segunda-feira, 25 de julho de 2011

Madeira e a situação social

Nos primeiros seis meses de 2011 já foram devolvidas à banca 3.060 casas, das quais 250 no Algarve.
Ainda estamos no princípio da crise e começam a ser públicamente divulgados números preocupantes, que dão a dimensão dos problemas e do sofrimento das pessoas. O crédito mal parado ultrapassa os 4 mil milhões de euros, isto é a dívida que as famílias e as pessoas já não conseguem pagar. As associações de solidariedade social mal conseguem responder aos pedidos de alimentos. O comércio retrai-se, a venda de carros cai assim como a venda de casas.
Cortam-se salários e pensões, aumentam os impostos, os transportes etc. Se fossem cortados os apoios sociais mais de 40% da população entrava na pobreza extrema. Vamos, infelizmente, assistir ao aumento das dificuldades a nível social, ao aumento das doenças e ao encarecimento dos serviços de saúde, tudo para nosso bem, segundo afirmam os governantes.
Tocar nos dividendos do capital, isso não, precisamos de poupança. Espoliar os pobres para favorecer lucros mais chorudos é o objectivo. Podem dizer o que quiserem, mas os factos provam que é isso que estão a fazer.
Entretanto na Madeira, mais uma vez, Jardim e companhia acham natural acumular ilegalmente vencimentos e pensões, ameaçam os serviços fiscais que reclamam a devolução dessas verbas e, agora, exigem que a Madeira fique com parte do imposto extraordinário, para o estafarem em mais despesismo com os compadrios e o continente que se lixe, que pague a dívida deles.
Acrescente-se que o Director dos Impostos na Madeira foi acusado de crimes de fraude e branqueamento de capitais, recusou divulgar publicamente a lista de devedores ao fisco. O senhor em questão é também membro da Comissão Política do PSD/Madeira. Mais claro e revelador não pode ser.
Começo a pensar que o melhor será mesmo avançar com um referendo para saber se os madeirenses querem mesmo a independência, para acabar de vez com esta chantagem permanente do Srº Jardim e seus "amigos".

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