mas não há só uma transição em curso. Para além da transição ambiental e da energia, há também uma transição digital com muito poderosos actores e impulsionada pelos governos europeus e por novas vontades. Se no caso da primeira transição há algumas metas bem definidas, no caso do digital não se vislumbra um horizonte bem definido de objectivos a atingir ou a evitar. Ouve-se uma justificação: a competitividade. Voltamos à natureza humana e ao risco de os vindouros terem de afirmar que não há uma Humanidade B. Ou haverá? Esse é um processo para outra reflexão.

A frase condenatória que escolhi do editor de Júlio Verne é relativa ao romance Paris no séc. XX (escrito e guardado em 1863, mas só publicado em 1994). A frase é da carta de P. Hetzel ao escritor recusando a obra, e exemplifica o receio de se aceitar uma reflexão menos radiosa ou distópica sobre o futuro e a técnica. Sugiro a leitura desta obra.

Professor catedrático (emérito) da Universidade de Lisboa/Instituto Superior Técnico



 Quando a China ainda era uma colónia que as "potências" dividiam a seu belo prazer.

Hoje, passados mais de 70 anos sobre a data da verdadeira independência da China, uma cultura com milénios, um país sem história de invasões de outros povos, antes pelo contrário foi invadida por vários e foi obrigada a construir uma muralha para defender o seu território.

A muralha começou a ser construída há 2.700 anos e tem 21.000 kms de extensão.

Sobre a China muito se fala, sempre negativamente, mas em 72 anos centenas de milhões saíram da miséria e a China é hoje um país desenvolvido e próspero. 

Anexamos um documento chinês sobre os EUA. Um documento diferente ao que estamos habituados, são os chineses a comentar os EUA.



China divulga relatório sobre democracia dos EUA

Por Hu Zexi | Aplicato People's Daily

11:12, 05 de dezembro de 2021

Washington (Diário do Povo) - O Ministério das Relações Exteriores chinês emitiu um relatório sobre a democracia dos EUA, através da lista de fatos, números e opiniões de organizações e especialistas relevantes, penteando as desvantagens do sistema democrático dos EUA, analisando o caos das práticas democráticas americanas e os malefícios da exportação da democracia.

Aqui está o texto completo:

O Estado da Democracia nos Estados Unidos

2021-12-05 10:00

Conteúdo

 

Preâmbulo

 

I. O que é democracia?

 

II. A alienação e três males da democracia nos EUA

1. O sistema repleto de problemas profundos

(1) A democracia ao estilo americano tornou-se "um jogo de política monetária"

(2) "Uma pessoa por voto" no nome, "regra da elite minoritária" na realidade

(3) Os cheques e saldos resultaram em uma "vetocracia"

(4) As regras eleitorais defeituosas prejudicam a equidade e a justiça

(5) Democracia disfuncional desencadeia crise de confiança

 

2. Práticas confusas e caóticas da democracia

(1) O motim do Capitólio que choca o mundo

(2) Racismo entrincheirado

(3) Manipulação trágica da pandemia COVID-19

(4) Ampliação da diferença de riqueza

(5) "Liberdade de expressão" apenas no nome

 

3. Consequências desastrosas da exportação dos EUA de sua marca de democracia

(1) As "revoluções coloridas" minam a estabilidade regional e nacional

(2) A imposição dos EUA de sua marca de democracia causa tragédias humanitárias

(3) O abuso de sanções viola as regras internacionais

(4) O "farol da democracia" atrai críticas globais

 

Conclusão

Preâmbulo

 

A democracia é um valor comum compartilhado por toda a humanidade. É um direito de todas as nações, não uma prerrogativa reservada a poucos. A democracia toma formas diferentes, e não há um modelo de tamanho único. Seria totalmente antidemocrático medir os diversos sistemas políticos do mundo com um único parâmetro ou examinar diferentes civilizações políticas de uma única perspectiva. O sistema político de um país deve ser decidido independentemente pelo seu próprio povo.

O sistema democrático dos Estados Unidos é derivado de suas próprias práticas. Este sistema é único, não universalmente aplicável, e está longe de ser perfeito. No entanto, ao longo dos anos, os EUA, apesar das falhas estruturais e da prática problemática de seu sistema democrático, reivindicaram-se como o "modelo de democracia". Interferiu incessantemente nos assuntos internos de outros países e travou guerras sob o pretexto de "democracia", criando turbulências regionais e desastres humanitários.

Com base em fatos e opiniões de especialistas, este relatório tem como objetivo expor as deficiências e o abuso da democracia nos EUA, bem como o dano de sua exportação dessa democracia. Espera-se que os EUA melhorem seu próprio sistema e práticas de democracia e mudem sua maneira de interagir com outros países. Isto é do interesse não só do povo americano, mas também do povo de outros países. Se nenhum país busca ditar padrões para a democracia, impor seu próprio sistema político aos outros ou usar a democracia como ferramenta para suprimir os outros, e quando todos os países puderem viver e prosperar em diversidade, nosso mundo será um lugar melhor.

 

I. O que é democracia?

 

Democracia é um termo que deriva da língua grega antiga. Significa "governar pelo povo" ou "soberania do povo". Como forma de governo, a democracia tem sido praticada por mais de 2.500 anos, embora de diferentes formas, como a democracia direta dos antigos cidadãos atenienses e o governo representativo nos tempos modernos. A democracia é uma manifestação do avanço político da humanidade.

A democracia não é um adorno ou um golpe publicitário; em vez disso, é para ser usado para resolver problemas enfrentados pelo povo. Para julgar se um país é democrático, é importante ver se seu povo dirige seu próprio país. Além dos direitos de voto, é importante ver se as pessoas têm o direito à ampla participação. É importante ver quais promessas são feitas em uma campanha eleitoral e, mais importante, quantas dessas promessas são honradas depois. É importante ver quais procedimentos e regras políticas são instituídos pelos sistemas e leis de um país e, mais importante, se esses sistemas e leis são verdadeiramente executados. É importante ver se as regras e procedimentos que regem o exercício do poder são democráticos e, mais importante, se o poder é realmente colocado sob a supervisão e verificação do povo.

Uma democracia funcional deve ter um conjunto completo de procedimentos institucionais; mais importante, ele deve ter total participação do povo. Deve garantir a democracia em termos de processo e resultados. Deve abranger tanto a democracia processual quanto a substantiva, tanto a democracia direta quanto a indireta. Deve garantir a democracia das duas pessoas e a vontade do Estado. Se o povo de um país é chamado apenas para votar e, em seguida, são esquecidos uma vez que eles têm votado; se o povo só ouvir promessas de alto som durante uma campanha eleitoral, mas não tem nada a dizer depois; ou se eles são cortejados quando seus votos são desejados, mas são ignorados uma vez que a eleição acabou, então tal democracia não é uma verdadeira democracia.

