domingo, 27 de fevereiro de 2011

O AMBIENTE POLÍTICO INIMIGO DO AMBIENTE

O Programa da ONU para o Ambiente (Pnua), publicou recentemente um relatório com estudos que demonstram que o crescimento económico e a protecção do ambiente são compatíveis.
Caso se investisse anualmente 2% do PIB global nos sectores da agricultura, energia limpa, pescas, florestas, gestão de resíduos e da água entre outros sectores "verdes", a economia mundial cresceria a um ritmo superior ao actual, mais sustentável e com repercussão positiva no emprego.
E nós, que estamos em recessão, vamos ter de devolver a Bruxelas 121 milhões de euros destinados à agricultura por falhas na sua aplicação e controlo nos anos de 2007 e 2008. No ano passado tivemos de devolver 45  milhões pelos mesmos causas, relativos ao ano de 2006.
É desesperante tanta incompetência, necessitados e criminosamente perdulários.
Mais, está neste momento para ratificação na Presidência da República um novo decreto-lei para facilitar ainda mais os PIN´s. Vale a pena fazer um pequeno exercício de memória: em 1994, com o Cavaco, criaram-se os "projectos estruturantes" que, desde que ultrapassassem os 500 milhões de euros, tinham a sua aprovação rápida; depois vieram os PIN (Potencial Interesse Nacional) para os projectos que tivessem 25 milhões de euros; agora o diploma que aguarda ratificação desce o investimento para ser considerado PIN para 10 milhões de euros.
A experiência destes 17 anos de "projectos" é aterradora, à boleia de promessas mirabolantes de milhares de novos empregos e desenvolvimento económico sabotou-se o ordenamento do território, invadiu-se áreas classificadas e de reserva, mutilou-se paisagens em troca de cimento.

Pelo visto ainda não chega a fúria destruidora, agora com 10 milhões já se pode subverter todas as leis.
Bem se esfalfa a ONU com relatórios e recomendações para um desenvolvimento sustentável e inteligente, o "mercado" é que manda e há sempre poderes que lhes obedecem.

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