domingo, 18 de dezembro de 2011

A REPÚBLICA É DO POVO!

Hoje, dia 17, estive em Lisboa, no Cinema São Jorge, a participar na INICIATIVA POR UMA AUDITORIA CIDADÃ À DÍVIDA PÚBLICA.
Fui um dos subscritores da iniciativa que está também a decorrer em vários países da UE.
Impossível descrever aqui as inúmeras intervenções e horas de debate, mas deixo para os interessados os contactos:
http://auditoriacidada.info
e http://www.facebook.com/events/101711813281947.
Se vamos pagar dívidas de que não somos responsáveis queremos saber tudo sobre elas. Desconhecemos a origem, a composição e os valores rigorosos da dívida pública portuguesa. A auditoria pretende determinar a total dimensão da dívida, as partes da dívida que são ilegais, ilegítimas, ou insustentáveis, e exigir a sua reestruturação e redução para níveis social e economicamente sustentáveis.
Conhecer a dívida é não só um direito como essencial para o futuro e impedir que uma austeridade cega empobreça e degrade ainda mais o acesso à saúde, à educação, à habitação, ao trabalho, à justiça, à cultura e a própria democracia.
Há que estender esta exigência a todos os órgãos públicos, os cidadãos não podem continuar a ser vítimas de gestão irresponsável e danosa e depois pagar e calar.
Por exemplo o que se passa no nosso concelho. A Câmara recebe de todos nós, mensalmente, o pagamento da água consumida e depois não paga o que deve às Águas do Algarve e a dívida acumula-se. A Câmara tem compromissos com os Bombeiros que é uma organização imprescindível no apoio à saúde e à segurança, não os cumpre e depois aumenta em um euro a factura da água aos consumidores para pagar aos Bombeiros.
Quem nos garante que o fará?, quem não cumpre uma vez pode continuar a não cumprir.
Segundo um estudo que me chegou às mãos em Novembro a percentagem da factura da água em VRSA era de 41% para a água gasta e de 59% da factura eram taxas.
Este pequeno exemplo serve para perceber a necessidade da auditoria aos gastos do Estado e para fornecer elementos para que os culpados não fiquem impunes.

Sem comentários:

Enviar um comentário