Se um país é democrático deve ser julgado e determinado por seu próprio povo, não por uma minoria de forasteiros hipócritas.

Não existe um sistema perfeito de democracia no mundo, nem existe um sistema político que se encaixe em todos os países. A democracia é estabelecida e desenvolvida com base na própria história de um país e adaptada ao seu contexto nacional, e a democracia de cada país tem seu valor único. Os membros da comunidade internacional devem se envolver em intercâmbios e diálogos sobre a democracia com base na igualdade e no respeito mútuo, e trabalhar juntos para contribuir para o progresso da humanidade.

 

II. A alienação e três males da democracia nos EUA

 

Do ponto de vista histórico, o desenvolvimento da democracia nos EUA foi um avanço. O sistema político-partidário, o sistema representativo, uma pessoa um voto, e a separação de poderes negaram e reformaram a autocracia feudal na Europa. O conhecido escritor francês Alexis de Tocqueville reconheceu isso em seu livro Democracia na América. A Declaração de Independência, a Declaração de Direitos, o Movimento Abolicionista, o Movimento dos Direitos Civis e a Ação Afirmativa foram destaques no avanço da democracia americana. O princípio do "governo do povo, do povo e do povo" articulado por Abraham Lincoln é reconhecido mundialmente.

No entanto, ao longo dos anos, a democracia nos EUA tornou-se alienada e degenerada, e tem se desviado cada vez mais da essência da democracia e de seu projeto original. Problemas como política monetária, política identitária, disputa entre partidos políticos, polarização política, divisão social, tensão racial e lacuna de riqueza tornaram-se mais agudos. Tudo isso enfraqueceu o funcionamento da democracia nos EUA.

Os EUA têm usado muitas vezes a democracia como pretexto para se intrometer nos assuntos internos de outros países, causando caos político e agitação social nesses países, e minando a paz mundial e a estabilidade e a tranquilidade social em outros países. Isso faz com que muitas pessoas nos EUA e em outros países se perguntem se os EUA ainda são uma democracia. O mundo precisa olhar mais de perto para o estado atual da democracia nos EUA, e os próprios EUA também devem realizar algumas buscas na alma.

1. O sistema repleto de problemas profundos

 

Os EUA se autodenominam "cidade sobre uma colina" e um "farol da democracia"; e afirma que seu sistema político foi projetado para defender a democracia e a liberdade no momento de sua fundação. No entanto, a visão da democracia perdeu seu brilho nos EUA hoje. A auto-denominada democracia americana está agora gravemente doente com política monetária, governo de elite, polarização política e um sistema disfuncional.

 

(1) A democracia ao estilo americano tornou-se "um jogo de política monetária"

A democracia ao estilo americano é um jogo de homens ricos baseado no capital, e é fundamentalmente diferente da democracia do povo.

Há mais de cem anos, o senador republicano de Ohio Mark Hanna disse sobre a política americana: "Há duas coisas que são importantes na política. O primeiro é o dinheiro, e eu não consigo me lembrar do segundo. Mais de cem anos se passaram, e o dinheiro não só permaneceu "a moeda" na política dos EUA, mas também se tornou ainda mais indispensável. Por exemplo, as eleições presidenciais de 2020 e do Congresso custaram cerca de US$ 14 bilhões, duas vezes o de 2016 e três vezes o de 2008; na verdade, eles são conhecidos como as eleições mais caras da história americana. O custo da eleição presidencial atingiu outro recorde de US$ 6,6 bilhões, e as eleições no Congresso custaram mais de US$ 7 bilhões.

O fato que o povo americano tem que enfrentar é que a política monetária penetrou em todo o processo eleitoral, legislação e administração. As pessoas, na verdade, só têm um direito restrito à participação política. A desigualdade no status econômico tornou-se desigualdade no status político. Somente pessoas com capital suficiente podem usufruir de seus direitos democráticos previstos na Constituição. A política monetária tornou-se cada vez mais um "tumor irremovível" na sociedade americana e um escárnio da democracia nos EUA.

Um senador dos EUA teve uma observação acentuada: "O Congresso não regula Wall Street. Wall Street regula o Congresso." De acordo com as estatísticas, os vencedores de 91% das eleições para o Congresso dos EUA são os candidatos com maior apoio financeiro. Grandes empresas, um pequeno grupo de pessoas ricas e grupos de interesse são generosos com seu apoio e se tornaram a principal fonte de financiamento eleitoral. E esses chamados representantes do povo, uma vez eleitos, muitas vezes servem aos interesses de seus apoiadores financeiros. Eles falam por interesses investidos em vez de pessoas comuns.

Em março de 2020, Robert Reich, professor de Políticas Públicas da Universidade da Califórnia, Berkeley e ex-secretário do Trabalho, publicou um livro intitulado The System, Who Rigged It, How We Fix It. Segundo ele, o sistema político americano foi sequestrado por uma pequena minoria nas últimas quatro décadas. As doações políticas são quase vistas como "suborno legítimo". Eles permitem que os ricos tenham mais influência política. Durante as eleições de meio de mandato de 2018, as enormes doações políticas, em sua maioria provenientes dos 0,01% ultra-ricos da população americana, representaram mais de 40% do financiamento de campanha. A política monetária e grupos de lobby estão restringindo os canais para os americanos comuns falarem, cujas vozes expressando preocupações genuínas são ofuscadas por um punhado de grupos de interesse. Os oligarcas enriqueceriam-se com o poder que têm enquanto ignoram totalmente os interesses dos americanos comuns.

Em 23 de setembro de 2020, em entrevista ao Harvard Law Today, o professor da Harvard Law School Matthew Stephenson disse que os EUA não são de forma alguma o líder mundial em governo limpo, e certas práticas relacionadas ao lobby e financiamento de campanhas que outros países considerariam corruptas não só são permitidas, mas protegidas constitucionalmente nos EUA.

 

(2) "Uma pessoa por voto" no nome, "regra da elite minoritária" na realidade

Os EUA são um país típico dominado por uma classe de elite. O pluralismo político é apenas uma fachada. Um pequeno número de elites dominam os assuntos políticos, econômicos e militares. Eles controlam o aparato estatal e o processo de formulação de políticas, manipulam a opinião pública, dominam a comunidade empresarial e desfrutam de todos os tipos de privilégios. Desde a década de 1960, em particular, os democratas e republicanos têm se revezado para exercer o poder, tornando o "sistema multipartidário" morto em todos, menos no nome. Para os eleitores comuns, votar em um terceiro ou candidato independente nada mais é do que desperdiçar a cédula. Na verdade, eles só podem escolher o candidato democrata ou o republicano.

No contexto da rivalidade democrata-republicana, a participação do público em geral na política é restrita a um escopo muito estreito. Para os eleitores comuns, eles só são chamados a votar e são esquecidos uma vez que eles votaram. A maioria das pessoas são apenas "walk-ons" no teatro da eleição. Isso torna o "governo pelo povo" pouco possível na prática política dos EUA.

