domingo, 19 de junho de 2011

GRÉCIA E EUA

A SEC, uma autoridade americana que fiscaliza e regula os mercados de capitais, está a investigar as tristemente famosas agências de rating Standard & Poor´s e a Moody´s, para apurar até que ponto elas estão na base do subprime e da crise.
Segundo a SEC estas agências ao atribuírem notas inadequadas aos chamados produtos tóxicos cometeram fraude e "potenciaram a crise financeira mundial".
Recordamos que um dos bancos que veio a falir na sequência destas vigarices, o  Goldman Sachs, foi consultor do governo de direita grego que aldrabou as contas com a sua ajuda.
São estas mesmas agências que dão notas a Portugal, à Grécia etc., e que fazem subir ou descer os juros da dívida, num jogo especulativo que dão lucros fabulosos aos "mercados", e ao mesmo tempo colocam países e milhões de pessoas em dificuldades quando não na pobreza.
Mas o jogo começa a ser arriscado, a situação na Grécia resvala para sair de controlo e explodir, metendo em perigo a existência da Zona Euro e o FMI veio a público avisar que as previsões para a economia dos EUA têm de ser revistas em baixa, e a Grécia está a ameaçar o sector financeiro mundial devido à exposição dos bancos europeus que irão afectar todo o sistema para além da Europa, empurrando os EUA para uma forte recessão.
Foi neste quadro que assusta que se compreende o recuo da Srª Merkel na reunião com Sarkozy, o que certamente será confirmado na Cimeira da UE dia 23.
Talvez o medo consiga dos "mercados" o que o bom senso não obteve, pois caso a Grécia colapse totalmente arrasta Portugal, a Irlanda e outros para a falência e os credores nada receberão.
A Grécia está a ser a cobaia que decidirá o que nos vai acontecer ou não.

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