quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CRISES E DIFERENÇAS

Desde 1986, ano em que entramos na UE, até hoje, data deste post, Portugal recebeu mais de 72 mil milhões de euros em ajudas europeias. Em 2012 estão previstos entrar mais 629 milhões. 
É dinheiro, se juntarmos mais 25 orçamentos de estado desde 86 é caso para perguntar como foi possível chegar a este montante inconcebível de dívida pública e privada, a tão desastrosa situação económica e financeira?
Temos o Estado endividado, as regiões, as câmaras, a banca, as empresas e as famílias, tudo junto ultrapassa os 300% do PIB, a riqueza produzida num ano.
A incompetência e a irresponsabilidade chegaram a tal ponto, como na Madeira com uma dívida de 8 mil milhões de euros, sem que o Banco de Portugal nada tenha feito, o PR nunca sobre essa calamidade disse uma palavra, os vários ministros da economia e das finanças coniventes com o regabofe e o PSD calado incapaz de meter na ordem o ditadorzinho.
Para pagar a dívida bruta (soma da pública e privada), era necessário que toda a riqueza produzida em Portugal nos próximos três anos fosse totalmente destinada a pagar a dívida.
Como tal é impossível vamos ter crise para muitos anos e não temos condições de a pagar se a mesma não for renegociada, os prazos alongados, os juros diminuídos e incentivado o investimento para criar riqueza e trabalho.
Claro que a direita que está no poder, a mais dura ideologicamente que tivemos, está a aproveitar a desculpa da troika para destruir os amparos sociais do Estado, privatizar tudo e criar um exército de trabalhadores sem direitos dispostos a trabalhar por salários escravos. Está a empurrar milhões de portugueses para a pobreza, para a infelicidade e a uma vida sem esperança. Pior, é notório que o faz conscientemente e com prazer.

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