Noam Chomsky, comentarista político e ativista social do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ressalta que os EUA são uma "democracia capitalista realmente existente", onde há uma correlação positiva entre a riqueza das pessoas e sua influência na formulação de políticas. Para os 70% mais baixos na escala riqueza/renda, eles não têm qualquer influência na política. Eles são efetivamente desprivilegiados.

Ray La Raja, professor da Universidade de Massachusetts, observa em um artigo para o The Atlantic que o sistema atual da América é democrático apenas na forma, não em substância. O processo de nomeação é vulnerável à manipulação por plutocratas, celebridades, figuras da mídia e ativistas. Muitos eleitores presidenciais das primárias equivocadamente apoiam candidatos que não refletem suas opiniões.

 

(3) Os cheques e saldos resultaram em uma "vetocracia"

O cientista político americano Francis Fukuyama aponta em seu livro Ordem Política e Decadência Política que há uma paralisia política entrincheirada nos EUA. O sistema político dos EUA tem muitos controles e equilíbrios, elevando o custo da ação coletiva e, em alguns casos, tornando-o completamente impossível. Fukuyama chama o sistema de "vetocracia". Desde a década de 1980, a "vetocracia" dos EUA tornou-se uma fórmula para o impasse.

O processo democrático dos EUA é fragmentado e demorado, com muitos pontos de veto onde os jogadores de veto individuais podem bloquear a ação de todo o órgão. A função de "controles e equilíbrios", que supostamente foi projetada para evitar abuso de poder, foi distorcida na prática política americana. A polarização política continua a crescer à medida que os dois partidos se afastam ainda mais na agenda política e suas áreas de consenso diminuíram significativamente. Um caso extremo é o fato de que "o republicano mais liberal agora permanece significativamente à direita do democrata mais conservador". O antagonismo e a inibição mútua tornaram-se comuns, a "vetocracia" definiu a cultura política americana, e uma mentalidade vingativa de "se eu não posso, você também não pode" tem crescido predominantemente.

Políticos em Washington, D.C. estão preocupados em garantir seus próprios interesses partidários e não se importam em nada com o desenvolvimento nacional. O veto faz com que se identifique mais fortemente com seus pares no mesmo campo, que, por sua vez, podem dar-lhes um apoio maior e mais rápido. Consequentemente, os dois partidos são pegos em um círculo vicioso, viciado em vetar. Pior ainda, a eficácia do governo é inevitavelmente enfraquecida, a lei e a justiça pisoteadas, o desenvolvimento e o progresso pararam, e a divisão social se ampliou. Nos EUA hoje, as pessoas estão cada vez mais se identificando como republicanos ou democratas em vez de como americanos. Os impactos negativos da política identitária e da política tribal também repercutiram em outros setores da sociedade americana, exacerbando ainda mais a "vetocracia".

De acordo com um relatório do Pew Research Center em outubro de 2021 com base em uma pesquisa com base em uma pesquisa com 17 economias avançadas (incluindo os EUA, a Alemanha e a República da Coreia), os EUA estão mais divididos politicamente do que as outras economias pesquisadas. Nove em cada dez entrevistados dos EUA acreditam que há conflitos entre pessoas que apoiam diferentes partidos políticos, e quase 60% dos americanos entrevistados acham que seus concidadãos não discordam mais simplesmente sobre políticas, mas também sobre fatos básicos.

Jungkun Seo, professor de Ciência Política da Universidade Kyung Hee, observa que, à medida que a polarização política se intensifica nos EUA, o processo de autolimpeamento da democracia americana, que visa conduzir a reforma através das eleições, não será mais capaz de funcionar corretamente. Com o Senado preso em uma obstrução, o Congresso dos EUA não serve mais como um órgão representativo para lidar com mudanças na sociedade americana através da legislação.

 

(4) As regras eleitorais defeituosas prejudicam a equidade e a justiça

A eleição presidencial dos EUA segue o sistema do Colégio Eleitoral, onde o presidente e o vice-presidente não são eleitos diretamente pelo voto popular, mas pelo Colégio Eleitoral composto por 538 eleitores. O candidato que conseguir a maioria de 270 ou mais votos eleitorais vence a eleição.

As falhas de tal sistema eleitoral são evidentes. Primeiro, como o presidente eleito pode não ser o vencedor do voto popular nacional, há uma falta de uma representação mais ampla. Segundo, à medida que cada estado decide suas próprias regras eleitorais, isso pode criar confusão e desordem. Em terceiro lugar, o sistema vencedor-leva-tudo exacerba a desigualdade entre estados e entre partidos políticos. Isso leva a um enorme desperdício de votos e desencoraja a participação dos eleitores. Os eleitores em estados "azul profundo" e "vermelho profundo" são muitas vezes negligenciados, enquanto os estados de balanço se tornam desproporcionalmente mais importantes onde ambos os partidos procuram conquistar mais apoiadores.

Houve cinco eleições presidenciais na história dos EUA em que os vencedores do voto popular nacional não foram eleitos presidente. O caso mais recente foi a eleição presidencial de 2016, na qual o candidato republicano Donald Trump conquistou 62,98 milhões de votos populares ou 45,9% do total, enquanto a candidata democrata Hillary Clinton ganhou 65,85 milhões ou 48% dos votos populares. Embora Trump tenha perdido o voto popular, ele ganhou 304 votos eleitorais, enquanto Clinton garantiu apenas 227, o que deu a Trump sua presidência.

Outra falha do sistema eleitoral amplamente reconhecida pelo público dos EUA é a gerrymandering. Em 1812, o governador de Massachusetts Elbridge Gerry assinou uma lei no interesse de seu próprio partido, criando em seu estado um distrito eleitoral de forma estranha que foi comparado a uma salamandra. Tal prática foi mais tarde chamada gerrymandering, que se refere a uma divisão injusta dos distritos eleitorais em favor de um determinado partido para ganhar o maior número de assentos possível e consolidar sua vantagem.

Os EUA realizam um censo a cada dez anos. Após a conclusão do censo, o redistritamento ou o redesenho das fronteiras distritais eleitorais ocorrerão sob o princípio de manter população aproximadamente igual em cada distrito eleitoral, considerando mudanças demográficas. De acordo com a Constituição dos EUA, cada legislatura estadual tem o poder de redistrar. Isso abre espaço para o partido majoritário nas legislaturas estaduais manipular o redesenho dos distritos eleitorais. Duas táticas principais são frequentemente usadas em gerrymandering. Uma delas é a "embalagem", ou seja, concentrar os eleitores do partido de oposição em alguns distritos, abrindo mão desses distritos para garantir os outros. O outro é "rachar", ou seja, dividir áreas onde os partidários do partido de oposição estão concentrados e incorporá-los em distritos vizinhos, diluindo assim os votos para o partido de oposição.

