sexta-feira, 22 de abril de 2011

CADASTROS

A situação cadastral do país deixa muito a desejar, não por ser muito grande o país, mas desde Afonso Henriques nunca foi feito um cadastro a sério da propriedade em Portugal.
O país que se gaba de ter as fronteiras mais antigas da UE ignora muito sobre si mesmo.
Parece, ainda não é uma certeza, que finalmente vai começar o levantamento cadastral, lá para o verão, só em sete concelhos como experiência, nada de pressas que diabo.
Loulé, Tavira e São Brás de Alportel fazem parte desta primeira fase que, a este ritmo, lá para o século XXII estará pronto o cadastro.
Consta que se ignora a quem pertence mais de 20% do território, e que existem muitas centenas de Kms de estradas e caminhos sem dono.
O cadastro é um instrumento fundamental para se poder gerir a floresta ou ordenar a orla costeira. Por exemplo, quem deve limpar determinadas matas para evitar incêndios, ou pagar impostos sobre a propriedade, ou impedir a pressão urbanística costeira etc.
Este é mais um exemplo do nosso deixa-andar e do nosso desleixo. Não faças hoje o que podes fazer no próximo século, seria um lema adequado para nós.

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