segunda-feira, 1 de julho de 2013

PESTE GRISALHA

No dia de Sº Pedro, 29 de Junho, realizou-se o almoço anual de confraternização de uns "meninos" que fizeram a 4ª Classe há mais de 60 anos, na Escola Primária de VRSA, que na altura tinha um jardim e um pequeno tanque com peixinhos.
A maioria saiu da escola directamente para o mundo do trabalho, sem infância, nesses tempos duros de pobreza, exploração, repressão, emigração e guerra colonial.
Muitos venceram e conseguiram triunfar apesar do ponto de partida ser tão adverso. Outros emigraram para melhorarem a sua vida. Ficamos anos e anos sem nos vermos, agora na reforma voltamos a nos encontrar. Recordamos com saudade e emoção os que já partiram. Somos a tal "peste grisalha" de quem um senhorito do PPD há tempos falava, talvez desejoso que morrêssemos para aliviar os cofres do Estado das reformas que nos pagam, esquecendo-se ou fazendo-se esquecido que o que recebemos hoje, cada vez menos e roubados por um bando desumanizado, foi pago por nós em dezenas de anos de trabalho mais as remessas das reformas  dos que emigraram, as quais ajudam a economia a não ser pior.
É a "peste grisalha" que hoje, com as suas poupanças e reformas roubadas representam uma almofada social que ampara os filhos desempregados e os netos com necessidades. É fácil abusar dos "velhos", estão desorganizados, não têm sindicatos nem associações que os defendam, nem já energia para lutarem. Só por tal infâmia este governo tem de sair para bem do país e dos portugueses.
Para o ano lá estaremos com a esperança que não haja mais baixas.

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