Em 27 de setembro de 2021, o estado de Oregon, governado pelos democratas, tornou-se o primeiro do país a completar o redistritamento. Distritos eleitorais firmemente nas mãos do Partido Democrata aumentaram de dois para quatro, e distritos de balanço reduzidos de dois para um. Isso significa que o Partido Democrata pode controlar 83% dos distritos congressionais do estado com 57% dos eleitores. Pelo contrário, o estado controlado pelos republicanos do Texas, com novas fronteiras distritais eleitorais determinadas em 25 de outubro de 2021, viu distritos detidos por republicanos crescerem de 22 para 24 e distritos de balanço encolherem de seis para um. O Partido Republicano ocupa agora 65% dos assentos da Câmara dos Deputados, com apenas 52,1% dos eleitores.

De acordo com uma pesquisa do YouGov em agosto de 2021, apenas 16% dos cidadãos adultos dos EUA dizem que acham que os mapas do Congresso de seus estados seriam desenhados de forma justa, enquanto 44% dizem que acham que os mapas seriam desenhados injustamente e outros 40% dos adultos dizem não ter certeza se os mapas serão justos. À medida que a política dos EUA se torna mais polarizada, tanto os partidos republicanos quanto os democratas estão buscando maximizar seus próprios interesses, e gerrymandering se torna a melhor abordagem.

O sistema de superdelegado do Partido Democrata também é um impedimento para uma eleição justa. Os superdelegados incluem grandes líderes democratas, membros do Comitê Nacional Democrata, membros democratas do Congresso e governadores democratas em exercício, e estão sentados automaticamente. Os superdelegados podem apoiar qualquer candidato que escolherem ou seguirem a vontade da liderança do Partido sem dar qualquer consideração aos desejos do público em geral.

O falecido analista político Mark Plotkin escreveu no The Hill que o "sistema de superdelegados dos democratas é injusto e antidemocrático", e "o processo de eliminação desse exercício elitista deve começar imediatamente".

 

(5) Democracia disfuncional desencadeia crise de confiança

A democracia ao estilo americano é mais como uma cena meticulosamente montada em filmes de Hollywood onde um bando de personagens bem-salto publicamente prometem compromisso com as pessoas, mas na verdade se ocupam com acordos de bastidores. Brigas políticas, política monetária e vetos tornam praticamente impossível que a governança de qualidade seja entregue conforme desejado pelo público em geral. Os americanos estão cada vez mais desiludidos com a política dos EUA e pessimistas com a democracia ao estilo americano.

Uma pesquisa da Gallup em outubro de 2020 mostra que apenas 19% dos americanos entrevistados estão "muito confiantes" sobre a eleição presidencial, um recorde baixo desde que a pesquisa foi realizada pela primeira vez em 2004.

Em novembro de 2020, um relatório online do Wall Street Journal argumenta que as eleições gerais de 2020 podem ser vistas como o culminar de um declínio de duas décadas na fé na democracia nos EUA.

De acordo com uma pesquisa do Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, apenas 16% dos americanos dizem que a democracia está funcionando bem ou extremamente bem; 45% acham que a democracia não está funcionando corretamente, enquanto outros 38% dizem que está funcionando apenas um pouco bem. Uma pesquisa do Pew Research Center descobriu que apenas 20% dos americanos dizem confiar no governo federal quase sempre ou na maioria das vezes.

Um artigo online da Brookings em maio de 2021 indica que a certificação dos resultados das eleições de 2020 por todos os 50 estados ainda deixa 77% dos eleitores republicanos questionando a legitimidade da vitória eleitoral do presidente Biden devido a alegações de fraude eleitoral. É a primeira vez que essas coisas acontecem desde a década de 1930.

Uma pesquisa da CNN em setembro revela que 56% dos americanos acham que a democracia nos EUA está sob ataque; 52% respondem que estão apenas um pouco ou nada confiantes de que as eleições refletem a vontade do povo; 51% dizem que é provável que os funcionários eleitos nos próximos anos derrubem os resultados de uma eleição que seu partido não ganhou.

Uma pesquisa do Pew de 2021 realizada entre 16.000 adultos em 16 economias avançadas e 2.500 adultos nos EUA mostra que 57% dos entrevistados internacionais e 72% dos americanos acreditam que a democracia nos EUA não tem sido um bom exemplo para outros seguirem nos últimos anos.

 

2.Messy and chaotic practices of democracy

 

society for too long, and spurred a deluge of protests rippling throughout the country and even the whole world. systemic racism that exists in American democracy. The death of Black American George Floyd has laid bare the gorgeous appearance of the American-style completely revealed what is underneath the democracy, still less a role model for democracy. The gunshots and farce on Capitol Hill have is not a straight A student when it comes to general structure, but also in the way it is put into practice. The US and design not only in its system democracy in the US has gone wrong is reflected That

to the fullest. public well-being uphold public order and ethics, nor advance can hardly democracy a long period of time. The American-style for ordinary people are distributed unfairly, and income growth has stalled for most social division and confrontation. Dividends of economic growth triggered further in the US, the issue of mask-wearing and vaccination has While the COVID-19 pandemic remains out of control

 

(1) The Capitol riot that shocks the world

the US is not nearly as unique as many Americans believe, and that the Capitol riot should put an end to the notion of American exceptionalism, of an eternal shining city on a hill. exclaims that the US Council on Foreign Relations (CFR) the first time in more than 200 years that the Capitol was invaded. Senate Republican leader described it as a “failed insurrection”. A scholar from is in Washington, D.C. since 1814 when the British troops set fire to the White House, and it the newly-elected president. The incident interrupted the transfer of US presidential power, leaving five dead and over 140 injured. It is the worst act of violence certifying the joint session of the Congress from gathered on Capitol Hill, Washington, D.C. and stormed the Capitol building in a bid to stop On the afternoon of 6 January 2021, thousands of Americans

democracy. the American-style has undermined the three major bedrocks of The assault on the Capitol

their supporters’ subsequent violent storming of the Capitol building have severely undercut the credibility of democracy in the US. to recognize the election results and as it claims. The refusal of some US politicians First, “democracy” in the US is not democratic

in the US. bust the myths of “freedom of speech” personal accounts of some US politicians, a de facto announcement of their “death on social media”. This has suspended the Twitter, Facebook and other social media platforms is not free as it claims. Second, “freedom” in the US

and the Capitol riot are yet another reminder of the double standards in the US “rule of law”. (BLM) protests taken by US law enforcement agencies toward the “Black Lives Matter” bound by the law as it claims. The totally different attitudes in the US is not Third, the “rule of law”

at the US. the violence, many people also expressed disappointment the international community. While deploring The assault on the Capitol sent shock waves throughout

 Prime Minister Boris Johnson tweeted that what happened in the US Capitol were “disgraceful scenes”. British

 — is undermined.” that of ‘one person, one vote’ — French President Emmanuel Macron said that “in one of the world’s oldest democracies ... a universal idea

of democracy in the US. that it “shook the foundations” South African President Cyril Ramaphosa commented

 Former Indonesian President Susilo Bambang Yudhoyono tweeted that the political farce in the US offers much food for thought, and that there is no perfect democracy, especially when it comes to its practices.

 

(2) Entrenched racism

of 1789. Today, although racial segregation has been ostensibly abolished in the US, white supremacy is still rife and rampant across the country. Discrimination against Black Americans and other racial minorities remains a systemic phenomenon. on democracy in the US. While advocating “all men are created equal”, the founding fathers of the US left the institution of slavery untouched in the Constitution Racism is an indelible blot

sparked public outrage. Afterwards, protests and demonstrations erupted in about 100 cities across the 50 states of America, demanding justice for Floyd and protesting against racial discrimination. The demonstrations continued more than 100 days after the incident. — Floyd’s desperate plea for life before his death — American, lost his life in Minnesota because of law enforcement violence by the police. “I can’t breathe” American society has experienced relapses of its malaise of racial discrimination from time to time. On 25 May 2020, George Floyd, a Black

The Indian Express, a mainstream newspaper of India, American racism has endured, subverting the country’s deepest democratic institutions in the process. According to an editorial of America is in “a racism pandemic”. The dream of civil rights leader Martin Luther King, Jr. remains unrealized. says that the American Psychological Association, What happened to George Floyd is merely an epitome of the tragic plight of Black Americans over the past centuries. Sandra Shullman, Past President of

that in education, youth of color are more likely to be closely watched; in the criminal justice system, people of color, particularly Black men, are disproportionately targeted; and in the economy and employmen suggests an article examining systemic racism in the US. The article carried In February 2021, Stanford News, a website of Stanford University,that African Americans are 3.5 times more likely to be killed by police violence than white Americans. that around 30,800 people died from police violence between 1980 and 2018 in the US, which is about 17,100 higher than the official figure. It also indicates Americans and other minority groups are discriminated against in the workplace and economy-at-large. A study by the University of Washington finds t, from who moves forward in the hiring process to who receives funding from venture capitalists, Black

that American Jews are concerned about right-wing antisemitism and violence driven by white supremacist groups. According to annual surveys conducted by the American Jewish Committee, in 2020, 43% US Jews feel less secure than a year ago, and in 2017, 41% say antisemitism is a serious problem in the US, up from 21% in 2016, 21% in 2015, and 14% in 2013. of Israel notes The anger erupting across America is not just Black anger, but across racial lines. An article published on the website of The Jerusalem Post

that in the past year, a quarter of young Asian Americans became targets of racial bullying, nearly half of the respondents expressed pessimism about their situation, and a quarter of the respondents expressed fear about the situation of themselves and their families. website shows (NBC) the National Broadcasting Company on A survey of young Asian Americans in 2020. From March 2020 to June 2021, the organization Stop Asian Americans and Pacific Islanders Hate received over 9,000 incident reports. in the US that hate crimes against people of Asian descent rose by 76% cases of Asian Americans humiliated or attacked in public places. Statistics from the US Federal Bureau of Investigation indicate is increasing in the US. Since the outbreak of COVID-19, there have been growing Americans of Asian descent The bullying of

 

Tragic mishandling of the COVID-19 pandemic (3)

of infections and deaths. has the world’s highest numbers It a total mess when it comes to COVID response. has been as it claims, the US health and medical resources in the world With the best

in the world. both the highest 770,000, million, and the number of deaths had surpassed cases in the US had exceeded 48 November 2021, confirmed COVID-19 Johns Hopkins University, as of the end of According to figures released by

terrorist attacks. 9/11 death toll of the the alone, 4,170 Americans died of COVID-19, far exceeding COVID-19 outbreak in the US. On 13 January the were reported, a record single-day increase since On 8 January this year, 300,777 new confirmed cases

to over 700. 70,000, and daily death toll to over cases in the US had climbed average daily increase of confirmed At the end of November, the

combined deaths in World War I, World War II, the Korean War, the Vietnam War, the Iraq War and the war in Afghanistan. the 1919 Influenza Pandemic, and its surpassed its total death toll from in the US have deaths COVID-19 One in every 500 Americans have died of COVID-19. Up to now,

“slaughter”. a had taken a science-based response, a lot more lives could have been saved. The pandemic, as epidemiologist and former head of the US Centers for Disease Control and Prevention William Foege put it, is If the US

anxiety and sense of powerlessness has been exacerbated by growing factors of social instability. economy. The rate and scale of business shutdown and unemployment in the country are beyond imagination, leaving a large number of Americans jobless. People’s The pandemic has taken a heavy toll on the US

The COVID Hardship Watch released by the US Center on Budget and Policy Priorities on 29 July 2021 suggests that while there have been improvements over the situation in December 2020, hardship is widespread for Americans in the first half of 2021. Some 20 million adults live in households that have not got enough to eat, 11.40 million adult renters are behind on rent, facing the risk of being evicted.

the US Census Bureau, by 5 July 2021, at least one member in 22% of all households with underage dependents had lost their source of income. As indicated in the statistics released by

5% for six consecutive months, and a record high since 2008. three rounds of massive economic stimulus plans, among other factors, has caused port congestion and supply shortages, pushing inflation higher. In October of this year, US CPI surged by 6.2% from a year earlier, marking a year-on-year rise of no less than US consumer confidence has dropped substantially, and progress in job market recovery has stalled. Institutions such as Goldman Sachs, Morgan Stanley and Oxford Economics have significantly revised down growth forecasts for the US economy. At the same time, the pandemic, coupled with

anti-intellectualism. trend of parties and among the people. There appears a growing the pandemic response measures have been severely politicized. The choices with regard to vaccination and mask-wearing have become a bone of contention between galvanize a concerted response to the pandemic, and are mired in infighting instead. As a result, pandemic response, and focused on shifting blames on others. The federal and state governments have failed to interests over national interests, politicized partisan and rely on science. For the sake of elections, some politicians have prioritized but the refusal to trust is not a dearth of science, in the US The root cause of the continued spread of the coronavirus

A report by the French newspaper Le Mondein the US. The extremely expensive health system, reserved for the rich and leaving the poorest without social security, has made this country, yet one of the most developed in the world, fall behind due to social injustice. This is a typical case of a democratic drift that makes it impossible to effectively manage a crisis. that the COVID-19 crisis has highlighted the fragility of democracy observes 

the COVID-19 pandemic has disproportionately impacted communities of color and has highlighted the health disparities between Black Americans, whites and other demographic groups. that, in the area of public health, Stanford News notes

 

(4) Widening wealth gap

 harsh reality in the US is the rich is becoming richer, and the poor poorer.  The only increased 5.37%. median wealth 19-fold between 1990 and 2021, while over this same period, US think tank, the combined wealth of US billionaires soared Institute for Policy Studies, a US the of highest in 50 years. As revealed by reports increased to 0.48 in 2021, almost the terms of wealth distribution. Its Gini coefficient has in country than any other Western polarized is more The US

According to Fed’s October 2021 statistics, the middle 60% of US households by income, defined as the “middle class”, saw their combined assets drop to 26.6% of national wealth as of June this year, the lowest in three decades, while the first 1% had a 27% share, surpassing the “middle class”.

and the ultra-wealthy top 0.1% are 196 times of the bottom 90%. than the bottom 90%; 1% are about 40 times more wealthiest top 10% rich earn over nine times as much as the bottom 90%; the A report by UC Berkeley economist Emmanuel Saez shows that in terms of average annual income, America’s

in response to COVID-19 has, while pushing up stock markets, further widened the gap between the rich and the poor. The wealth of US billionaires has grown US$1.763 trillion, or 59.8%, over the 16 months since the COVID outbreak in the US. The wealthiest 10% now own 89% of all US stocks, registering a new historic high. The stimulus policy that the US has introduced

capital first and the rich first. wealth gap. Yet, nothing has changed. Those governing the US choose to do nothing about the growing wealth inequality. And the pandemic has further exposed a rule in American society — widening movement, to the recent “Harambe stares down Wall Street’s Charging Bull”, the American people have never stopped condemning the is inherent to its own political system and the interests of the capital that its government represents. From the “Occupy Wall Street” The wealth polarization in the US

 

(5) “Freedom of speech” in name only

and party politics. are actually serving financial interests independent from politics and serve freedom and truth, they to be “uncrowned kings”. Though US media organizations claim juxtaposed with the executive, the legislative and the judiciary as the “fourth branch of government” and journalists are considered is In the US, the media

political force with outsize influence. a into morphed and have media maintain control of the US news few media conglomerates A

Under the Telecommunications Act of 1996enabled a few companies to expand into monopolies. reduction in the number of media outlets has a crippling erosion of the diversity and independence of the US media. The drastic and an unprecedented wave of mergers outlets. This has led to to relax regulation over the ownership of media , the federal government is required

them an annual profit even higher than the gross domestic product (GDP) of some developing countries. in control of over 90% of media outlets, netting now In the US, a few media conglomerates are

 into American politics, attempting to sway political processes through lobbying, public relations campaign or political donations.  their reach business footprints, have extended These media behemoths, while eager to make more

of civil and political rights. become “invisible killers” have monopolies media US The

in his book professor at the University of Illinois at Urbana-Champaign, notes the studies of political economy of communications and in Robert McChesney, a leading US scholar Rich Media, Poor DemocracyIn an American society dominated by media narratives, traditional notions of ci and muting their voice in the decision-making of social policies. wrong, distinguish between right and diminishing their ability to programs, depriving their access to diversified information, distracting their interest in public affairs, that media companies, profit-driven by nature, confine people to the world of entertainment vic and political involvement have shriveled. Depoliticization has turned democracy into a political game without citizens.

A report in Miami’s New Herald    political propaganda. and elite and conglomerates, people are not able to distinguish between facts the the media is controlled by as that argues 

populism in the US. and in the US, pushing the political Left further left and the Right further right. And it has fueled the spread of extremist ideologies political polarization It has aggravated parties and between the elite and the mass public. two entrenched the estrangement and division between the has further and Right in the US media between the Left political wrangling a “gatekeeper” of democracy. The is no longer The US media

reports by mainstream media outlets, such as Sejong Institute, a think tank in the Republic of Korea, over 80% of conservative voters in the US see news According to a study by New York Timesdiscussions and consensus-building have been replaced by megaphone politics and negative partisan strife. level. Levelheaded outlets and would ignore communications at the national in only a few media Voters believe as false information and have a biased trust in media. ,

The Digital News Report 29%.  news, a mere surveyed in 46 markets, those in the US have the lowest level of trust in among 92,000 online news consumers by the University of Oxford and Reuters Institute indicates that issued 2021 

is also under the control of big capital and interest groups. To increase their website traffic, social media sites use algorithms to create “information cocoons”, leaving extreme content unchecked and uncontrolled. This drives users toward self-reinforcing their existing views, exacerbates identity politics, and further divides public opinion. like traditional media, social media for the general public. Yet, favorite traditional media is on the decline, social media has become a new In the information age when

3-5% of hate and about 0.6% of violence and incitement on the platform. In October 2021, former Facebook employee Frances Haugen leaked tens of thousands of pages of explosive internal documents of Facebook. She disclosed to Columbia Broadcasting System (CBS) that Facebook would not hesitate to sacrifice public interests to keep users on its platform and make profits. Facebook has become a main platform for social extremists and is fraught with hate speech, disinformation and misinformation. Action is only taken on

 


Disastrous consequences of US export of its brand of democracy 3.

 

Without regard to huge differences in the level of economic development and in the historical and cultural backgrounds of countries around the world, the US seeks to impose its own political system and values on other nations. It pushes for what it calls “democratic transition”, and instigates “color revolution”.

has turned out to be a “failed transplant” that plunges many regions and countries into turmoil, conflicts and wars. democracy It wantonly interferes in other countries’ internal affairs and even subverts their governments, bringing about disastrous consequences for those countries. In other words, the US has attempted to model other countries after its own image and export its brand of democracy. Such attempts are entirely undemocratic and at odds with the core values and tenets of democracy. Without producing the expected chemistry, the American-style

 

 The “color revolutions” undermine regional and national stability (1)

governments. a habit of interfering in other countries’ internal affairs in the name of “democracy” and seeking regime change to install pro-US The US has

and “follow our directions”, and the possibility of confusing people’s minds, changing their values, and making them believe in the new values before they know it. talked about making people “what we want them to be” once A former senior CIA official

Former Secretary of State Michael Pompeo openly admitted “I was the CIA director. We lied, we cheated, we stole. We had entire training courses. It reminds you of the glory of the American experiment.”

grievances and anti-government sentiments. to foment public of incumbent governments exaggerate the mistakes and flaws atmosphere for “color revolution”. It would to foster an of strategies and tactics for “peaceful evolution”. It would start with “cultural exchanges”, economic assistance, and then public opinion shaping has developed a system The US

economic model and political system. It wou In the meantime, it would brainwash local people with American values and make them identify with America’sinstigating street political activities. governments through targeted to overthrow elections or emergencies major seize the opportunity of pro-US NGOs and provide all-round training to opposition leaders. It would ld also cultivate

gravely undermining world peace, stability and development. brought chaos and disasters to many countries, moves have in West Asia and North Africa. These the “Arab Spring” in Eurasia, and remotely controlled “color revolution” under the pretext of “promoting democracy”, incited In recent history, the US has pushed for the neo-Monroe Doctrine in Latin America

“the American-style democracy”. Any attempt of the US to promote its self-styled “model of democracy” would be only self-defeating and self-humiliating. In Latin America and the Caribbean, people have long been under no illusion about

“America for the Americans” and advocating “Pan-Americanism”. the Monroe Doctrine, declaring In 1823, the US issued

the US, under the excuse of “spreading democracy”, repeatedly carried out political interference, military intervention, and government subversion in Latin America and the Caribbean. In the following decades,

 hegemonism. “My way or no way.” That’s the US logic. These were blatant acts of the country for nearly 60 years, and subverted the government of Chile under Salvador Allende. imposed blockade against and socialist Cuba The US pursued a policy of hostility toward

Since 2003, Eastern Europe and Central Asia have seen the “Rose Revolution” in Georgia, the “Orange Revolution” in Ukraine, and the “Tulip Revolution” in Kyrgyzstan. The US State Department openly admitted playing a “central role” in these “regime changes”.

in Moldova. In October 2020, the Russian Foreign Intelligence Service revealed that the US planned to instigate “color revolution”

2010 was an earthquake that shook the entire Middle East. The US orchestrated the show behind the scene, and played a key role. The “Arab Spring” that started in The New York Times revealed in 2011 that a small core of American government-financed organizations were promoting democracy in “authoritarian” Arab states. A number of the groups and individuals directly involved in the “Arab Spring” revolts received training and financing from US organizations like the International Republican Institute, the National Democratic Institute and Freedom House.

Mubarak, and that they paid a heavy price as a result of the political change. Mustafa Ahmady, an African and international affairs specialist in Ethiopia, contributed an article to Ahram Online entitled “Promised Lands”, explaining that it was largely due to Obama’s famous statement “Now means now” that furious Egyptian protesters overthrew

Seeing what the US had done, the Arab people have come to realize that the US wants to force a stereotyped model of democracy on them regardless of their own will.

In countries forced to copy and paste American values, there is no sign of true democracy, true freedom, or true human rights. What have been left in these countries are prevailing scenes of persisting chaos, stagnation and humanitarian disasters.

turmoils, in turn, have given rise to terrorism and other long-term challenges that threaten and jeopardize regional and even global security. The The US export of its values has disrupted the normal development process in the recipient countries, hindered their search for a development path and model befitting their national conditions, brought political, economic and social turmoils, and destroyed, one after another, what used to be other peoples’ beautiful homelands.

As suggested by the French website Le Grand Soir, democracy has long become a weapon of massive destruction for the US to attack countries with different views.

and commended the rioters for their “courage”. What a blatant double standard. on the US Congress, constitution and democracy. It is ironic that in June 2019 the same politician called the violent demonstrations at the Hong Kong Legislative Council building as a “beautiful sight to behold” The US applies different standards in assessing democracy of its own and other countries. It praises or belittles others entirely according to its own likes or dislikes. Following the Capitol attack on 6 January 2021, an American politician compared the incident of violence to the 9/11 terror attack, calling it a “shameful assault”

 

 The US imposition of its brand of democracy causes humanitarian tragedies (2)

destitution. to Afghans the foundation for Afghanistan’s economic development and reduced 66,000 to 69,000 Afghan soldiers and police who had nothing to do with 9/11 attacks were killed in US military operations, and more than 10 million people were displaced. The war destroyed total of 47,245 Afghan civilians and left the country devastated and impoverished. A has US war in Afghanistan 20-year countries. The led to humanitarian disasters in many The US export of its brand of democracy by force has

US has not been able to produce any credible proof of Iraq’s possession of weapons of mass destruction. seriously violated international humanitarian principles, as evidenced by the frequent incidence of prisoner abuse. Until now the the US troops Moreover, million people lost their homes. 250,000, including over 16,000 directly killed by the US military. More than a 200,000 and is between Iraq war weapons of mass destruction. The civilian death toll of the launched military strikes against Iraq for its alleged possession of In 2003, the US

“most accurate air strike in history” launched by US forces on Raqqa alone killed 1,600 Syrian civilians. the US-led coalition and half of them were women and children. The Public Broadcasting Service (PBS) reported on 9 November 2018 that the bombings by 2019. Among the victims, 3,833 were directly killed in 2016 and in war and conflict in Syria between available, 33,584 civilians were killed records According to

by the White Helmets, an organization funded by intelligence agencies of the US and other countries. footage directed and produced turned out to be a fake video by the Syrian government of the alleged use of chemical weapons the “evidence” preventing the use of chemical weapons by the Syrian government. But airstrikes on Syria again for the purpose of, what they called, launched In 2018, the US

 

The abuse of sanctions breaches international rules (3)

against other countries. bullying technological clout to carry out frequent, unilateral abused its its financial hegemony and has exercised “big stick” the US wields in dealing with other countries. Over many years, the US a Unilateral sanction is

The US has enacted some draconian laws, such as the International Emergency Economic Powers Act, the Global Magnitsky Human Rights Accountability Act, and the Countering America’s Adversaries Through Sanctions Actor individuals. to target and sanction specific countries, entities series of executive orders issued a , and

domestic laws. US the jurisdiction of expansion of are in fact a willful such as the “minimum contacts principle” and “doctrine of effects”, contained in these acts and executive orders, ambiguous rules The

of Huawei CFO Meng Wanzhou. case of French company Alstom and that and exercise “long-arm jurisdiction” over entities and individuals in other countries. The two most prominent examples are the channels for prosecution domestic These acts and executive orders make it possible for the US to abuse its

933% higher compared to the previous fiscal year. 9,421, topped sanction lists on average. As of fiscal year 2021, the entities and individuals on US wielded its “big stick” three times a day the US Statistics show that the Trump administration had imposed over 3,900 sanction measures, which means

international law and basic norms of international relations. constitute a gross violation of their economic development and people’s wellbeing. The sanctions and “long-arm jurisdiction” unilateral sanctions and “long-arm jurisdiction” have gravely undermined the sovereignty and security of other countries, severely impacting The US unwarranted

The US sanctions against other countries have continued unabated into 2021.

The US administration, in collaboration with its European allies, have ramped up containment and suppression against Russia, imposed blanket sanctions allegedly in response to the Navalny incident and alleged Russian cyber attacks and interference in US elections, among others, and launched a diplomatic war by the expulsion of Russian diplomats.

even its European allies. not hesitated to sanction digital service tax, the US has With regard to issues such as the Nord Stream 2 natural gas pipeline project and the

have been sanctioned by the US. (including Hong Kong and Macao) from China 2021, a total of 391 entities and individuals 19 October of the US Department of the Treasury, as of (OFAC) the Office of Foreign Assets Control Following the entry into force of the China-US phase one trade agreement, the US has taken further measures to suppress and contain China. It has placed over 940 Chinese entities and individuals on its restricted lists. According to statistics from

In an article published in the September/October 2021 issue of Foreign Affairsthe United States of America has become the “United States of Sanctions”. not only are ineffective, but also “exert a humanitarian toll”, and that successive US administrations for using “sanctions as the go-to solution for nearly every foreign policy problem.” He notes that sanctions , Daniel Drezner, Professor at Tufts University and Senior Fellow at the Brookings Institution, criticizes

human rights of Americans and US unilateral sanctions are a continuous, grave violation of blockade against Cuba. US other peoples. The worst example is the protracted

Helms-Burton Act. and the Torricelli Act comprehensive blockade against Cuba based on its embargo policies and domestic laws such as the its continued total disregard of the many resolutions of the UN General Assembly, the US has For more than 60 years, in

direct losses to Cuba’s economy. to Cuba’s economic and social development, causing US$100 billion and financial sanctions in modern history. The blockade has been gravely detrimental systemic trade embargo, economic blockade The Cuba blockade is the longest and cruelest

dimensions. pressure on Iran from all and individuals. The purpose is to intensify entities targeted at both and are and energy, finance, trade that covers They have gradually evolved into a rigorous sanction regime intensity and frequency. both in late 1970s. Over the past 40-plus years, US unilateral sanctions have increased US blockade and sanctions against Iran began in

and massive currency depreciation. economic slowdown, coupled with heightened inflation normal operations. The country has suffered keep up manufacturing industry has been unable to forced to give up their cooperation with Iran. A large number of foreign oil enterprises left the country. Iran’s sanctions against Iran. Many countries and relevant entities have been In May 2018, the US government announced its unilateral withdrawal from the Joint Comprehensive Plan of Action (JCPOA), and soon after resumed and expanded

the DPRK, Venezuela, etc. “maximum pressure” against over the years, and ratcheted up among others, Zimbabwe, and Belarus, Syria has imposed sanctions on The US

 

(4) The “beacon of democracy” draws global criticism

democracy. and hegemony around the world in the name of acts of bullying “democratic values”, and US in exporting US hypocrisy in the US, democracy discerning eye. They see very well the flaws and deficiencies of have a The people of the world

liberties, she noted. in no position to lecture other countries on human rights and civil and afterwards talking hypocritically about human rights in other countries”. The US is in their own country and try to hear them, instead of engaging in witch-hunts citizens is “not a beacon of democracy”, and that the US administration “would do well to, first of all, listen to its own that the US opposite measures at home. She further noted completely “peaceful protests”, but adopting call and urging everyone else to take a humane approach to what they “global beacon of democracy” accustomed to posing as the is that the US A Russian Foreign Ministry spokesperson once noted

think that their government acts in the interest of a small group of people. is an undemocratic country, and 59% of US respondents that the US may pose a threat to democracy in their country, 50% of Americans surveyed are concerned that the US are concerned that 44% of respondents in 53 countries. The findings reveal which is based on a survey of over 50,000 people Democracy Perception Index In May 2021, Latana, a German polling agency, and the Alliance of Democracies founded by former NATO Secretary General and former Danish Prime Minister Anders Fogh Rasmussen, released a

to follow. in France, Germany, New Zealand, Greece, Belgium and Sweden believe that American democracy has never been a good example people surveyed and 53% in the United Kingdom do not think that the US political system works well. More than a quarter of in New Zealand, 65% in Australia, 60% in Canada, 59% in Sweden, 56% in the Netherlands that most US allies see democracy in the US as “a shattered, washed-up has-been”, and that 69% of respondents and that “America is no longer a ‘shining city upon a hill’” Center, which suggest data from Pew Research entitled “The world is horrified by the dysfunction of American democracy”. The article quotes Washington Post The an article to In June 2021, Brian Klaas, Associate Professor of Politics at University College London, contributed

in France and Germany hold the same view. 65% and 61% of respondents the US democratic system does not work; believing that the EU’s confidence in the US system has declined, with 52% of respondents indicates A report by the polling agency Eupinions

that the US political environment has reached an “irreversible” point, and “the transformation of the democratic republic into an autocracy has advanced”. The Financial Times democracy” contributed to in his article “The strange death of American pointed out September 2021, Martin Wolf, a renowned British scholar, In

General of the institute said that “the visible deterioration of democracy in the United States” is “seen in the increasing tendency to contest credible election results, the efforts to suppress participation (in elections), and the runaway polarization”. for the first time. The Secretary In November 2021, the International Institute for Democracy and Electoral Assistance, a Sweden-based think tank, released The Global State of Democracy listing the US as a “backsliding democracy”

out that the United States is not “an exemplar of democracy”, that the world has realized that the US needs to reflect on its democracy and learn from other democracies. Indian political activist Yogendra Yadav points

Mexican magazine Procesosystem of democracy has major flaws. that behind a seemingly free and democratic facade, the US comments 

Sithembile Mbete, professor sênior do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de Pretória, escreve em um artigo publicado no Mail and Guardian que "muitos dos marcadores de eleições livres e justas — um rolo de eleitores universais, gestão eleitoral centralizada, regras uniformes e regulamentos — estão ausentes no sistema americano. Muito do que nós, africanos, fomos treinados para reconhecer como uma boa conduta eleitoral nunca existiu nos EUA."

 

Conclusão

 

América: não mais o farol na colina

 — The Times of Israel

 

O que agora é imperativo para os EUA é começar a trabalhar com real a sério para garantir os direitos democráticos de seu povo e melhorar seu sistema de democracia em vez de colocar muita ênfase na democracia processual ou formal em detrimento da democracia substantiva e seu resultado.

O que também é imperativo para os EUA é assumir mais responsabilidades internacionais e fornecer mais bens públicos ao mundo, em vez de sempre procurar impor sua própria marca de democracia aos outros, usar seus próprios valores como meios para dividir o mundo em diferentes campos, ou realizar intervenção, subversão e invasão em outros países sob o pretexto de promover a democracia.

A comunidade internacional enfrenta agora desafios urgentes de uma escala global, desde a pandemia COVID-19, a desaceleração econômica até a crise das mudanças climáticas. Nenhum país pode ser imune a esses riscos e desafios. Todos os países devem se unir. Este é o melhor caminho a seguir para superar essas adversidades.

Qualquer tentativa de pressionar por um modelo único ou absoluto de democracia, usar a democracia como instrumento ou arma nas relações internacionais ou defender a política do bloco e o confronto em blocos será uma violação do espírito de solidariedade e cooperação que é crítico em tempos conturbados.

Todos os países precisam superar as diferenças nos sistemas, rejeitar a mentalidade do jogo de soma zero e perseguir o multilateralismo genuíno.

Todos os países precisam defender a paz, o desenvolvimento, a equidade, a justiça, a democracia e a liberdade, que são valores comuns da humanidade.

Também é importante que todos os países se respeitem, trabalhem para expandir o terreno comum, ao mesmo tempo em que se acumulam diferenças, promovam a cooperação em benefício mútuo e construam conjuntamente uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.